quarta-feira, setembro 12, 2007

A nobre arte de ser pelos outros



Às vezes, o que é nacional não só é bom mas faz bem. E, com tanto pseudo-orgulho (às terças, quintas e sábados) ou pseudo-falta de auto-estima (às segundas, quartas e sextas – ao domingo descansa-se) que para aí anda, não era má ideia olharmos para uma instituição como a AMI – Assistência Médica Internacional, que, a partir de cá, vai aonde é realmente precisa.

Sobre a sua fundação, diz o seu fundador: « Fundei-a porque entendi ser útil que houvesse em Portugal uma instituição humanitária autêntica, independente, dinâmica e repleta de ideal, inspirada nos “Médecins Sans Frontières” (MSF), instituição onde eu actuava havia já cinco anos. Nessa altura, lembro-me de me ter interrogado muitas vezes, do porquê de ser então o único médico português a actuar nesse tipo de instituição humanitária não governamental. Tendo ajudado a lançar a Secção Belga dos MSF no inicio da década de 80 e tendo sido um dos seus administradores, entendi a partir de certa altura que em Portugal poderíamos também construir uma instituição do mesmo género... Foi essa reflexão e vontade, conjugadas com uma “Grande Reportagem” com grande impacto em Portugal, do meu, hoje, querido Amigo José Manuel Barata Feyo feita comigo, no Chade em 1983 (apresentada na RTP pelo também meu, hoje, querido Amigo Miguel Sousa Tavares) que deram origem à AMI em 1984 (...)»

Será, pois, o Dr. Fernando Nobre, fundador da AMI, o nosso convidado de hoje que, a pretexto do lançamento do livro Gritos Contra a Indiferença (Temas & Debates), «uma obra que reúne artigos publicados e textos de conferências dadas ao longo dos últimos dez anos em seminários, escolas, institutos, fundações, universidades e grupos doutos, civis ou militares», dar-nos-á também a conhecer melhor a instituição que dirige, contará histórias mais e menos felizes destes anos de actividade – e explicará como isto nos diz respeito a todos e como cada um de nós pode ajudar.

Participem, perguntas & comentários & etc., a partir das 19, via 800 25 33 33 ou caixa de mensagens do blogue. Com Fernando Alvim e Xana Alves.

7 comentários:

Anónimo disse...

Olá Alvim e Olá Xana. Sou uma ouvinte assídua..antes de mais parabéns pelo programa, e já agora parabéns para mim também que faço hoje 24 aninhos. o pior mesmo foi saber que o Paulo Portas também faz anos hoje...enfim..
Bem mas a respeito do tema de hoje, tenho ideia de que houve uma altura em que a ajuda humanitária estava mais apagada, mas que agora e sobretudo com a ajuda da comunicação social esta tem crescido cada vez mais. Gostava de perguntar ao convidado se estarei certa ou não. Pelo que tenho lido até mesmo sobre figuras públicas que se tem associado a campanhas humanitárias acredito que estamos num bom, ou num melhor caminho do que aquele que se estava até agora. Boa aorte para a AMI e um bem haja a todos!! Filipa

CESAR disse...

Boas tarde Sr. Alvim, sensual Xana Alves e ao distinto convidado, o Sr. Fernando Nobre.
Sobre a AMI, é uma daquelas organizações que só pecam por ser criadas tão tarde, pois os seus intentos são bastante nobres e dignos.
Compartilho a dúvida do Sr. Nobre sobre o facto de haverem tão poucos portugueses a dar parte de si mesmo nestas organizações, e outra dúvida que eu tenho: como é que uma organização destas teve de ser criada tão tarde? Quais foram os contextos políticos e sociais em que a AMI apareceu.
É incontornável que este tema irá descambar na questão do voluntariado. Eu pratico voluntariado pelo Banco Alimentar (o meu tempo, infelizmente não me permite mais). Gostaria de saber se a AMI também organiza recolhas de bens alimentares ou não para enviar para outros locais, ou se precisa de mão de obra voluntária.

Com os melhores cumprimentos deste vosso ouvinte.

Anónimo disse...

Boa tarde Alvim e Xana e boa tarde também para o Dr. Fernando Nobre, cujo nome encaixa de forma tão harmoniosa e certeira na Instituição de que falamos no programa de hoje. A AMI é, sem sombra para dúvidas, uma das instituições que mais e melhor tem feito pelas camadas mais desfavorecidas da sociedade, prestando um serviço básico, mas precioso (tão ou mais importante do que o ouro em alguns países - pense-se na maioria dos países africanos) indispensável para o enriquecimento humano (e, indirectamente, cultural - leia-se social) de um país - o serviço médico. Dei uma passadinha rápida pelo site da AMI e fiquei surpreendido pela quantidade de formas que nós, comuns cidadãos, podemos utilizar para ajudar a AMI em Portugal e no mundo.Talvez todos possamos passar pelo site da AMI e associar-nos a esta causa através de uma das múltiplas formas possíveis. Já agora, e porque se fala dos "Médecins Sans Frontières” fica a pergunta, já viram os novos episódios do E.R. no AXN? Giram em grande parte em torno do trabalho destes profissionais de saúde na Rép. Democrática do Congo... e a realidade retratada é impressionante...
Beijos e Abraços a todos e parabéns pelo programa.

Anónimo disse...

e UM TEMA LIVRE É PA QUANDO HEIM...???'

Anónimo disse...

Olá a todos..., uma pergunta:Será impressão minha ou os centros ajuda humanitária da AMI, em portugal, é apenas em locais como Lisboa/Porto?
Aveiro por exemplo,e outros distritos, dispõe de um de um centro de ajuda?
Agora outro assunto.Eu sinceramente não costumo contribuir com meios monetários nem para a AMI ou outro tipo de instituição, para além dos bombeiros, com receio que este não chegue ao destino, que originou o donativo. Gostaria de poder contribuir com uma outra forma que não monetária, uma vez que as condições económicas dos dias que correm não são as melhores. Como faço? Já agora os meus parabéns a todas as pessoas que contribuem para gestos tão nobres.

Anónimo disse...

ola alvim...
é de dar valor a quem dedica a sua vida em prol do bem estar das outras pessoas. uma duvida ao vosso convidado: onde se podem enquadrar os arquitectos sem fronteiras?

és grande alvim....
parabens ao vosso convidado

Anónimo disse...

Os jogadores da Selecção dão-nos algum brio, mas cada vez que nasce um Português como você ganhamos os Mundiais da civilização. Agora imagine mais 21 como você... 21 AMIs...
Portugal olé!