terça-feira, fevereiro 26, 2008

Os Casais, esse desconhecidos


Primeiro acto.

– Querida...
– Sim?
– Queria propor-te uma coisa...
– O quê?
– Oh, até tenho vergonha de dizer... vais achar que sou tarado...
– Não vou nada, diz, o que é? – Pergunta ela, enquanto puxa pela memória, tentando lembrar-se em que gaveta deixou a latinha de atrix.
– Bom, é que podíamos...
– Vá, não sejas tímido, diz, diz...
– Então cá vai: podíamos ir a uma sessão de Psicologia de Casais.
– Ora bolas... quer dizer; ora bem, que maravilha, não tenho pensado noutra coisa nos últimos tempos.

Segundo Acto.

Telmo Batista é psicoterapeuta e presidente da Associação Portuguesa de Terapias Comportamental e Cognitiva e vai estar hoje connosco para nos falar não só da dita associação, quais os seus termos e propósitos, mas também das sessões de Psicologia de Casais: como funcionam, a quem se destinam, se é só para casais em crise ou igualmente para os outros, que não têm problemas e apenas querem conhecer uma bocadinho melhor a dinâmica de si mesmos (caramba, A Dinâmica de Si Mesmos dava um bom título); e se muitas vezes se procura este tipo de ajuda para resolver um problema insolúvel que, no fim de contas, acontece a muito boa gente: o fim do amor.

Perguntas e comentários abertos a todos os casais, ex-casais, solitários aguerridos, via 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue. A partir das 19, com Fernando Alvim e Rita Amado.

16 comentários:

Anónimo disse...

Boa tarde Alvim, Rita e Telmo, eu estou com problemas para acabar a relação com a minha "ex"-namorada, o problema é este: a paixão que tinha por ela acabou, e já me sinto entediado quando estou com ela, então tentei acabar a relação e a palavra-chave aqui é tentei; ela começou a fazer uma cena incrível e eu por pena ou por amizade não sei bem, voltei atrás. Queria que o convidado me desse umas dicas para me safar desta situação. Alvim se me perguntes se sou um homem ou um rato? Para estas situações sou um rato.

Anónimo disse...

eu estou na situação oposta à do Zé violas...

O meu namorado acabou a relação exactamente pelas mesmas razões que as que ele apresenta, e não por ter acontecido algo de errado. Não fiz uma cena incrível, simplesmente saí de casa. Agora vivo com a angústia e a indecisão de saber se há volta ou não há volta. Também não quero que haja uma volta só por pena ou amizade.

Como se ultrapassa este sentimento de vazio? Afasto-me de vez por muito que custe, ou tentamos em conjunto perceber o que fez com que o tédio se instalasse e salvamos uma relação que sempre correu bem e durou muito?

Anónimo disse...

Boas olhem la desculpem a intruxao..............
mas alguem sabe, quando veem a Portugal s é ke veeem os
" BREAKING BENJAMIN "
Agradxia resposta ALvim EX gay

Anónimo disse...

Viva,

Apesar de ser ouvinte da Prova Oral, sempre q se proporciona, esta é apenas a 2ª vez q participo. A 1ª foi há uns longinquos tempos...
Quanto ao tema de hj, tenho a dizer q no inicio do ano passei pela experoência de ver 1 namoro terminado. Q belo inicio de ano, não axam? Até hj nunca soube as verdadeiras razões pq, segundo a minha ex, tb ela não sabe. Apenas deixou de me amar, apesar de sempre dizer q sempre fui o q ela procurou num eventual namorado... Custou, claro q custou, mas já está ultrapassado... E o pensamento q me assola nesta altrua é apenas e só "Venham as próximas..." eheheheh...
Grande abraço para ti, Alvim e ao convodado, e beijinhos às meninas.

P.S.: Já agora, deixo aqui o endereço de 1 blog no qual participo juntamente com outros amigos. Passem por lá. É recente mas tem sempre coisas novas...

http://divinorum.wordpress.com

Estranha pessoa esta disse...

Penso e sinto que tudo passa pela ausência daquele arrepio.
O chamado de arrepio nervoso.
O sobressalto dos sentidos.
Ou coisa que o valha.
Se não existe isso, ou quando existe ausência disso, então é porque não vale a pena.
Estagnam no usual, na rotina... uma tendência a esquecer o tal arrepio!

As pessoas tendem a não parar.
A não sentirem-se a elas próprias, o que fica dificil a tentativa de sentir o outro. E assim chegar ao 'nós' como um todo...

Males dos tempos modernos...

Um abraço.
Filipa - Cadaval

quarenta e dois disse...

E então pessoal...,

Na minha opinião é de extrema utilidade o recurso a conselheiros matrimoniais especializados. Com efeito, e falando do meu caso pessoal, estou seriamente a pensar em marcar uma consulta; e passo a explicar porquê: actualmente,tenho uma vizinha que é "um canhão com algum jeito". Escultural de corpo, designadamente ao nível dos generosos seios que frequentemente ostenta como se de pedras preciosas se tratassem, enverga roupas do tipo campestre de tecidos transparentes e com decotes deliciosos. Como se não bastasse está constantemente a sugerir (de forma dissimulada) que lhe agrada a "balbúrdia a 3". Um gajo não é de ferro páh!!
Encarecidamente anseio por um conselho para esta minha dúvida...que é tão somente esta:
-"Devo contemporizar...até conseguir arranjar (recorrendo à gíria futebolística) no mercado de transferências um reforço (leia-se reforç"A") ... ou jogo pelo seguro, finjo que o "género" me é indiferente e pelo sim pelo não convido mas é o meu primo Quinquinhas??
Ajudem-me!!!

Anónimo disse...

Este quarenta e dois deixa-me muitas dúvidas, não deixa Alvim?
Como ouvinte da RDP e amante da comunicação esta forma de escrita é-me mt familiar ;)

noiseformind disse...

Albimzito,

Hoje que o tema até era costeleta para eu lhe afinfar as dentuças apanhas-me à hora do programa precisamente com um casal à frente portanto a participação telefónica está fora de cena (e mesmo que eu tentasse participar tb estaria pq só consigo uma em cada 100 tentativas, tal a vitalidade dos dedos lusitanos quando toca a usar o telele pra ligar para a Prova Oral).

Não quero fazer de Zola, mas o texto acusa(-se) de algumas divergências com a realidade lusa por mim constatada. Homens a darem a ideia de o casal ir a um terapeuta de casais? E para mais sem haver crise já em avançado estado de decomposição? tsc, tsc, tsc. Não me parece que isso seja muito português. Em norma, e o colega-convidado notará isso concerteza, os casais que chegam ao início de um processo terapêutico estão já em avançado estado de afastamento e a luta "pelo casal" regra geral é uma luta da mulher pelo casal e não uma luta do casal por si próprio, como entidade.
Aliás, saliento que muitos casais, no perverso esquema que está montado na construção das relações estruturadas lusas, quando chegam ao terapeuta de repente n têm problema nenhum, pois estão habituados a n deixar passar para fora da relação os problemas que lhes assistem e portanto diante do terapeuta de repente as imensas discussões foram "chatices" e as humilhações e outras torcinarices foram "pequenos desentendimentos".

Portanto, para o terapeuta há muito este problema do que lhe é dado a percepcionar em termos da real separação que esta instalada.

Até pq dois seres humanos a separarem-se n se separam como o homem vitruviano, de forma perfeita a meio. Há sempre alguém que se está mais a separar da relação do que outro alguém.

Como o namoro em Portugal é vivido ainda de forma muito folclórica e racional (sair de casa, adquirir independência) as linhas de comunicação entre os cônjugues estão muito, muito pouco estabelecidas, obrigando numa sessão não só o terapeuta a estabelecer contactos com o problema nuclear (que pode ser comportamental ou não, aqui tb tenho de puxar a brasa à minha sardinha, a sexualidade) mas tb criar caminhos de comunicação entre os membros do casal para que aceitem graus de sinceridade não praticados no dia-a-dia da relação.

E pronto. C'est presque tout!

Alvim, 19 a 30 de Junho, queres vir até Gotemburgo à conferência Mundial de Sexualidade? Uma conferência Mundial da Sexualidade no 4º melhor país em termos de satisfação sexual dos seus habitantes ; ))))))))) Melhor só daqui a uns anos em Reiquejavique!!! ; ))))))

(e como bónus, pelo que vi das listagens preliminares de participantes nem um português à vista para se chibar de comportamentos menos próprios da nossa parte, que Portugal n é um país, é um molho de aldeias e estando dois já se têm de portar bem com medo do que o outro vai dizer)

Abreijos de Barcelona,

Noise

Anónimo disse...

Carissímos locutores, convidados e ouvintes da Antena3.

"Um casal feliz é aquele feito de dois bons PERDOADORES"(...)
Esta frase é para mim uma boa almofada de consciência a quando algumas dúvidas existenciais a que o casamento e a rotina remetem. Como jovem esposa :) acho primordial que as gentilezas iniciais não sejam esquecidas tal como o respeito pelo companheiro como ser individual único. O mau exemplo dos casamentos que são empurrados com a barriga como diz o ditado popular, devem-se sobretudo às condições materiais e à imaturidade do casal.
RESPECT
Lara Pimentel 25 Figueira da Foz

Anónimo disse...

Para mim
Dificil é conquistar um Amigo em uma hora.... Facil é ofendelo em um minuto...
BRAKING BENJAMIN para quando ninguem sabe pa????!!!!!!
Alvim es Gay

Anónimo disse...

nem monogamico nem poligamico, o ser humano precisa de regras...tal como a profissão, temos de escolher uma..

Anónimo disse...

Hellos!
Ontem chegou ao fim a minha relação de 8 meses. 8 meses em que ele me traiu, me mentiu e foi tudo aquilo que eu dizia não, quando falava no principe da minha vida.
O fim foi assim uma cena do mais doloroso...NAO PERCEBO WHY!!! Spr o desculpei e spr tentei perceber o why because das coisas que ele me fez...Adiante, apesar de tudo, ontem foi a pior discussão, onde tudo o que ele me disse foi assim de uma brutalidade atroz. Não percebo porque eu, gaja independente não cortou logo ao 1º sinal de mal estar.E porque fui buscar forças aos primeiros meses..
(O gajo agora está a telefonar-me..e obvio que nao atendo!).
Mercis
Chapeu de Palha

Anónimo disse...

Ah...continuando (Chapeu de Palha). O curioso da cena é que terminamos vezes sem conta. Que ele terminou uma relaçao de 6 anos mas estar comigo e, que depois me sujeitou a um pesadelo imenso envolvendo personagens distintas.
Sei que o lugar dele nunca vai ser ocupado por ninguém e, sei que o que de menos bom proporcionou fez com que me afectasse em toda e qq relação futura...o que é pessimo! Como é que posso tratar disto?

martelada disse...

Qual a Vª opinião sobre o seguinte caso, o que acham que leva um MULHER a abandonar um LAR??

Quando lhe dei toda a atenção, cedendo em tudo o que ela queria, desde as mudanças na casa, o carro novo, ajudando a pagar um CURSO SUPERIOR, a cuidar do FILHO, etc etc e aí está, depois ela quando se apanha com um CANUDO e com coloção num bom trabalho, resolve dar o fora...

No meio desta relação está um FILHO, que está a enfrentar a situação da separação... O que não está a ser nada fácil para ele.

Isto é um gajo ser porreiro DEMAIS não é???

Anónimo disse...

já vi que para lerem as nossas opimiões têm mesmo de ser perguntas parvas isto vai ter de mudar pq é um afronta à minha criatividade escrita! Obrigada

Anónimo disse...

Olá,
vinha a ouvir-vos no carro, agora oiço-vos em casa. :)

Sinto que muitos relacionamentos terminam hoje em dia porque as pessoas não estão dispostas a abdicar das suas vontades em prol dessa relação.
No fundo acho que as pessoas são egoístas. Por exemplo os meus pais, deixaram de fazer muitas coisas de que cada um gostava, por amor ao outro. E... continuam casados.

Além disto, ouvia uma psicóloga e professora na Católica de Lisboa dizer algo que considerei curioso; hoje em dia namora-se em grupo, depois quando se está frente a frente em roupa interior acha-se um horror!

Um beijo,
Madalena.
26 anos, professora.