De 10 de Novembro de 2006 e 25 de Março de 2007 a Fundação de Serralves apresenta a exposição "ANOS 80: UMA TOPOLOGIA".
Segundo a sinopse que nos chegou: esta mostra constitui a mais ambiciosa tentativa jamais empreendida para compreender essa década do passado próximo da arte dos nossos dias.
ALGUNS ACONTECIMENTOS DETERMINANTES PARA OS ANOS 80
No final dos anos 70 alguns acontecimentos devem ser considerados determinantes para o que aconteceu no início da nova década:
A eleição de um Papa polaco - passo decisivo que deixava antever o princípio do fim do domínio comunista nos países do Pacto de Varsóvia.
A revolução islâmica no Irão - manifestando o surgimento de um novo poder desequilibrante da lógica Leste - Ocidente.
O nascimento do primeiro bebé proveta, a 25 de Julho de 1978 - desafio aos procedimentos naturais de gerar vida humana.
Publicação, em 1979, do livro “La condition postmoderne” de Jean-François Lyotard - declaração do fracasso das grandes narrativas e afirmação de outras abordagens paralelas que legitimam a aquisição de conhecimento.
Os anos 80 podem ser considerados um periodo de incubação para o processo de globalização (e das inversões nacionalistas que trouxe), caracterizando a década seguinte. Foram anos marcados por um forte sentido de individualismo e uma ampla luta por liberdade pessoal. Ao mesmo tempo, foi um período marcado pela perda do sentido de lugar ou pertença, identidade e até mesmo integridade do corpo. No final dos anos 80, a queda do muro de Berlim (1989) foi o evento mais visível a dar inicio à reorganização das estruturas de poder instituídas até então. No mesmo ano, uma exposição realizada em Paris, intitulada "Magiciens de la terre" veio propor uma nova distribuição do centro e das margens no campo da cultura.
E falando dos anos 80, podemos falar de tudo mas sobretodo comprender o que terá levado a tanta gente ainda hoje ter como referência esta décado. O que a tornou tão diferente? A música, o cinema, os muros que entrentanto foram derrubados, os cabelos que não lembravam a ninguém, a palavra "curtir" e outros que agora já não se usam, as chicletes que traziam aviões da segunda guerra mundial e a revista Bravo que trazia sempre belos posters da Samantha Fox.
Aproveitemos também para Falar sobre a fundação de Serralves e a sua importância para o país e para o Porto, pode ser esta a altura de falarmos sobre o caso Rivoli e sobre a política cultural da cidade invicta.
Mas é bom não esquecermos Serralves, os Jardins de Serralves, o museu de Serralves, os dias tão bons que se passam em serralves pois aquí o escriba conhece bem o local.
E claro os anos 80, onde o convidado será João Fernandes que é desde Fevereiro de 2003, Director do Museu de Arte Contemporânea de Serralves. Desde a sua nomeação foi comissário das seguintes exposições.
Hoje, a partir das 19, com Rita Amado e Fernando Alvim. Linha directa: 800 25 33 33.
Sem comentários:
Enviar um comentário