A PROVA ORAL E AS BOAS PRÁTICAS DA LÍNGUA PORTUGUESA
Conselho e concelho; cozer e coser; porque é que houve razões e não
«houveram razões?»; campainha e rainha não levam acento no i; pudico
também não o leva no u, no entanto todos dizemos «púdico», como se
levasse; jacuzzi, como no original ou o aportuguesado jacúzi? (porém, meu
amor, continua a ensaboar-me as costas); as razões históricas que fazem com
que a palavra piaçaba não se escreva, ao invés, «piassaba» (embora,
grafias à parte, o desgraçado não se livre da sua triste função); devemos
«parabenizar» os aniversariantes?, «emailar» a Sílvia Alberto para um
café?, «recepcionar» o cheque simpático que o padrinho nos deu pelo Natal?
A língua portuguesa é muito traiçoeira, mas nós não a atraiçoamos menos; e
para nos falar disso virá hoje à Prova Oral José Mário Costa, um dos
proprietários do sítio (sítio, site, sai-te da minha vida?) mais precioso da
Internet para quem fala e escreve em português - e aprecia fazê-lo bem -,
o Ciberdúvidas da Língua Portuguesa (ciberduvidas.sapo.pt).
A partir da 19, com Fernando Alvim e Rita Amado e o 800 25 33 33 que promete
não vos lançar pimenta à língua por alguma calinada: portanto, apareçam
destemidos, com questões, dúvidas, denúncias do mau linguarejar que grassa
por essa comunicação afora (agora vou reler isto, não vá o diabo
tecê-las).
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