Os paparazzi leitores
A moda já chegou a alguns países e não será de estranhar que em breve chegue também a Portugal à custa da evolução tecnológica ( são raros os telemóveis que não permitem fotografar e filmar) e da iminente possibilidade de isto se tornar um tremendo negócio .
Com funciona?
Fácil, muito fácil. Basta tirarem uma fotografia a alguém conhecido numa situação menos ortodoxa e podem rapidamente tentar vendê-la a um qualquer jornal ou revista que se mostre interessado. Para citar só um exemplo, neste mundial de futebol que passou há uma foto que mostra Zidane a fumar numa varanda que foi amplamente divulgada e saiu num jornal germânico. Essa foto, foi tirada por um paparazzi leitor.
De resto, há já publicações que dão uma página diária só para divulgar as fotos que lhes chegam através dos seus leitores.E o mais curioso, é que o sistema, a necessidade de muitos aparecerem, faz com que muitas das vezes sejam as próprias figuras públicas a contactarem as agências de paparazzi ou as revistas e jornais para irem ao seu encontro. Algo como: Olhe, hoje à tarde vou estar a trair o meu namorado ali para os lados de carcavelos! Se quiserem, apareçam!” E assim, surgem as notícias e assim se fazem belas capas.
E assim a pergunta impõe-se: Onde começa e acaba o direito de proteger a nossa imagem? Reparem que eu não estou a falar só de figuras públicas mas sim de todos e quaisquer cidadãos. Reparem só, o que fariam se dessem convosco num jornal nacional a cuspir para o chão, por exemplo. Não é assim muito erótico pois não?
E se quisermos ir mais longe, podemos analisar fenómenos como o Youtube que pode ser um excelente meio de divulgação e promoção de muitas coisas, uma avaladora forma de denunciar ( um assalto por exemplo, filmar o assalto, o rosto do assaltante e no outro dia , toda a gente poder ver na net quem terá sido). Não admira por isso que num curto espaço de tempo, muitos dos telejornais comecem a usar as imagens que lhe chegam de telemóveis.
Por isso, falemos sobre os paparazzi e sobre o que acham de tudo isto. Hoje, a partir das 19, com Fernando Alvim e Sílvia Baptista. 800 25 33 33.
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