A adolescência é possivelmente das etapas mais complicadas da nossa vida, quem já a viveu sabe do que falamos e a verdade, é que não é fácil admitirmos que estávamos a ser parvos ou até descobrirmos, muitos anos, que estávamos cobertos de razão.
É na adolescência que se põe em causa tudo ou quase tudo - nunca se põe em causa o Benfica por exemplo - mas a verdade é que esta é uma época de transição, onde se reformulam os valores e onde a nossa personalidade começa a definir-se à custa de uma procura incessante de uma identidade.
É na adolescência que encontramos essa coisa a que chamamos Amor (lembram-se da vossa primeira namorada? A vossa primeira aventura sexual? E as dúvidas que tínhamos antes de tudo acontecer? O primeiro beijo? Como é que tudo funcionava?) , começamos a não concordar tanto com os nossos pais ( Quais os direitos que se lembram de ter conquistado? Qual a mais dura batalha que aconteceu? Alguém aí fugiu ou abandonou a casa?) , também na escola notamos diferenças ( quem não teve um professor que detestava? Ou uma professora pelo qual sentia um amor platónica? Que parvoíces foram feitas na escola?) Mais. Começamos a sair à noite, os primeiros copos, as primeiras esperas dos pais, a dúvida em relação à religião, a educação lá em casa, os amigos que entretanto nunca mais vimos que se julgávamos naquela altura para toda a vida.
Tudo isto a propósito do Congresso de Oeiras sobre a adolescência que se realiza nos dias 9 e 10 de Novembro e onde se debatem coisas como a história, a família, o direito, a sexualidade, a saúde e os comportamentos de risco na adolescência.
As convidadas são de luxo, em estúdio finalmente, Joana Amaral Dias, mas tambémVijai Camotim da Organização. Ficamos à espera das vossas opiniões e sobretudo das perguntas, muitas perguntas.
Hoje, a partir das 19, com Fernando Alvim e Cátia Simão. Linha directa: 800 25 33 33.
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