terça-feira, julho 31, 2007

Pffffffshshshshsiiiipfffffshshshshsiiiii



Em véspera de irmos de férias, temos uma emissão assumidamente umbiguista da melhor maneira possível: nesta rádio, hoje, vamos falar de rádio. E com um leque de convidados que a conhecem profundamente: Rui Pêgo (Director das Antenas RDP); José Marino (Director da Antena 3); Rui Portulez (Oxigénio); e António Mendes (RFM). Da rádio que se fez ontem para a que se faz hoje, ondas hertzianas versus banda larga e por aí adiante. A partir das 19, com Fernando Alvim.

segunda-feira, julho 30, 2007

Um cromo passeando pela brisa da tarde



E se um desconhecido, de repente, lhe besuntar as costas de cola e o colar numa caderneta? Estará a chamar-lhe cromo?

A nossa convidada de hoje, Elle Driver, que se apresenta como jornalista e ex-aspirante a fotógrafa, dá vida ao Cromos da Minha Vida, blogue que tem como mote «pessoas com características tão absurdas que se poderia pensar não serem reais. Pessoas tão difíceis de encontrar que mais não são do que os últimos cromos de uma caderneta».

Todos nós temos uns quantos cromos destes a rondar-nos o quotidiano – se bem que a definição é subjectiva, porque aquele que é cromo para mim, pode não o ser segundo os critérios doutra pessoa e, sobretudo, sem o sabermos, haverá uns quantos fulanos que, em surdina, para o colega do lado, nos definem a nós próprios como cromos, «olha, lá vai o tipo a achar que aquele cabelinho lhe fica bem assim». Depois há também as figuras públicas, os cromos da bola, da televisão, da música, etc.: abramos, então, as nossas cadernetas na mesa da Prova Oral.

Via 800 25 33 33 ou caixa de comentários do blogue, definam o que para vocês é um verdadeiro cromo, que atributos são imprescindíveis para ascender a essa categoria e exemplifiquem com o vosso cromo preferido, seja ele um vizinho anónimo, um empregado do café onde costumam ir ou alguém mais mediático. Depois – e a gora é a parte principal do desafio – enumerem o que há de cromo em vocês, porque isto de nos rirmos de nós próprios é dos melhores exercícios do mundo.

A partir das 19, com os autocolantes Fernando Alvim e Cátia Simão.

sexta-feira, julho 27, 2007

Uma emissão na desportiva



Finda a época de ouro do marcial Xadrez de Centro Recreativo, do atlético Dominó de Estabelecimento Comes-e-bebes (versões Café Central, Café Progresso e Snack Lourenço – para citar as mais concorridas) e da erótica Bisca Lambida (vítima de uma vaga de perseguições das autoridades sanitárias às modalidades lambidas), é tempo de nos virarmos para novos desportos, estes um pouco menos radicais e exigentes porque, com a degradação ambiental, os nossos pulmões já não são o que eram e é preciso acalmar um bocadinho.

E hoje vamos falar de dois desses novos desportos: Pedro Figueirdo contará tudo sobre o que pratica, o Kite Surf; e malta do Jorkyball, para sermos coerentes, falará do – imaginem – Jorkyball. Se toda a gente sabe mais ou menos, em termos generalistas, o que é o Kite Surf, quase ninguém terá sequer ouvido falar em Jorkyball. Pois adianto-vos que é uma espécie de futebol de salão dois-contra-dois (modalidade que praticava o Benfica há uns anos, quando jogava só com o Preudhomme – é assim que se escreve? – e o João Pinto).

Quanto a vocês, telefonem para o 800 25 33 33 ou encham-nos a caixa de comentários com as vossas experiências desportivas e contagiem-nos com o gozo que vos dá praticar o que praticam (sexo não vale a pena contarem, porque isso já sabemos que tem certa graça, que é divertidíssimo e resulta quase sempre em agradável convívio); podem igualmente colocar questões aos nossos convidados e ficarem a saber mais de Kite Surf e Jorkyball. A partir das 19 com Fernando Alvim e Xana Alves.

quinta-feira, julho 26, 2007

Quem tem medo da Internet?



Já lá vai o tempo em que o computador pessoal era só um apêndice engraçadinho – uma coisa com certa piada, cutchi cutchi – na nossa vida. Agora faz parte dela e, cada vez mais, os discos rígidos tendem a ser autênticos depósitos de informação pessoal; e andar seguro pela Internet passou a ser tão importante como andar seguro na rua.

Daí que tenhamos decidido trazer à Prova Oral o Projecto Internet Segura:

«Este projecto, que tem como objectivo implementar práticas e ferramentas de protecção contra utilização abusiva da Internet, disponibiliza aos utilizadores a Linha Aberta e o Portal Internet Segura, que irão apoiar os cidadãos na utilização das TI, mais especificamente da Internet, de uma forma segura.»

Connosco estará Marcos Santos, da Microsoft, que nos irá falar mais deste projecto, dizer dos esforços que têm sido feitos para prevenir eventuais crimes online, assim como dar conselhos e dicas de comportamentos a ter e a não ter na utilização da Internet, para os pais e para os mais novos.

Um assunto que, por mais «coisa de maluquinho de computadores» que pareça, por mais cheio de chavões incompreensíveis para os comum dos mortais que esteja e por mais bocejos que vos provoque, não é contornável: de hackers, vírus e tarados virtuais – com danos bem reais – ninguém está, de antemão, livre (olhem para mim tão professoral, em cima do palanque, dedo em riste e voz uma oitava acima de tanta razão que tenho).

Exponham as vossas dúvidas e contem dos vossos casos via 800 25 33 33 ou caixa de comentários do blogue. A partir das 19. Com Fernando Alvim e Marisa Jamaica.

quarta-feira, julho 25, 2007

Doenças Tropicais



Já que nem todos temos possibilidade de ir passar umas férias de papo para o ar nos trópicos, começam a vir os trópicos até nós... e duma maneira não muito feliz. Ora leiam:

«Alertas recentes da Organização Mundial de Saúde colocam a Europa e, em particular, Portugal na lista de países mais afectados pelo aquecimento global que além de todas as alterações climatéricas poderá arrastar doenças tradicionais dos trópicos para o continente europeu. Muitas já existem mas poderão crescer a bom ritmo o número de casos. Estou a falar da febre da Carraça, da Malária e da Leishmaniose. Nesta última, o caso poderá ser dramático tendo em conta o abandono dos animais e a obvia falta de cuidados com os mesmos que se tornam vítimas fáceis do mosquito, uma vez que não estão protegidos devidamente.»

Se já havia motivos de sobra para não abandonar os animais, aqui fica mais outro. Em estúdio, para nos explicar tudo – os riscos de contágio que realmente corremos, cuidados a ter, erros a evitar – estarão dois médicos veterinários, aliás, um médico e uma médica, o Dr. Rodolfo Neves e a Dra. Carla Maia. Quanto a vocês, via 800 25 33 33 e caixa de comentários do blogue, contem-nos do vosso conhecimento ou desconhecimento sobre o assunto, exponham dúvidas, relatem casos; a partir das 19 com Fernando Alvim e Cátia Simão.

terça-feira, julho 24, 2007

José Mourinho segundo José Marinho



José Marinho é jornalista e acabou de editar, pela Texto Editora, José Mourinho – Vencedor Nato, em que, através de uma entrevista com o próprio treinador, com jogadores e colegas, nos levanta um pouquinho o véu sobre as idiossincrasias de vencedor desse personagem que não deixa ninguém indiferente: «o fenómeno José Mourinho suscita opiniões muito fortes: divinizado por uns e odiado por outros, mas o certo é que conquistou o mundo com o seu perfil extremamente profissional e com o seu carácter irreverente e confiante.»

«A última época de José Mourinho no Chelsea tinha todos os tópicos da desgraça: jogadores lesionados, desconfiança do dono do clube e ainda um ambiente de intriga que pretendia minar a sua liderança no clube. Para além da arrogância, da inteligência, da originalidade, José Mourinho tinha mais uma característica a acrescentar a todas aquelas que já lhe tinham sido apontadas: a resistência. Este livro é a história da luta de um homem contra o infortúnio dos seus jogadores, a dureza palaciana da traição e os primeiros resultados negativos. Meio ano de resistência também às constantes notícias que o davam como acabado no Chelsea. Histórias secretas de um homem que faz tudo para não perder e quase sempre acaba a ganhar.»

E diz Paulo Sousa no Prefácio do livro: «Tenho pena de nunca ter sido treinado por ele, pois suspeito que teria atingido uma dimensão ainda maior como jogador.»

Vamos, com o autor, José Marinho (José Mourinho não pôde vir porque a cadela apanhou um ligeiro resfriada), falar não só do que está no livro, e portanto acessível a quem o ler, mas também do que está por detrás dele, de como foram as jornadas mourinhianas, da disponibilidade do dito cujo à dissecação da sua pessoa, a descida vertiginosa ao restritíssimo universo Chelsea, se cheira muito a axe nos balneários ou se é verdade que preferem old spice – e tudo o que quiserem saber e perguntarem via 800 25 33 33 ou caixa de comentários do blogue.

A partir das 19, com Fernando Alvim e Rita Amado.

segunda-feira, julho 23, 2007

Zé Pedro, o único



Helena Reis acaba de publicar, pela Presença, Não sou o único, a biografia de Zé Pedro, guitarrista dos Xutos e Pontapés.

Sinopse: «Dizem que somos feitos da mesma matéria que as estrelas, que ainda somos seus primos afastados, mas alguns de nós têm um parentesco mais próximo com elas, uma cintilação especial – são eles próprios estrelas. É o caso de Zé Pedro, fundador dos Xutos e Pontapés e uma das mais brilhantes estrelas do rock português. Nestas páginas da autoria da irmã Helena Reis, somos convidados a entrar no mundo de Zé Pedro, dos seus sonhos, das suas paixões. Viajamos à sua infância festiva e luminosa, ao estonteante começo dos Xutos e Pontapés, aos amores vividos e sonhados, aos grandes sucessos da banda e ao fervor dos fãs, ao Johnny Guitar e ao panorama musical da época, às incontáveis tournées pelo país e estrangeiro… É uma viagem apaixonante e irresistível a que este livro nos propõe, é a oportunidade única de ficarmos a conhecer por dentro o sonho inabalável de um homem que mudou para sempre a história do rock português.»

Em estúdio estará o biografado para nos comentar alguns dos episódios relatados no livro; de como foi o processo de revolver o baú das memórias – muitas delas, provavelmente, dadas como desaparecidas –; e se alguma vez, ao ver-se parte daquela galeria de pessoas com uma biografia publicada, disse, de si para si, «estou velho, caramba». Quanto a Helena Reis, participará via telefone para nos contar, entre outras coisas, das vantagens e desvantagens de biografar alguém que lhe é, a vários níveis, tão próximo.

Vocês também se podem manifestar, pelos meios do costume – 800 25 33 33 e caixa de comentários do blogue –; a partir das 19, com Fernando Alvim.

sexta-feira, julho 20, 2007

Psicologia Pessoal



O Senhor Engenheiro Viana Abreu (isto podia ser o começo de mais um livro do Gonçalo M. Tavares) tem um currículo, no mínimo, compostinho. Ora vejam: é licenciado em Engenharia Electrotécnica, ramo de Telecomunicações e Computadores pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto; tem formação internacional nas áreas da Psicologia, Desenvolvimento Pessoal e "Peak Performance"; desenvolveu funções de Direcção e Administração em várias empresas nas áreas de Marketing, Novas Tecnologias da Informação e Desenvolvimento de Recursos Humanos; é Professor/Orador nas áreas do Marketing, Comunicação e Desenvolvimento Pessoal; é investigador nas áreas da Consciência e Unificação da Física; e é co-fundador da empresa Portal do Ser - Centro de Desenvolvimento Pessoal.

É este último item que nos interessa particularmente hoje, pois vamos falar de um dos cursos ministrados pelo nosso convidado no Centro de Desenvolvimento pessoal: o de Psicologia Pessoal para o Sucesso.

Objectivos do curso: elevar o nível de Auto-conhecimento; reconhecer o papel dos Paradigmas e Condicionamentos; identificar a Missão pessoal e Principais Objectivos; reconhecer as fases do Processo de Desenvolvimento Pessoal; dominar Atitudes e Estratégias para uma Acção Eficaz.

A quem se dirige este curso?; que tipo de formação prévia é necessária para o frequentar?; o que podem os formandos esperar dele?; que utilidade prática poderá ter no nosso dia-a-dia; e por aí adiante: caso este assunto vos interesse, podem perguntar e comentar pelo 800 25 33 e caixa de comentários do blogue. A partir das 19, com Fernando Alvim e Rita Amado.

quinta-feira, julho 19, 2007

Diálogo de Vultos



Sobre Fernando Ribeiro: é vocalista, letrista e alma da banda Moonspell tendo publicado dois livros de poesia: Como Escavar um Abismo (Círculo de Abuso) em 2001, reeditado pelas Quasi, e As Feridas Essenciais em 2004 (Quasi). Contribui irregularmente com artigos e contos para as várias publicações, escreveu as introduções para Os Melhores contos de Lovecraft (Saída de Emergência) e traduziu para português a biografia ficcionada em BD Lovecraft (Vitamina BD edições).

Iremos tê-lo hoje na Prova Oral a conversar sobre todo este percurso, da poesia à música, dos cruzamentos inevitáveis entre as duas áreas, das bandas que mais ouve e dos escritores e poetas que mais lê e o influenciaram, do seu amadurecimento como autor. Mas, como mote principal, teremos sobre a mesa o seu último volume de poemas, acabadinho de sair, outra vez pelas Quasi, Diálogo de Vultos.

E, com sorte, talvez nos dê um cheirinho (salvo seja) da avalanche de material novo que aí vem: o seu primeiro romance, de título já anunciado, O Bairro das Pessoas; mais o primeiro DVD e o oitavo disco dos Moonspell. Perguntas e comentários via 800 25 33 33 e caixa de do blogue (para variar). A partir das 19, com Fernando Alvim e Xana Alves.

quarta-feira, julho 18, 2007

Poliamo-te



Segundo uma reportagem publicada na revista Tabu, os poliamorosos «são casais ditos normais, mas aceitam entre eles que partilham a vida sentimental e física com outras pessoas. Não se trata da prática de swing nem de ménage à trois. Nem tão pouco de adultério. Os "poliamorosos" defendem a liberdade de múltiplas ligações afectivas, em simultâneo, mas sempre às claras.»

Ora aqui está o tema que nos ocupará na Prova Oral de hoje, com os convidados – poliamorososLara, Jorge e Alex. Qual a linha ténue que separa o conceito de poliamor do de adultério?; o poliamor não pode, às vezes, ser apenas um eufemismo para o adultério?; ao contrário do swing, em que o que se busca com o relacionamento com terceiros é o prazer sexual, o poliamor assume-se como partilha também de um lado sentimental: não se corre o risco de uma grande confusão amorosa?; poderemos estar envolvidos emocionalmente com várias pessoas ao mesmo tempo?; e neste caso, fará sentido o conceito de «casal»?

Contamos com a vossa participação, como sempre, via 800 25 33 33, caixa de comentários do blogue –, a partir das 19, com Fernando Alvim e Marisa Jamaica.

terça-feira, julho 17, 2007

A vida ficcionada ou a ficção vivida



O nosso convidado de hoje, Manuel Jorge Marmelo, vive de escrever: enquanto jornalista, sobre a vida como ela é, o mais objectivamente possível, com todas as derivas subjectivas que a interpretação pessoal dos factos acarreta (no seu blogue, muito a propósito, cita uma jornalista e escritora espanhola, de nome Maruja Torres: «Nunca fui objectiva, mas creio que a minha subjectividade é muito honesta»); enquanto escritor, sobre a vida como ela aparentemente não é mas podia muito bem ser. No seu último livro, Aonde o Vento me Levar (edição Campo das Letras, 2006), um personagem é mandado em viagem mundo afora com a missão de recolher impressões sobre tudo o que veja (e ouça e cheire e tacteie e saboreie – isto é uma chatice, um gajo refere um dos sentidos e tem logo que nomear os outros quatro, sob pena de ter os respectivos sindicatos à perna), de modo a dotar o narrador (um alter-ego do autor?) de material para o romance que este se propõe escrever.

A nossa conversa será à volta da vida: a realidade e a ficção de que ela é feita, de como factos inventados soam mais credíveis que os reais, de como a realidade pura e crua parece tantas vezes invenção; de como um jornalista, que é ao mesmo tempo escritor, se defende – ou tira partido – da constante tendência que as duas áreas têm para se contaminar mutuamente.

Via 800 25 33 33 e caixa de comentários do blogue, além das perguntas que queiram fazer ao Manuel Jorge Marmelo, contem-nos coincidências, acasos absurdos que de facto vos aconteceram – incidentes que cumpriram à risca a Lei de Murphy, por exemplo –; e factos ficcionados em livros onde, ao lê-los, vos apeteceu dizer «este sou eu», ou «isto aconteceu-me tal e qual». A partir das 19, com o inverosímil Fernando Alvim e a inacreditável Cátia Simão.

segunda-feira, julho 16, 2007

Foi em Setembro que te conheci



As gerações mais novas conhecerão o nosso convidado de hoje, Vítor Espadinha, apenas como actor de algumas séries televisivas recentes; mas os que cá andam há mais tempo, sabem-no sobretudo de uma certa canção a respeito um amor impossível, e guardam no seu imaginário a moça esbelta e prendada que ele terá conhecido numas férias em Setembro: eu, por exemplo, se fechar os olhos, vejo-a caminhando pelo areal húmido, apanhando conchinhas, as ondas dóceis da maré baixa beijando-lhe os pés, e consigo ouvir, como se vindo dos confins do pôr-do-sol, o trompete dramático melodiando melodiando até ao desespero (há dias em que inclusive verto uma lágrima). Naquela altura não havia a facilidade das sms's – só daqueles telefones pretos que davam muito trabalho a discar e que nos esfolavam o dedo indicador nos números mais longos, com indicativo e tudo, já para não falar na desgraça que era enganarmo-nos e termos que começar tudo de novo –; daí que estes dois amantes não tenham voltado a ter notícias um do outro.

Moça esbelta e prendada que numas férias em Setembro teve um arrebatamento amoroso com o Vítor Espadinha: se leres isto, por favor telefona para o 800 25 33 33 ou deixa mensagem na caixa deste blogue. Pelos mesmos meios poderão vocês, queridos ouvintes-em-linha, mesmo que não sejam moças esbeltas e prendadas, participar nesta emissão, comentando e perguntando. A partir das 19, com Fernando Alvim.

sexta-feira, julho 13, 2007

Salazar e as Urgências



Hoje a Prova Oral sobe ao palco com convidados a propósito de duas peças:

Salazar – The Musical: «de Seminarista a Ministro, de Presidente do Conselho a Tabu Nacional; 48 anos da História em torno dessa figura que foi António de Oliveira Salazar, numa comédia visual/musical (jeitosa). Falar-nos-ão dele José Pedro Vasconcelos e Miguel Melo.

Urgências, que já vai na terceira edição e cujo mote tem sido desafiar novos dramaturgos portugueses a escrever uma peça curta que responda à questão «O que é que tens de urgente para me dizer?». Sobre ela falará Filipe Homem Fonseca e Cláudia Gaiolas.


Dado ambas as peças já terem estreado, se algum de vocês assistiu a alguma, digam-nos para aqui, via 800 25 33 33 e caixa de comentários do blogue, a vossa impressão; caso não tenham ido ainda, é uma boa oportunidade de sondarem se vos interessará. Não é urgente, é só a partir das 19, com os camaradas Fernando Alvim e Rita Amado.

quinta-feira, julho 12, 2007

Rock português: pais, filhos, padrastos, enteados



Desde a era dos palcos nos centros recreativos, colunas furacão debitando guitarradas progressivas, pianadas de dx sete, plateia de chicos fininhos fascinados com o ganda som, parques de estacionamento a abarrotar de macais minarelis, fammeis zundappes e afins, estúdios caseiros à base de fostexes de quatro pistas; até à era do do cubase, do protools, do Mário Barreiros, do myspace, do youtube: o Rock Português, dos primórdios aos dias de hoje, passados em revista nesta emissão da Prova Oral.

Convidados: os Trabalhadores do Comércio, que acabaram de regressar com um novo álbum, de nome Iblussom, ainda por cima duplo (uma parte de originais, outra, uma compilação de velhas glórias); Hélio dos Linda Martini e Quim dos Vicious 5, integrantes da compilação Novo Rock Português. Uma Prova Oral que promete ser comovente, ao nível das melhores telenovelas, com este encontro de pais e filhos.

Via 800 25 33 33 e caixa de comentários do blogue, podem deixar a vossa perspectiva de ouvintes do Rock Português – o que mudou e ainda bem, o que mudou mas não devia ter mudado –; lançar perguntas para a mesa; especular sobre o futuro de uma música que se move num mercado tão pequeno, de vendas de cd's quase simbólicas – ainda mais agora, sendo tão fácil sacar da net –; filosofar sobre as perspectivas de internacionalização – cantar em inglês ajuda? –; opinar sobre se os festivais poderiam ou deveriam fazer mais pelo rock luso. A partir das 19, com Fernando Alvim e Marta Macara.

quarta-feira, julho 11, 2007

Os marinheiros aventureiros são sempre os primeiros na terra ou no mar



Jovem, se és saudável e forte de carácter, o branco assenta-te bem, acabaste o décimo segundo ano e os teus pais começam gentilmente a pressionar-te para que lhes desampares a loja – tu mais a tralha acumulada da longa e penosa adolescência –, a insinuar que o quarto que ocupas lhes daria imenso jeito para albergar as magníficas colecções de isqueiros, canetas, calendários, miniaturas de garrafas e bibelôs da loja dos trezentos – mas, no entanto, não te estás a ver a passar o resto da vida sentado a uma secretária, reencaminhando milhões e milhões de mails engraçadíssimos que outros como tu, em todo o mundo, reencaminharam também; então temos uma proposta para ti: ingressa na Escola Naval, a única que lida com muita água e não é uma banhada.

«A Escola Naval é um Estabelecimento Militar bicentenário de Ensino Superior Universitário que tem por missão principal assegurar a realização dos cursos de licenciatura que habilitam ao ingresso nos quadros permanentes na categoria de Oficial da Armada.
A Escola Naval conta com um corpo docente de 70 professores militares e civis, alguns com o doutoramento e mestrado, mas acima de tudo, com uma vasta experiência profissional e de docência. O Corpo de Alunos está dividido em 5 companhias, correspondentes a cada ano, constituindo um efectivo de 250 alunos. Assim, esta unidade de formação da Marinha de Guerra Portuguesa dispõe de um rácio de 1 docente por 4 formandos, número difícil de atingir em qualquer outro estabelecimento de ensino superior. Actualmente, ser aluno da Escola Naval é pertencer a um grupo restrito de Homens e Mulheres que herdam do passado, as tradições, o saber, a experiência, e toda uma cultura muito própria, que habilitam às exigentes funções de um Oficial da Armada.»

Para esclarecer todas as dúvidas, falar do que é a vida na Escola Naval, saídas profissionais e afins, estarão hoje connosco o Comandante Pereira Mendes, o Comandante Braz de Oliveira (que é porta voz da instituição) e a Cadete Lopes (aluna da dita cuja). Quanto a vocês, podem fazer perguntas aos nossos convidados via, 800 25 33 33 e caixa de comentários do blogue; a partir das 19, com Fernando Alvim.

terça-feira, julho 10, 2007

Juizinho



Muito a propósito deste novo recrudescimento de regras e proibições higiénicas – tudo para o nosso bem, evidentemente –, vamos hoje ter na Prova Oral António Costa Santos, jornalista e escritor, que acabou de editar, pela Guerra & Paz, Proibir – um livro onde lista uma série de proibições, aos olhos actuais algo cómicas e absurdas, mas que por cá andaram, de facto, e não há tanto tempo quanto isso. Uma sinopse:

«Já imaginou viver num país onde tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro? Como será a vida num país onde uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido e as enfermeiras estão proibidas de casar? Haverá um país onde meçam o comprimento das saias das raparigas à entrada da escola, para que os joelhos não apareçam? Imagina-se a viver numa terra onde não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim? Como se faz praia, num país que não deixa ninguém mostrar o umbigo? Já nos esquecemos, mas ainda há poucos anos tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo em público.»

Pertencerão, em definitivo, estas proibições ao passado?; ou ainda corremos o risco de levar com elas no futuro, numa sociedade que volta e meia parece obcecada em legislar sobre tudo e mais alguma coisa? Perguntas e comentários para o 800 25 33 33 e caixa do blogue, a partir das 19, com Fernando Alvim.

segunda-feira, julho 09, 2007

Amore , amour, meine liebe, love of my life



Apetece-me comparar José Cid a Cicciolina. Admito que à partida pareça despropositado, mas não é; ora reparem: 1) ambos estão no negócio do amor, a Cicciolina através do sexo, o José Cid com as canções românticas; 2) ambos, volta e meia, evocam frutos e animais nas actuações (no caso do José Cid, estou a lembrar-me do macaco e das bananas, no da Cicciolina não me lembro de nada, mas contaram-me qualquer coisa); 3) ambos são referência incontornável para várias gerações de público – tanto apreciador, como não apreciador; 4) ambos têm no currículo pelo menos uma vinda à Prova Oral – a Cicciolina veio cá há umas semanas, e o José Cid virá hoje (e com vantagem uma vez que, enquanto a Cicciolina se negou a falar da actividade por que é sobejamente conhecida – o sexo –, José Cid não se negará, com certeza, a falar de música).

Em cima da mesa, estará o seu 36º álbum, de nome «Pop Rock & Vice Versa»: o que traz ele de novo à sua já longa carreira?; que memórias mais felizes guarda José Cid destes anos todos de concertos?; ao fim de tanto concerto, sobrevive ainda o friozinho na barriga antes de entrar no palco?; a que acha que se deve esta nova febre de fãs, quando, para muito boa gente, José Cid era coisa do baú, condenado a revisitas de quarentões na penumbra do sótão? Terá a ver com a intemporalidade das canções ou com o lado kitsch da coisa?

Participem em mais uma emissão histórica da Prova Oral, perguntando, comentando – 80 25 33 33 e caixa de comentários do blogue –, a partir das 19, com Fernando Alvim.

sexta-feira, julho 06, 2007

Bom ambiente



A um dia da série de concertos do Live Earth e ainda na ressaca do abalo que o filme Verdade Inconveniente por aí causou, com todos os sinais inequívocos à nossa volta de que o planeta não está de facto como os nossos avós o deixaram – e não se trata só de uma arrumação diferente nos bibelôs (o meu avô, por exemplo, volta e meia visita-me em sonhos e, rubro de indignação, aponta o dedo ao buraco do ozono: «parece o da Galharda», diz, sendo a Galharda a prostituta mais famosa daquelas paragens durante os anos quarenta e cinquenta do século passado) –, vamos dedicar a emissão de hoje da Prova Oral (sublinho que uma emissão de rádio sempre é mais ecológica que uma emissão de gases, a não ser que o apresentador tenha comido alguma coisa fora do prazo) ao ambiente. Convidados: Manuel Pássaro, Director de Planeamento e Projectos da Sociedade Ponto Verde, e Francisco Ferreira, da Quercus.

Temas a discutir: estamos hoje mais conscientes do preço ambiental de certos estilos de vida?; ainda vamos a tempo de alterar aquele que parece estar a tornar-se o curso natural das coisas: estações do ano maradas, chuva e calor fora do sítio, subida das águas do mar, furacões a granel, o hálito matinal do meu vizinho de cima no elevador à mesmíssima hora que eu?; pequenos grandes conselhos para um quotidiano mais ecológico sem termos que fazer vida de monges; tem evoluído a eficácia das associações de defesa do ambiente em matéria de comunicação com um público que frequentemente se está nas tintas (e nos diluentes e nos petróleos) e que acha os ambientalistas uns desmancha-prazeres, uns fulanos esquisitos que falam muito alto e comem e fumam demasiados vegetais?

Perguntas e comentários via 800 25 33 33 e caixa do blogue, já sabem; a partir das 19 com Fernando Alvim e Cátia Simão, que se comprometeram em vir hoje mui ecologicamente vestidos: singelas folhinhas de videira (eram de videira não eram?) tapando-lhes as interdições. Ele fazendo-nos desejar uma primavera eterna; ela, um outono repentino. Oh.

segunda-feira, julho 02, 2007

VENCEDORES

Depois de todas as opiniões lidas pelo nosso júri, Fernando Alvim e Luis Segadães, decidiram-se os vencedores.

Eles são... Marco de Rio Maior e José Trindade (ambos eleitos pela participação telefónica) e, Bruno Cruz, Diogo Pinheiro e Geo Pof Nuno (escolhidos pela participação no Blog). Os três últimos serão contactados via mail ainda hoje!

Parabéns!

Uma emissão maravilhosa



Castelo de Almourol, Castelo de Guimarães, Castelo de Marvão, Castelo de Óbidos, Convento de Cristo Tomar, Convento e Basílica de Mafra, Fortaleza de Sagres, Fortificações de Monsaraz, Igreja de São Francisco Porto, Igreja e Torre dos Clérigos, Mosteiro da Batalha, Mosteiro de Alcobaça, Mosteiro dos Jerónimos, Paço Ducal de Vila Viçosa, Universidade de Coimbra, Palácio de Mateus, Palácio Nacional da Pena, Palácio Nacional de Queluz, Ruínas de Conímbriga, Templo Romano de Évora, Torre de Belém – destas maravilhas todas, 7 serão as eleitas, anunciadas em cerimónia de luz, cor e salamaleques já no próximo dia 7.

É com o organizador do concurso das 7 Maravilhas, Luís Segadães, que vamos falar hoje; e ficar a saber, entre outras coisas, da importância de iniciativas assim na promoção do património nacional e na sua redescoberta pelas pessoas que, ás vezes, lhes passam quotidianamente ao lado sem sequer ligarem – e também porque diabo, se o Salazar entrou no concurso dos grandes portugueses, não entra neste o Centro Comercial Colombo? É que, ás tantas, ganhava.

Via 800 25 33 33 e caixa de comentários do blogue, digam-nos de alguma maravilha da cidade, vila, aldeia, encruzilhada onde vivem – seja ela uma singela fonte, uma antiquíssima calçada, um imponente castelo ou um belo chalé suíço de altos telhados, fálicas torres, arbustos imitando aves (às vezes patos, às vezes perus), graves leões de gesso ornando a entrada.

A partir das 19, com a Bela & o Mamarracho, que é como quem diz Rita Amado & Fernando Alvim.