terça-feira, fevereiro 05, 2008

Repórteres, Reportagens & Cia.



Sobre a mesa, dois livros que têm em comum terem sido escritos por jornalistas. O primeiro, Vieste P@ra Ser o Meu Livro, (edição Prime Books) é co-assinado por Rita Marrafa de Carvalho (o outro autor é Eduardo Águaboa). Os dois vestiram-se de personagens e trocaram e-mails nessa condição: «um homem e uma mulher. Por obra do acaso, estranho, ele envia-lhe um email. Ela responde. No espaço de dois anos, este homem e esta mulher trocam emails. Trocam confidências e ternuras. Trocam insultos e impropérios. Põem em causa o meio pelo qual se tocam, tentam ultrapassar a maquinaria técnica de uma relação cibernáutica. No espaço de dois anos, Rita e Eduardo, uma jornalista e um assessor, escreveram a história de Rute e de João. Eduardo nunca soube o que Rita ia escrever. Rita nunca sabia como Eduardo responderia. Um livro escrito a 4 mãos, no vazio, de olhos vendados, sem combinações, sem enredos estipulados, sem um fim definido, Rita e Eduardo construíram um livro que põe à prova a inevitabilidade do tecnológico, de um amor que se ergue entre bites e bytes. Um dia Eduardo disse: "Acaba o livro, escreve o último email". E ela assim fez. Rute e João vão, alguma vez, pousar os olhos um no outro? Só lendo...»

O outro livro é Repórter de Guerra (edição da Oficina do Livro) e assina-o Luís Castro: «contar a verdade mesmo que isso lhe custe a própria vida: é esta a missão assumida por Luís Castro. De Cabinda a Timor, da Guiné ao deserto iraquiano, o jornalista vestiu o papel de repórter, que lhe deu, mais do que glória e fortuna, a possibilidade de ter estado onde se escreveu a História. Das suas mãos chegaram mais de quatrocentas reportagens a Portugal, acompanhadas de imagens que valem tanto como as palavras que redigiu e que o colocaram no centro de tantos conflitos armados. Luís Castro reviu blocos de apontamentos, visionou mais de mil horas de imagens em bruto, transcreveu diálogos e falou com os repórteres de imagem que o acompanharam em cada momento. Mas este livro é muito mais do que o fruto de um trabalho minucioso. É um percurso de um homem de coragem que mesmo nas piores situações não virou a cara à luta e sobreviveu para a contar. Recusando artificialismos e rodeios, registou os factos. Aqui está o que (lhe) aconteceu. Sem tirar nem pôr.»

Das relações pessoais cibernéticas à reportagem de guerra, pura e dura: duas faces da moeda dos dias de hoje. Rita Marrafa de Carvalho e Luís Castro são os nossos convidados. Vamos falar da Reportagem, género jornalístico que, segundo consta, parece em vias de extinção ou, pelo menos, passa um mau bocado: porque é caro e necessita de tempo para ser trabalhado, coisa que não agrada muito aos donos dos jornais, que preferem o imediato, a notícia em cima da hora – e de preferência a preços acessíveis; e abordaremos também a relação entre o jornalismo e a ficção, as várias maneiras de contar a realidade – e falar da tendência cada vez maior de jornalistas a escrever livros: será uma espécie de «tirar a barriga de misérias», explanar as ideias com outro fôlego, tendo em conta os apertos de espaço e de tempo que os jornais impõem?

Perguntas e comentários via 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue, a partir das 19, com Fernando Alvim.

8 comentários:

JoanaRSSousa disse...

A internet, o e-mail, veio dar-nos a todos esta sensação fantástica de estar em todo o lado, com todos, ao mesmo tempo...
E assim nascem relações, projectos de trabalho, ralações, preguiças.

Parece-me (e deixo à reflexão de todos) que esta proximidade virtual nos deixa muito sós... ausentes ao sorriso, ao toque, ao olhar frente a frente.

Internet, demasiada internet fará de nós (mais) humanos, demasiado humanos?

beijinhos da Joana dos Chapéus

Anónimo disse...

Tenho o maior respieto pelos reporters de guerra um dos meus fotografos preferidos era Robert Capa tambem ele reporter de guerra que andava no meio das trincheiras e nas frentes de batalha apenas com a sua maquina fotografica. Duas perguntas para o convidado Luís Castro 1º Alguma vez esteve numa situaçao em que pensou, "é desta,ardi!"? 2º Quando vai para cenários de guerra vai armando com alguma coisa, sei la uma faca de mato no fundo da mochila? Beijinhos pra todos!

Anónimo disse...

È só para alertar que o podcast da prova oral está desactualizado!
um gajo quer ouvir os programas perdidos e ... não estão lá.
Se fosse um qualquer programa, era compreensivel, mas tratando-se da prova oral, melhor programa rádio do mundo e arredores, é insustentavel, uma verdadeira tragédia!

abraços e bom carnaval

Anónimo disse...

Pessoal eu so quero divulgar aqui uma Miuda que canta exelentemente bem!! e diga se de passagem que é bem Boa!!

http://www.myspace.com/jaaaaaaa
http://www.youtube.com/user/jaaaaaaa
http://www.youtube.com/watch?v=Jk5L0-SIceg

a miuda chama-se Julia Nunes!!

Anónimo disse...

Olá,

Eu vou falar do 3º item da lista de temas do título, da CIA. Eu adoro a CIA, acho que é uma grande organização americana e deve desfrutar de toda a nossa atenção em temas jornalísticos. Gajos infiltrados a descortinar as cenas... Qual FBI, qual SIS, CIA é de certeza o mais bem mascarado tema deste dia...

Desculpem lá mas tou desiludido com o tema sóbrio (carnavalesco só pela CIA) ;) deste programa...
Tive de desabafar assim...

PS- e que tal uma rapidinha dentro dum tanque...

Guisha disse...

Olá a todos...
ainda ontem falei com vocês por telefone...isto é viciante...lol...não é isso, é que sou fã de jornalismo. Relativamente aos repórteres de guerra, devo dizer que os admiro muito! Tudo começou com um dos meus jornalistas favoritos, o José Rodrigues dos Santos, quando fez a cobertura da Guerra do Golfo, tinha eu....uns 12 anos! Acho que os jornalistas têm sido um pouco "mal tratados" ao longo dos tempos e a profissão merecia mais reconhecimento...! A malta acha que, tal como os actores, a sua vida é fantástica, mas por trás de uma reportagem de 5, 10 minutos...há um longo trabalho que a maioria das pessoas não vê...! A todos os profissionais que nos trazem notícias de todo o lado do mundo...um bem hajam e um muito obrigada pelo serviço social que prestam...
beijinhos a todos
Olga Pereira

Super disse...

no inicio do programa falas-te no professor que tinha uma torneira esse sim é o baltaza

Super disse...

no inicio do programa falas-te no professor que tinha uma torneira esse sim é o baltaza