quinta-feira, março 29, 2007

Estádio de Choque: segundo tempo.



Foi nesse distante dia 6 de Março de 2007 (ainda o Salazar não era o melhor português de todos os tempos) que abordámos pela primeira vez o tema. E hoje voltamos à carga, desta feita com a presença de Rui Santos, autor de «Estádio de Choque», publicado pela Esfera dos Livros, o livro que nos servirá de mote. Repetindo a biografia e a sinopse:

Sobre Rui Santos:
Nasceu em Lisboa a 6 de Junho de 1960 e leva 30 anos a escrever na imprensa. Jornalista profissional, cumpriu longa parte da sua carreira ao serviço do jornal ‘A Bola’, onde publicou o seu primeiro artigo a 12 de Janeiro de 1976. Durante 26 anos, ocupou diversos lugares de chefia (inclusive o de chefe de redacção), editando revistas e outras publicações especiais, uma das quais com algum impacto internacional. Ao deixar ‘A Bola’, por vontade própria, considerando que se tinha fechado um ciclo, também crítico em relação à forma como se passou a entender o jornalismo, sempre muito dependente de outros poderes, rapidamente começou a escrever no ‘Correio da Manhã’, onde todas as semanas assina uma página de opinião, estabelecendo pontes entre futebol e política. Actualmente é comentador da SIC e da SIC Notícias, onde o seu programa ‘Tempo Extra’ é uma referência no universo do cabo.

E sobre o Estádio de Choque:
«Pessoas a servir-se do futebol sempre houve e continuará a haver. O problema é este Estado chamado Futebol estar a rebentar pelas costuras. É como um Planeta na iminência de explodir. Com tantas e tão graves atrocidades perpetradas sobre o ‘meio ambiente’, a dúvida capital é se há tempo e meios para se evitar a extinção?!» Estádio de Choque é uma análise cuidada e inteligente do universo do futebol em Portugal feita por quem há mais de 30 anos pisa este campo explosivo. Sem nunca esconder as palavras, mas com alto sentido pedagógico e de responsabilidade, Rui Santos revela, mais uma vez a sua grande determinação em combater, pela escrita, as fórmulas fáceis e comuns, no futebol português.

Tal como ficou aqui escrito no post desse longínquo 6 de Março de 2007 (oh, eu era tão novo, tão feliz, correndo singelo por esses campos afora em cantoria músicas do coração), é um tema quente, exaltado por natureza, onde tantas vezes se confunde alegremente (e alarvemente) factos com interpretação dos factos - à luz (ou à cegueira) das paixões clubistas: alguma vez seremos capazes de despir a camisola do clube e apontar sem contemplações os podres que pululam por todo o Planeta Futebol?; e quando seremos nós, em relação ao nosso clube, tão exigentes em matéria de ética desportiva como somos de resultados?; ou por outra, futebol e sensatez poderão alguma vez coexistir?

O 800 25 33 33 e a caixa de comentários do blogue à vossa espera para o que tiverem a dizer. Por isso, digam, que nós gostamos - a partir das 19, com Fernando Alvim e Ela.

Amanhã iremos idealizar Lisboa.

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