quarta-feira, outubro 31, 2007

Espiritismo


Se tiverem problemas cardíacos, por favor não vejam este vídeo. Evitem igualmente fazê-lo caso estejam segurar alguma coisa frágil nas mãos.

Sérgio Swedenborg vem hoje à Prova Oral falar da área a que se dedica, o Espiritismo, e divulgar o VI Congresso Nacional de Espiritismo que se vai realizar nos dias 1, 2 e 3 de Novembro na Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa no complexo do Campo Grande (e que será transmitido via Internet para todo o mundo através do canal TVCEI, Conselho Espírita Internacional).

Diz-nos Sérgio Swedenborg: «Infelizmente o termo espiritismo carrega ainda um estigma muito grande que na cabeça da maior parte das pessoas ainda o ligam a bruxarias, cartomancia e etc. O espiritismo não é nada disso. Começou aliás, com a vertente científica pelo estudo dos seus fenómenos e hoje comporta outras duas quais sejam a moral e a religião.»

Muito sucintamente o espiritismo surgiu em França, em meados do século XIX. Porque França? Por causa do iluminismo, das ideias, da Europa ser o "berço" da civilização. Se o espiritismo já causa confusão e descrença, imagina se sua origem fosse África ou Polinésia…!! Na verdade a fenomenologia espírita é universal e existe desde que o homem existe, por toda a história, em todos os povos e países há registos destes fenómenos. Um Belga de nome Allan Kardec ( daí o espiritismo ser conhecido por "Kardecismo") foi um médico que pela sua formação científica não se deixou ficar pela simplicidade dos fenómenos e decidiu ir mais adiante, estudando-o através da rigidez científica. É considerado o "Codificador" pois foi quem reuniu as bases da chamada doutrina.»

«Mas então o que é isso ? Doutrina, religião, ciência ? Kardec descobriu que atrás dos fenómenos que ele presenciou, havia um princípio inteligente… Descobriu depois de muita experimentação que eram seres humanos numa outra dimensão. Seres desligados da matéria mas que mantinha uma característica humana, com sentimentos, personalidade, inteligência conforme o seu desenvolvimento. O contacto e comunicação com esses seres é que levou-o a registar em livro várias questões que colocou e que foram respondidas.»

Ok, estão lançadas as bases para a conversa de hoje. Espiritismo: onde acaba a ciência e começa a fé?; e onde acaba a boa-fé e começa o oportunismo?; já passaram por experiências relacionadas com espiritismo? Histórias, perguntas e comentários para o 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue. A partir das 19, com Fernando Alvim e Cátia Simão (agora, com lincença, tenho que ir á cave porque o Winston Churchill está outra vez a mexer no piano).

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O PASSATEMPO JOSÉ CID continua. Todas as informações aqui. E já está disponível, para audição no blogue da Prova Oral, a música que deverá servir de base à realização do vídeo. Ora oiçam:


Portuguese Boys, de José Cid
(Álbum «Pop Rock e Vice Versa»)

terça-feira, outubro 30, 2007

Elas andam aí



Não têm o que fazer na noite das bruxas, no dia 31, e não vos excita muito – até porque agora as noites estão mais frias – ir pelas encruzilhadas a degolar galinhas? Que tal um concerto com os Moonspell e os Kalashnikov?

O evento é-nos apresentado assim: «a festa de Halloween que vai decorrer no Coliseu de Lisboa, servirá de apresentação a «Under Satanae», o novo trabalho, editado a 15 de Outubro, onde os Moonspell revisitam o início da carreira, nomeadamente a demo «Anno Satanae» e o lendário EP «Under the Moonspell». No total são oito canções e quatro instrumentais que foram gravados na Dinamarca, com produção de Tue Madsen (conhecido pelos trabalhos com The Haunted, Dark Tranquility e o ex-Judas Priest Rob Halford). A actuação de dia 31 de Outubro é um espectáculo exclusivo, onde, para além dos grandes êxitos, os Moonspell vão apresentar na íntegra «Under Satanae». Depois de se tornarem na primeira banda portuguesa de Metal a conquistar um Disco de Ouro e a entrar directamente para o primeiro lugar do top de vendas (feitos alcançados com o álbum «Memorial» de 2006), os Moonspell preparam-se para tornar a Noite de Bruxas ainda mais arrepiante! A primeira parte está a cargo dos portugueses Kalashnikov e da banda checa de metal ROOT. Depois da actuação dos Moonspell a festa continua noite dentro no bar do Coliseu com o DJ Set do colectivo Vanity Sessions.»

Os convidados da emissão de hoje serão, claro, Fernando Ribeiro, dos Moonspell, e Jel, dos Kalashnikov. Vamos antecipar um pouco do que vai ser esta noite em termos musicais e afins, mas também falar desta coisa do Dia das Bruxas, que desde há uns anos tem ganho alguma popularidade entre nós (podem ler sobre a origem disto tudo aqui). E vocês, acreditam em bruxas? E em casas assombradas? Contem-nos a experiência mais intrigante ou assustadora porque já passaram?

Escrevam para a caixa de mensagens do blogue, ou telefonem para o 800 25 33 33, a partir das 19, com Fernando Alvim e Cátia Simão – que no fim do programa irá demonstrar meia dúzia de manobras arriscadas com a vassoura.

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O PASSATEMPO JOSÉ CID continua. Todas as informações aqui. E já está disponível, para audição no blogue da Prova Oral, a música que deverá servir de base à realização do vídeo. Ora oiçam:


Portuguese Boys, de José Cid
(Álbum «Pop Rock e Vice Versa»)

segunda-feira, outubro 29, 2007

Mia Couto



Mais uma emissão em grande, desta vez feita entre dois continentes, Europa e África, e entre duas cidades, Lisboa e Maputo – onde estará o nosso convidado, o escritor Mia Couto, na companhia da nossa enviada especialíssima Rita Amado.

Um breve flash biográfico de Mia Couto: nasceu na Beira, Moçambique, em 1955. Foi director da Agência de Informação de Moçambique, da revista Tempo e do jornal Notícias de Maputo. Tornou-se nestes últimos anos um dos ficcionistas mais conhecidos das literaturas de língua portuguesa (autor de, entre muitos outros livros, O Último Voo do Flamingo, Terra Sonâmbula, A Varanda do Frangipani, O Outro Pé da Sereia, todos editados em Portugal pela Caminho). O seu trabalho sobre a língua permite-lhe obter uma grande expressividade, por meio da qual comunica aos leitores todo o drama da vida em Moçambique após a independência.

Trabalha e vive em Moçambique, e vai hoje falar connosco sobre o que nos une, portugueses e africanos, e o que nos divide; da sua formação em Biologia – e se ela lhe foi de alguma forma útil ou influenciou a sua escrita –; do que o fez, tendo viajado pelo mundo inteiro, optar por ficar em Moçambique (apenas o apelo das raízes ou porque seria impossível escrever as suas estórias fora do sítio onde elas acontecem?); das esperanças cumpridas e das grandes desilusões do país após a independência.

Acredito que haja entre os ouvintes da Prova Oral muitos que leram livros do Mia Couto, ou assistiram a peças de teatro baseadas neles – pois que se manifestem e digam o que pensam do universo miacoutiano e, já agora, aproveitem para perguntar o que vos apetecer ao autor. O telefone é o 800 25 33 33 e está oficialmente aberta a caixa de mensagens do blogue. A partir das 19, com Fernando Alvim (cá) e Rita Amado (lá).

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O PASSATEMPO JOSÉ CID continua. Todas as informações aqui. E já está disponível, para audição no blogue da Prova Oral, a música que deverá servir de base à realização do vídeo. Ora oiçam:


Portuguese Boys, de José Cid
(Álbum «Pop Rock e Vice Versa)


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ADENDA: Na quinta-feira vamos todos para o Espaço

Ah, vamos pois, e à boleia da Associação de Física da Universidade de Aveiro, FISUA, que está a promover um curso de Exploração Espacial. E como vamos todos para o Espaço e os turistas marcianos, embora excelentes criaturas, estão carregadinhos de electricidade estática e sei lá de que mais porcarias – enfim, feitios –, não vai dar muito jeito fazer a emissão a partir de lá. Por isso gravá-la-emos hoje, entre as 20 e as 21 – para ser emitida na quinta-feira, no horário habitual. Serve pois, este post, excelentíssimos ouvintes, para, mesmo sem nos estarem a ouvir em directo, poderem deixar aqui as questões da praxe.

Mais vos digo: os convidados são José Augusto Matos (formador) e Emanuel (não o obscuro cantor popular, mas o sobejamente conhecido representante da Associação de Física da Universidade de Aveiro). O curso funciona em horário pós-laboral a partir das 19 (se tiverem o azar de trabalhar nalgum turno esquisito, ou serem apresentadores da Prova Oral, estão tramados) e acontece uma vez por semana (todas as informações, incluindo ficha de inscrição, aqui; o programa completo do curso, aqui).

Mas mesmo que não possam ou não queiram fazer um curso destes, não acredito que, pelo menos uma vez durante toda a infância, entre o sonho de ser cabeleireiro unisexo, tocador de tuba ou GNR, nunca vos tenha aflorado igualmente o de ser astronauta. Vá, soltem as asas à curiosidade e perguntem tudo o que sempre que quiseram saber sobre o que se passa lá em cima, muito muito em cima: se as pontas das estrelas são afiadas, se os cometas ficam eriçados quando se lhes pisa a cauda, se Saturno é um planeta soturno, se Mercúrio está sempre a aleijar-se, se em Vénus se fazem uma festas, digamos, engraçadas, se a Via Láctea, uma vez aberta, deve conservar-se dentro do frigorífico – e sei lá que mais.

As perguntas e comentários via caixa de mensagens do blogue, podem ser deixados a partir de agora (por favor, mencionem Exploração Espacial no título, para não confundirmos com as relativas ao Mia Couto, ou ainda acabaremos a perguntar-lhe se os fatos espaciais não são demasiado quentes para calcorrear a imensidão da savana africana); telefonemas sobre este assunto, só a partir das 20, quando começarmos a gravar.

quinta-feira, outubro 25, 2007

Passatempo José Cid





Portuguese Boys, de José Cid
(Álbum «Pop Rock e Vice Versa)


Atenção, muita atenção, realizadores de vídeos de garagem e afins: o nosso grande José Cid, farto de nos dar música, propôs que agora lhe déssemos... imagem; ou seja, está aberta oficialmente a campanha Um vídeo para José Cid e para o tema Portuguese Boys, do seu mais recente álbum Pop Rock e Vice Versa. O passatempo consiste, pois, em que vocês realizem o dito cujo e o submetam à nossa douta avaliação: o vídeo vencedor passará a ser o vídeo oficial do Portuguese Boys do José cid – coisa que vos ficará muito bem no currículo –, com direito a estreia no Top +, entrevista ao realizador e – o mais importante de tudo – oferta de um bilhete duplo para um grande concerto do nosso artista, a acontecer em finais de Novembro.

O Júri será composto por Fernando Alvim (em representação da Prova Oral), Daniel Oliveira (pela parte do Top+) e David Benasulin (da editora Farol Música). O prazo para o envio dos trabalhos terminará a 22 de Novembro e a nossa morada é:

PASSATEMPO JOSÉ CID
Antena 3/ Prova Oral
Av. Marechal Gomes da Costa, nº 37
1849-030 Lisboa

No canto superior direito do blogue, estão os endereços electrónicos para onde devem escrever a tirar dúvidas. Agora, mãos à obra que o tempo urge.

Comportamentos Desviantes



Para a emissão de hoje, chamamos a atenção sobretudo a pais de filhos adolescentes ou a caminho disso: a nossa convidada é Maria Carmo Carvalho, investigadora do centro de Ciências do Comportamento Desviante da Universidade do Porto. Tem desenvolvido investigação na área das drogas, dedicando-se actualmente ao estudo etnográfico de culturas juvenis e sua relação com novos padrões de uso.

Comportamentos desviantes, associados ou não às drogas, é, infelizmente, um assunto sobre o qual ninguém se poderá alhear, porque nos toca a todos – embora a uns mais directamente que a outros. Maria Carmo Carvalho irá partilhar connosco a sua experiência de investigadora, adiantar impressões sobre o que já foi feito e o que ainda está por fazer nesta área sensível, os méritos e os erros mais comuns por parte não só das autoridades responsáveis mas também da sociedade em geral.

É fundamental a vossa participação com opiniões, comentários e – porque ninguém nasce ensinado – dúvidas. Grupos de risco, indícios de alarme, passos a seguir, onde pedir ajuda, o que poderão os profissionais de saúde e afins fazer para minimizar os riscos e os danos – e contem-nos também se já passaram ou já tiveram (ou têm) alguém próximo a passar por situações enquadráveis no tema de hoje.

O telefone é o 800 25 33 33 e a caixa de mensagens do blogue está igualmente disponível. A partir das 19, com Fernando Alvim e Xana Alves.

quarta-feira, outubro 24, 2007

A nossa fiel amiga Crise



Pois é, a Crise (sim, com cê grande), lá por ser Crise, não quer dizer que seja como um carro desgovernado ou um bote furado inevitavelmente a caminho do fundo: há sempre coisas práticas e objectivas a fazer para lá de rogar à Divina Providência e acender velas aos santinhos todos. Quem no-lo diz é o nosso convidado de hoje, Martins Lampreia, um dos maiores especialistas nacionais no universo da Comunicação e do Marketing, que acabou de editar, pela Texto Editores (o lançamento será no dia 25 deste mês), Da Gestão de Crise ao Marketing de Crise, onde revela tudo o que é preciso saber para gerir uma situação de crise nos negócios e como obter o aproveitamento máximo das novas janelas de oportunidades que se abrem para uma empresa quando esta se vê confrontada com uma situação de crise.

Já dizia a minha avó «em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão». Vamos abordar os principais erros da gestão em tempo de Crise e dissertar sobre se, pelo meio empresarial cá do burgo, ainda grassa muito o hábito de, como se diz no futebol, atirar a toalha para o chão, mal cheguem os primeiros indícios de que as coisas não estão a correr lá muito bem. Será o desespero e o pessimismo uma coisa muito nossa?, ou, antes pelo contrário, nestes tempos difíceis, o português faz honras à sua fama de desenrascado e, de facto, desenrasca-se? Por outro lado, abusa-se demasiado do desenrascanso (quer dizer, há, entre os empresários e afins, muito daquela mania chata de, quando dói, desenrascar a cárie dentária com uma aspirina em vez de ir ao dentista? E a broca, faz-vos impressão – ou choram só verdadeiramente na hora de pagar a consulta?)

Perguntas e comentários para o 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue, a partir das 19, com Fernando Alvim.

terça-feira, outubro 23, 2007

Joaquim Monchique a multiplicar por 16



Conta-nos Miguel Falabella, o autor de Paranormal, a peça de teatro que será tema da emissão de hoje: «Paranormal, a peça que ora apresentamos, chamou-se, originalmente, Louro, Alto, Solteiro, Procura... e nasceu, assim, por acaso, numa viagem de avião, quando li uma notícia sobre um relatório da Cruz Vermelha Internacional sobre pessoas desaparecidas no planeta. Segundo a entidade, ao lado daqueles cujos desaparecimentos poderiam ser justificados, por holocausto, conflitos, envolvimentos políticos, guerras e catástrofes, havia um imenso número de pessoas que, num dia comum, despedia – se da família, saía de casa para trabalhar e, desde então, nunca mais era visto. O número, diga-se de passagem, era mais do que expressivo: Milhões em todo o planeta. Pessoas que torciam os destinos de maneira radical e definitiva. Foi o bastante para que uma pergunta me acompanhasse durante todo o resto da viagem: Quem eram essas pessoas? Para onde tinham ido? É claro que a resposta só teria alguma importância para aqueles que tinham sido deixados para trás e que continuavam a buscar alguma explicação para o desaparecimento de seu ente amado. Quando pousei de volta, no Rio, já sabia sobre o que gostaria de falar e soube também que a história deveria ser contada por um único actor em cena, que viveria todas aquelas personagens em sua busca por uma mítica felicidade. Paranormal conta algumas dessas histórias.

Para falar desta peça, estará connosco Joaquim Mochique, que a adaptou para o contexto português e que a interpreta a solo (a estreia foi dia 17 no Cinema Batalha) – mas desdobrado em 16 personagens. Palavras do actor: Paranormal «É uma peça que fala de gente que procura gente, pessoas que não querem ser encontradas que sem querer são descobertas!»

Nem que seja metaforicamente, todos nós já perdemos alguém, todos nós procuramos por alguém, todos nós já alguma vez pelo menos, nos escondemos de quem nos procura. Ou não?

Dissertações e anúncios sobre os vossos achados & perdidos pessoais, sejam eles mais ou menos filosóficos, para o 800 25 33 33 ou caixa de comentários do blogue. Também valem perguntas sobre o processo de adaptação da peça para o contexto português – já que Fallabela é um apaixonado por bairrismos e expressões idiossincráticas (grande palavrão) –, e sobre as dores de parto que terá sentido Joaquim Monchique, ao parir-se assim em dezasseis múltiplos.

A partir das 19, com o espectro do Fernando Alvim e a aparição da Cátia Simão (que até rima).

segunda-feira, outubro 22, 2007

La Serena, um repertório afectivo



Creio que é consensual dizer-se – por muito que se embirre com as consensualidades – que Teresa Salgueiro é uma artista popular, no sentido mais bonito do termo: que agrada a muita gente, de diferentes faixas etárias e formação cultural, sem ceder ao popularucho.

Está de regresso aos discos com La Serena, lançado precisamente hoje, um álbum de canções escolhidas a dedo – e coração; uma espécie de repertório afectivo –, e recriadas pelo Lusitânia Ensemble para a sua voz.

Exemplos do que se pode encontrar em La Serena: O Namoro, do Fausto, o Leãozinho do Caetano Veloso, Amanhã, um clássico do Duo Ouro Negro, Velha Infância, dos Tribalistas, La Vie en Rose, da Edith Piaff – só para mencionar as mais conhecidas.

Estará hoje à conversa na Prova Oral, acompanhada de Jorge Gonçalves, violinista dos Lusitânia Ensemble, para nos falar destas canções todas, como as escolheu e como foram trabalhadas de modo a resultar num todo coerente.

Iremos também abordar o momento, de certa forma feliz, que alguma da música portuguesa atravessa em termos de internacionalização – e do facto de essa internacionalização estar a ser feita com artistas que cantam sobretudo em português (embora este álbum misture muitas línguas) e sobretudo ligados às raízes mais tradicionais, embora as recriem (tome-se como exemplo o percurso dos Madredeus, e a Mariza).

Perguntas, comentários e curiosidades via 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue: podem listar-nos o vosso próprio «repertório afectivo», as canções que vos marcaram ao longo da vida, e o que mais vos apetecer.

A partir das 19, com Fernando Alvim e Marisa Jamaica.

quinta-feira, outubro 18, 2007

Ao Volante do Poder



Pedro Faria emigrou para Nova Iorque há mais de trinta anos – na altura, para fugir à tropa – e é hoje dono de uma empresa de limusinas. Durante esse tempo todo conduziu um ror de ilustres portugueses que, por um motivo ou outro, estavam em trânsito por aquelas bandas: Mário Soares, Amália Rodrigues, Jorge Sampaio, Eusébio, Fernando Nogueira (quando era Ministro da Defesa), foram só alguns dos nomes que lhe passaram pelo banco de trás (nada de interpretações abusivas, olhem o respeitinho); e no seu livro Ao Volante do Poder (edição Bertrand), escrito em parceria com Nuno Ferreira, conta as histórias a que, inevitavelmente, assistiu pelo retrovisor ou soube através de conversas informais com os seus sui generis passageiros. Só para dar um exemplo Pedro Faria foi o primeiro a saber, em 1999, pelo então Ministro dos Negócios Estrangeiros, Jaime Gama, que Timor-leste era finalmente independente, após ter conduzido este de um almoço onde esteve com o Secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e o seu homólogo indonésio, Ali Alatas.

Pedro Faria e Nuno Ferreira irão hoje dar uma voltinha connosco, avenida da Prova Oral afora, e levantar um pouco o véu de todas essas histórias, umas com agá grande, outras agá pequeno, que fazem o volume «Ao Volante do Poder»: curiosidades, episódios marcantes, excentricidades, azares – nunca furou um pneu em serviço? –; e desta gente toda, quais os mais faladores?, os mais simpáticos?, os nem sim nem não?; e algum ilustre alguma vez se esqueceu de um saquinho de tremoços no banco de trás?, ou uma queijadinha de Sintra?, um garrafão de tinto carrascão lá da terra, para apaziguar as saudades?, um galo de Barcelos?

Rádio ligado e vidros abertos, enquanto o Outono ainda deixa: aí iremos nós (a limusina é grande e cabemos todos, não se acanhem, venham, venham – perguntas e comentários para o 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue), a partir das 19 com Fernando Alvim e Rita Amado. Bip bip.

quarta-feira, outubro 17, 2007

Medicina Alternativa



Pedro Marta Santos, entre outras coisas – foi jornalista d'«O Independente» durante treze anos, por exemplo –, é argumentista (são dele os argumentos dos telefilmes «Aniversário», de Mário Barroso, «Cavaleiros de Água Doce», de Tiago Guedes e «Oito Oito», de Edgar Pêra). E, amante de cinema como é, ainda por cima preocupado com a nossa saúde, acabou de editar, pela Guerra & Paz, um «Guia Terapêutico de Cinema – Como curar insónias, fobias, depressões e desastres amorosos».

Diz-nos a nota de imprensa: «Já ouviu falar em filmoterapia? É isso que aqui se propõe. Este livro contém milhares de ansiolíticos e antidepressivos e ajuda a prevenir e a curar noites em branco, males do coração, dores de espírito, ataques de preguiça e crises moderadas de parvoíce – não as temos todos? Os medicamentos propostos são filmes – curtos ou longos, dependendo da patologia – e séries de televisão, sempre em DVD, sempre com a indicação da dosagem, dos efeitos secundários e dos efeitos de interrupção do tratamento (como sabe, o cinema é terapêutico, mas vicia). A sua farmácia é o mundo inteiro: pode alugar os DVD no seu clube de bairro, comprá-los no centro comercial ou mandá-los vir pela Internet.»

Ora aqui está uma boa alternativa ao fálico supositório ou à traiçoeira aspirina, sempre pronta a desfazer-se-nos na boca quando damos com o jarrinho da água vazio e temos que ir a correr à cozinha; e, sobretudo, um magnífico pretexto para falarmos de cinema, que é, no fim de contas, ao que este livro nos convida.

A Prova Oral, como verdadeiro serviço público que é, estará hoje, pois então, transformada em consultório: telefonem-nos (800 25 33 33) ou deixem uma mensagem na caixa de comentários do blogue, expondo os vossos achaques (as tosses chatas, o reumático, a omoplata deslocada, o olhar melancólico, a espinhela caída, a queda de cabelo, o ventre acervejado), que o Dr. Pedro Marta Santos, nosso convidado, prescrever-vos-á o filme salvador (podem depois, naturalmente, refutar a prescrição, alegando alergia crónica a algum realizador ou actor em particular, denunciando certos filmes que, debalde a crítica sã, vos deixam doentes).

A partir das 19, com Fernando Alvim e Marisa Jamaica.

terça-feira, outubro 16, 2007

O retorno da gataria



Os Gato Fedorento lançam hoje o DVD do «Diz que é uma espécie de magazine» e vão rebolar-se durante todo dia (desde as 8, imaginem) pelos telhados de zinco quente da Antena 3; e, naturalmente, montarão tenda também na Prova Oral. Os quatro: José Diogo Quintela, Tiago Dores, Miguel Góis e Ricardo Araújo Pereira. Mas não só: hoje a emissão será de duas horinhas, indo das 18 às 20 (mantendo-se a Linha Avançada de José Nunes no horário habitual, às 18h50). Vamos fazer um pequeno balanço da carreira dos humoristas que viraram o humor do avesso, falar dos ossos do ofício, da tolerância e falta dela, dos tabus, do humor batidíssimo que se deve a todo o custo evitar – ou talvez não –, do bom e do mau gosto e fazer trocadilhos (prometemos um ou outro mesmo mesmo muito insonsos).

Vocês podem e devem participar, com perguntas & comentários sobre todos estes temas e os que mais vos ocorrerem, via costumeiro 800 25 33 33 ou caixa de mensagens do blogue. Não se esqueçam, hoje é a partir das 18, com Fernando Alvim e Cátia Simão.

segunda-feira, outubro 15, 2007

Lei da Atracção



Mais uma workshop em cena na Prova Oral – porque as há para todos os gostos e de todos os feitios –; desta feita, a matéria abordada, será a Lei da Atracção. Diz-nos o resumo:

«Tudo que vem até nós é atraído por nós mesmos. É atraído até nós pelas imagens que mantemos na nossa mente. O modo mais simples de se encarar a LEI DA ATRACÇÃO é imaginarmo-nos a nós mesmos como um imã. Um imã atrai outro imã. A LEI DA ATRACÇÂO diz que semelhantes se atraem, tendo em vista que esta é uma lei que trabalha no nível do pensamento. O nosso trabalho, como seres humanos, é pensar no que nós queremos e deixar isso absolutamente definido nas nossas mentes. A partir daqui nós passamos a invocar uma das leis mais poderosas do universo: A LEI DA ATRACÇÃO. Nós tornamo-nos naquilo no qual nós mais pensamos, mas também atraímos aquilo no qual mais pensamos. E esse princípio pode ser resumido em quatro palavras simples:

PENSAMENTOS TORNAM-SE COISAS. Muitas pessoas não percebem que pensamentos têm uma frequência. Todo pensamento tem uma frequência. Podemos medir um pensamento. Então se nós pensamos na mesma coisa por várias e várias vezes, se mantemos aquela imagem na cabeça: aquele carro novo, o dinheiro de que precisamos, montar aquela empresa, encontrar o(a) companheiro (a) da nossa vida. Se imaginamos como seriam essas situações, emitimos uma determinada frequência consistentemente. Pensamentos emitem um sinal magnético que atrai um sinal semelhante na nossa direcção. Se imaginarmos estar a viver em abundância e nós atraímos isso.

A LEI DA ATRACÇÃO diz: nós lhe daremos o que quer que nós digamos e no que quer que nós nos concentremos. Se reclamamos de uma situação negativa, criamos mais dessa mesma situação.

Nós podemos ser muito positivos na nossa orientação e assim nós tendemos a atrair pessoas, eventos e circunstâncias positivistas. Se nós formos negativos na nossa orientação, nós tendemos a atrair pessoas, eventos e circunstâncias negativistas. No workshop irão ser trabalhadas as ferramentas para colocarmos a Lei da Atracção a agir a nosso favor e a materializar os sonhos que vivem dentro de nós.»

Os nossos convidados, Roberto Sousa (que ministra do dito workshop) e Cristina Martins (responsável pelo Espaço Ser Sereno) irão falar-nos então da estrutura do curso, os passos essenciais, resultados conseguidos em workshops similares, o que podem os alunos esperar alcançar – e se não correrão o risco de, por exemplo, sair de um restaurante com os talheres todos colados à cabeça.

Para o 800 25 33 33 ou para a caixa de mensagens do blogue, além das vossas perguntas e comentários, digam-nos também o que, se pudessem, gostariam mesmo memos de atrair (e, já agora, de repelir). A partir das 19, com os atraentes Fernando Alvim e Marisa Jamaica.

quinta-feira, outubro 11, 2007

História de Portugal



História de Portugal e centros comerciais são coisas que raramente comungam. Mas raramente não é o mesmo que nunca e hoje vamos falar de um curso de História de Portugal ministrado, imaginem (essa é que é essa), no El Corte Inglés: é à borla e, sendo onde é, escusamos inclusive de despir o fato de treino. Convidámos, para nos falar dele – do curso, não do fato de treino –, o seu orientador, o professor José Reis Santos.

Entre outras coisas, iremos saber a que público se destina este curso; se sairemos de lá feitos pequenos josé-hermano-saraivas, ou o objectivo é apenas espevitar a curiosidade e dar bases suficientes para que as pessoas, depois, aproveitem a boleia e continuem a aprender por si próprias? E como estão os portugueses em termos de conhecimento da sua própria História?; na idade da pedra? Crêem que Salazar foi o último Rei de Portugal? E que dom Sebastião fumava muito, o que explica o nevoeiro? Que Guimarães se chama a cidade-berço por haver por lá muitos bebés? Que a República mudou de sexo, daí a Implantação? Que Vasco da Gama inaugurou o caminho marítimo para a Índia porque estava farto de ir lá a pé?

Dúvidas e comentários via 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue. A partir das 19, com o histórico Fernando Alvim.

quarta-feira, outubro 10, 2007

Tudo para uma grande boda



Hoje vamos falar de casamentos – e com dois convidados especialistas na matéria: Maria Cunha e José Fernandes, responsáveis pelo O Nosso Casamento, um site que compila um ror de informação preciosa para os potenciais casadoiros. Há de tudo: dicas sobre catering, espaços, tendências de vestuário, organizadores de eventos, convites, etiqueta, organistas-vocalistas, decoração, fotografia e mais sei lá o quê.

Pela quantia que os casais – ou respectivas famílias – estão, muitas vezes, dispostos a pagar pela comemoração do casamento (li algures que o negócio casamenteiro perfazia 1% do PIB), é fácil deduzir a importância que se atribui à coisa: estarão na moda outra vez as grandes bodas?; prefere-se a exuberância à subtileza?; os gostos e preferências dos casais mudaram muito desde as últimas décadas até aos dias de hoje?; e para quando um site similar a este, mas chamado «O Nosso Divórcio»?

Caso estejam para casar, telefonem-nos (é o 800 25 33 33) ou escrevam para a caixa de mensagens do blogue, e revelem-nos as vossas opções, o tipo de serviço que escolheram, o vestido, a limusina e por aí adiante – e aproveitem para esclarecer alguma dúvida com os nossos convidados. Aos que já casaram, que nos digam como foi – e, destes itens todos, o que voltariam a fazer igual e o que não repetiriam?.

Por fim, aos eternos solteiros e solteiras que estão sempre a ser convidados para as cerimónias alheias – e lá têm que desembolsar o presentinho da visita –: derramem o vosso fel, vinguem-se do frete que vos impingem; ou, caso contrário, se até gostarem, digam o que apreciam fazer por lá, se são do género que, após seis uísques, ata a gravata á cabeça, ao estilo índio, e discursa a desejar comovidamente felicidade aos restantes duzentos e cinquenta convidados que ninguém conhece; e aproveitam para encher a barriga de pasteis de nata e a agenda telefónica com os números dos outros solteiros e solteiras como vós?

É a partir das 19, com Fernando Alvim e Cátia Simão.

terça-feira, outubro 09, 2007

Teatro de rir



Mais uma vez o humor sobe ao palco na Prova Oral e agora para falarmos da 13ª (olhem que sorte) edição do Festival Internacional de Teatro Cómico da Maia , que começou a 5 deste mês e se prolongará até dia 14, no Fórum Maia. Aí estarão representadas todas as vertentes do teatro cómico (que a comédia não são só anedotas), «desde o teatro de rua, a mímica, a animação, stand-up comedy, musical, o novo circo, marionetas e fantoches, café-teatro, clown. Numa iniciativa da Câmara Municipal da Maia com direcção artística, técnica e produção do Teatro Art' Imagem. Este é o único festival de teatro exclusivamente dedicado à comédia que se realiza em Portugal.»

O director do festival, José Leitão, será o nosso convidado. Iremos ficar a saber não só mais detalhes sobre o programa, mas também como tem evoluído o festival ao longo destas edições todas, se o boom, mais ou menos recente, do humor televisivo, com o aparecimento e mediatização de alguns artistas de stand-up e afins, se fez notar nos públicos: cresceu o interesse pelo teatro cómico?, ou acabou por ir muita gente ao engano, quando confrontados com um tipo de humor que nem sempre tem a ver com aquele que se conhece do pequeno ecrã?

Quanto a vocês, digam-nos do humor que mais vos atrai – estilos, autores, grupos, etc. –, se são exigentes, se se preocupam em procurar coisas novas, ou uma boa anedota e um par de trocadilhos fazem-vos felizes para o resto do dia? O telefone é o 800 25 33 33 e têm à disposição a caixa de mensagens do blogue. Como o programa é às 19 e o trânsito a essa hora nas cidades não é flor que se cheire, aproveitem para fazer rir a malta (é o que faz falta). Contem-nos, por exemplo, a anedota ou trocadilho mais sem graça que alguma vez ouviram: daquelas coisas que por serem tão insípidas tão insípidas, acabam por ter piada. Ou um episódio insólito que vos tenha acontecido. Ou o relato de um espalho de bicicleta. Ou imitem uma figura pública, desde que não seja o José Hermano Saraiva, o General Ramalho Eanes ou o Alberto João Jardim – porque essas imitações já estão mais batidas que sei lá o quê.

A partir das 19, com Fernando Alvim.

segunda-feira, outubro 08, 2007

Ora então digam lá



Porque a liberdade é uma coisa muito bonita, hoje teremos mais uma das típicas, memoráveis, épicas – e quejandos adjectivos – Provas Orais de tema livre.

Liberdade total para abordarem os temas da actualidade – e outros – que achem pertinentes e que vos causem comichão à língua opinante: desde a eleição de Luís Filipe Menezes como líder do maior partido da oposição, à saga, que está aí para durar, do caso Madeleine McCann, passando pelo episódio Santana Lopes, que se recusou a continuar uma entrevista depois de ter sido interrompido pela reportagem sobre a chegada de Mourinho; o futuro clube de Mourinho (aceitam-se apostas), o talento para as Relações Públicas de Scolari, a Liga dos Campeões, o famoso vídeo revolucionário de um jovem chamado Durão Barroso, o último livro que leram, filme ou concerto a que assistiram, notícias insólitas que queiram partilhar connosco – de repente, dei com esta, sobre um jovem japonês que demorou 12 segundos e 26 centésimos a fazer o Cubo Mágico (não foi tanto este tempo que me espantou, mas o facto da febre do cubo mágico, que eu pensava que já tinha ido à vida em meados dos anos oitenta, permanecer); e, por falar em jogos, e tendo começado há pouco o ano lectivo, podem lembrar-nos dos jogos do recreio que entretanto foram substituídos pelas consolas portáteis (oh, saudosismo) e recordar o vosso primeiro dia de aulas. E, já agora, para onde foram e o que fizeram nas férias de Verão (se não vos for doloroso, uma vez que já acabaram): aceitamos, inclusive, queixas sobre o reumático – bicos de papagaio, em latim – uma vez que a mudança de tempo está aí.

O telefone é o 800 25 33 33; e está disponível, igualmente, a caixa de comentários do blogue. A partir das 19, com Fernando Alvim.

quinta-feira, outubro 04, 2007

Elvis Presley has just left the building



Elvis Presley morreu há cerca de trinta anos e a Prova Oral de hoje ser-lhe-á inteiramente dedicada. E o nosso convidado, como não podia deixar de ser (tendo em conta que Elvis, o próprio, não pode vir porque acabou de deixar o edifício e não cremos que regresse a tempo – já viram o trânsito que está?), é um fã incondicional do rei: chama-se Marco António e canta na banda revivalista rockabilly The Lucky Duckies. Além disso foi também, através da Lucky Duckies Produções, um dos pioneiros da introdução do karaoke por esses bares e afins afora – e promete uma demonstração karokiana em directo.

Vamos falar da maneira como se vive o Elvis ainda hoje, trinta anos depois, das impressões dessa vivência que Marco António tem recolhido ao longo dos concertos e eventos que organiza; da ascensão e queda do ídolo (note-se como no fim da vida pesava cento e quarenta quilos e tinha uma dose mínima de sangue na corrente de medicamentos que lhe corria nas veias); e dissertar também sobre os outros supostos reis e títulos afins, com certeza menos consensuais, anunciados por aí: será a Britney Spears a Rainha da Pop?, o Rui Veloso o Pai do Rock Português?, o Emanuel o Rei da Música Pimba?, o senhor Augusto o Rei dos Frangos?

Quanto a vocês, digam-nos como vêem Elvis Presley: um mito desbotado pelos anos?, uma lenda que parece nunca ter existido realmente?, uma manobra de marketing?; conhecem-lhe a música ou é algo que vos passa completamente ao lado? Já agora, contem-nos, para a caixa de comentários do blogue, dos reis que na vossa opinião ficaram por coroar: os ícones injustamente esquecidos e preteridos.

E caso se achem vocês próprios dignos de pertencer à realeza, provem-no: o 800 25 33 33 está à disposição para vos registar o groove dos dotes vocais. A partir das 19, com Fernando Alvim e Sílvia Batista.

quarta-feira, outubro 03, 2007

A graça de Deus



Em época de fundamentalismos – que sempre os houve, em todas as religiões, e não é coisa só de agora – vale a pena reflectir sobre o humor a propósito da religião. E o pretexto para a conversa, é a peça A Bíblia: Toda a Palavra de Deus (sintetizada), que está em cena no Teatro-Estúdio Mário Viegas desde 20 de Setembro e irá por lá ficar até ao fim de Novembro.

Como nos diz a nota de imprensa, «é um espectáculo que irá certamente pôr todos os portugueses a rir a bandeiras despregadas, e que resulta duma leitura muito particular (mesmo!) e divertida dos principais episódios narrados nos Livros Bíblicos, do Génesis ao Apocalipse. Esta nova encenação de Juvenal Garcês, com as representações duma velocidade de cortar a respiração de João Craveiro, Paulo Duarte Ribeiro e Tobias Monteiro, desmistifica sem desrespeitar e parodia sem satirizar algumas das principais questões suscitadas pelos textos sagrados e pelo cristianismo, pedindo apenas ao público uma "suspensão da seriedade e uma entrega sem pudor ao discurso humorístico da obra, à genialidade da encenação e à qualidade irrepreensível das interpretações"» Em estúdio, teremos os três actores da peça: João Craveiro, Paulo Duarte Ribeiro e Tobias Monteiro.

A Bíblia é um best seller, já vendeu mais que o Alquimista do Paulo Coelho e o Código Da Vinci do Dan Brown juntos e multiplicados por quatro – e é um dos livros considerados essenciais para muita gente. Mas será que todos os que lhe apregoam a importância a leram realmente (a começar pelos nossos convidados, sobretudo um deles, que se acha o máximo por ter feito a catequese toda)? Digam-nos vocês, aí desse lado, que episódios afinal vos marcaram mais, o que vos atrai ou retrai da história nela narrada – e se a acham uma fonte de inspiração como qualquer outra para o trabalho dos humoristas ou se, pelo contrário, há coisas intocáveis?

Está disponível o 800 25 33 33 e avisamos desde já que os dois melhores comentários deixados na caixa de mensagem do blogue dão direito a outros tantos bilhetes duplos para a peça (aos participantes pedimos que deixem o endereço electrónico no fim da sua mensagem).

É a partir das 19, com Fernando Alvim e Cátia Simão.

terça-feira, outubro 02, 2007

Uma aventura na Venezuela



O nosso convidado de hoje chama-se Luís Santos e é piloto de aviões – como qualquer outro piloto afim, não fosse a aventura bizarra (para utilizar um eufemismo), que viveu há uns anos, aquando de uma viagem à Venezuela. Para quem não se lembre, aqui vai o excerto de uma notícia da época, reportando o acontecimento:

«O pesadelo começou a 24 de Outubro de 2004 quando após uma viagem relâmpago a Caracas, Venezuela, se preparava para regressar a Portugal. Pouco antes da descolagem, a tripulação – comandante, António Smith, co-piloto, Luís Santos, e assistente de bordo, Raquel Neves – deparou-se com um amontoado de malas não identificadas no porão. Retiraram-nas da bagageira e avisaram as autoridades. A polícia deu de caras com 12 trolleys com cerca de 400 quilos de cocaína pura. Seguindo os tramites legais, a tripulação e as três passageiras – a quarta, uma espanhola, conhecida por La Rubias, decidiu à última hora ficar em Caracas – foram retidos para investigação. Foram detidos logo a seguir.»

Só pôde regressar a casa 14 meses depois. Foi uma aventura que fez correr muita tinta e que mexeu com a diplomacia dos dois países. Aquilo que, em linguagem técnica se chama um grandessíssimo aperto. Agora, passado o tempo necessário para assentar a poeira, é hora de contar como foi: o que se sente numa situação em que estamos tão fragilizados face às circunstâncias (mais uma vez, o termo técnico da coisa é «estar na hora errada no sítio errado»)?, e como se consegue ir mantendo a sanidade mental durante catorze meses com muita desesperança pelo meio?. E, alargando o âmbito da conversa para lá deste caso específico, o que, na opinião do nosso convidado, devia mudar para que incidentes destes não se voltassem a repetir (tendo em conta que os funcionários das transportadores, pilotos, hospedeiras e afins, estão constantemente expostos às «más coincidências»)?

E já que falamos em hospedeiras, que nem só de desgraças é feita a experiência: é verdade que não há piloto que não tenha um caso com uma?, hum? E porque diabo acabaram as demonstrações de salvamento, aquele prelúdio teatral que tanto animava os passageiros? E os funcionários trazem comida de casa, ou sujeitam-se à que é servida a bordo? Se sim, que gastrenterologista nos aconselham (sim, porque o vosso deve ser bom, ou já teriam um buraco no estômago). Os bancos da cabine de pilotagem, em termos sexuais, dão mais ou menos jeito que os estofos do automóvel?

Mais perguntas e comentários para o 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue. A partir das 19, com Fernando Alvim.

segunda-feira, outubro 01, 2007

Enciclopédia Hip Hop



O Hip Hop veio para ficar – se dúvidas havia sobre tratar-se de mais uma moda. E Corsino Furtado – Uncle C, o nome de guerra – tirou um dos retratos possíveis ao movimento, cujo primeiro volume acabou de editar no DVD Enciclopédia Hip Hop. A nota de imprensa sublinha não se tratar «apenas de um documentário, mas também de uma pequena compilação de hip hop e suas vertentes por completo. A partir de um conjunto de recolha de imagens efectuada de forma aleatória nos ultimos 3 anos por Corsino Furtado (Uncle C), ao percorrer vários locais e ambientes relacionados com o movimento. Recorrendo para tal a uma pequena handycam digital para registo de diversas horas de material em bruto com vários intervenientes nacionais e internacionais, desde entrevistas, freestyles, concertos ao vivo, graffiti, etc... com participantes dos 16 aos 65 anos.»

Teremos, pois, hoje, mais uma vez, o Hip Hop à conversa na Prova Oral. Corsino Furtado falar-nos-á de toda a experiência da feitura desde DVD, os prazeres e as dificuldades do processo, e discutirá connosco – e convosco, via 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue – o passado, o presente e o futuro do Hip Hop.

Digam-nos vocês também da vossa relação com este movimento, de como foi o primeiro contacto com ele, do que gostam mais, do que gostam menos, bandas e nomes que consideram de referência e os concertos mais inesquecíveis a que assistiram.

A partir das 19, com Fernando Alvim.