E da Revista K, lembram-se? Pois o nosso convidado de hoje, Carlos Quevedo (n. 1952), que por lá escreveu e foi editor de Sociedade e Humor, também já não se lembrava. Mas resolveu resgatar do esquecimento (resgatar do esquecimento é muito bonito) os seus textos, publicando-os num volume de nome «Já Não me Lembrava - os delírios da Kapa» (editado no fim do ano passado, pela Oficina do Livro ).
Diz-nos o texto de apresentação: «A revista K foi uma das principais publicações periódicas de finais do século passado. Verdadeira escola de criatividade, por ela passaram alguns dos mais prestigiados jornalistas, críticos, designer do panorama nacional. Carlos Quevedo foi autor e editor das páginas de humor na Revista Kapa. Os textos apresentados neste livro são da sua autoria, embora também estejam incluídos textos escritos em colaboração, sobretudo com Miguel Esteves Cardoso e Rui Zink. Esta colecção de textos é representativa do tipo de humor que a Revista Kapa impôs durante a sua breve existência e que, por causa do seu carácter original e pioneiro, se tornou um momento incomparável na imprensa escrita portuguesa.»
Gostaríamos que partilhassem connosco as vossas memórias da Kapa, caso a tenham frequentado nessa altura, e seria giro também trocarmos umas ideias sobre o panorama da imprensa actual no nosso pequeno país, onde o número de leitores é mínimo e qualquer publicação, para ter viabilidade financeira, precisa de agradar a gregos e a troianos – ou talvez não e, se calhar, uma revista original, bem escrita, irreverente, poderia acordar aqueles que, desencantados, passaram a desenrascar-se com os compactos noticiosos do rádio, com a opinião dos blogues, e com o bocadinho do telejornal que coincide com o jantar (um bocadinho só, porque o telejornal inteiro – embora nunca tenha conseguido assistir de uma ponta à outra – tem praí umas seis ou sete horas... estão aqui a dizer-me que são nove... a vizinha da frente veio à janela gritar que é ininterrupto, estilo maratona, e que substituem os pivots à medida que vão ficando exangues). Já agora digam-nos quais os vossos hábitos de leitura da imprensa, se compram jornais, revistas – ou lerem sobre a enésima alma gémea da Elsa Raposo na capa da Caras, na fila da caixa do hipermercado, chega?
A partir das 19, com Fernando Alvim e Cátia Simão.
Diz-nos o texto de apresentação: «A revista K foi uma das principais publicações periódicas de finais do século passado. Verdadeira escola de criatividade, por ela passaram alguns dos mais prestigiados jornalistas, críticos, designer do panorama nacional. Carlos Quevedo foi autor e editor das páginas de humor na Revista Kapa. Os textos apresentados neste livro são da sua autoria, embora também estejam incluídos textos escritos em colaboração, sobretudo com Miguel Esteves Cardoso e Rui Zink. Esta colecção de textos é representativa do tipo de humor que a Revista Kapa impôs durante a sua breve existência e que, por causa do seu carácter original e pioneiro, se tornou um momento incomparável na imprensa escrita portuguesa.»
Gostaríamos que partilhassem connosco as vossas memórias da Kapa, caso a tenham frequentado nessa altura, e seria giro também trocarmos umas ideias sobre o panorama da imprensa actual no nosso pequeno país, onde o número de leitores é mínimo e qualquer publicação, para ter viabilidade financeira, precisa de agradar a gregos e a troianos – ou talvez não e, se calhar, uma revista original, bem escrita, irreverente, poderia acordar aqueles que, desencantados, passaram a desenrascar-se com os compactos noticiosos do rádio, com a opinião dos blogues, e com o bocadinho do telejornal que coincide com o jantar (um bocadinho só, porque o telejornal inteiro – embora nunca tenha conseguido assistir de uma ponta à outra – tem praí umas seis ou sete horas... estão aqui a dizer-me que são nove... a vizinha da frente veio à janela gritar que é ininterrupto, estilo maratona, e que substituem os pivots à medida que vão ficando exangues). Já agora digam-nos quais os vossos hábitos de leitura da imprensa, se compram jornais, revistas – ou lerem sobre a enésima alma gémea da Elsa Raposo na capa da Caras, na fila da caixa do hipermercado, chega?
A partir das 19, com Fernando Alvim e Cátia Simão.
12 comentários:
Boa noite, Alvim
Pegando naquela piadola racista "Eu tanto dou um beijo num branco, como vou ao cu a um preto", no que diz respeito à leitura, sou igual: tanto leio Sartre, como leio a Lux. Digo mais, uma Maria por semana, não me escapa.
Quanto à revista K, estou como o Carlos Quevedo, não me lembro - dela, ou se a li. Se ele próprio não se lembrava...
Uma pergunta para o Carlos: não será possível retomar a edição da revista? À falta de humor (escrito) que há para aí, se não fosse a tua 365, Alvim....
"Resgatar do esquecimento" é bonito mas, "exangue", é muito mais. Que livros andas a ler, Alvim? Olha! até vem a propósito. Vá lá, capitão, que andas tu a ler para usares vocabulário tão... enriquecido?
Abraço
Olá,
eu devoro tudo o que é revista... Mas não as compro, são muito caras, e ainda por cima levamos com as primeiras 20 paginas de publicidade e depois intercaldas as noticias com mais 5-6 de publicidade, ou seja numa revista 70%(com algum exagero) são publicidade. Já que poem tantam publicidade podiam reduzir os preços.
Eu sei que as revistas precisam de publicidade para sobreviver, mas algumas são um exagero.
Vou lendo as que estão no cabelereiro e espaços publicos, mesmo que sejam de não sei quantas semanas atrás, as noticias "rosa" tb sao sempre as mesmas, excepto daquela senhora que está sempre a mudar de namorado... :)(as noticas dessa senhora ficam logo desactualizadas ainda antes de sair as publicações que dela falam)
Abraço Alvim e beijinhos para a Cátia
Gil
Olá =)
Por acaso não conheço essa revista, nunca tinha ouvido falar dela é verdade.
As revistas que costumo comprar mais são revistas de decoração visto que está mais na minha aréa de trabalho e de interesse.
Quanto ás revistas "cor de rosa" na minha opinião já são um exagero, com tanta noticia desnecessaria poderiam dar lugar a outras bem mais interresantes...
Lembro-me de á meses estar muito bem na esteticista e ver numa das revistas na capa em um titulo em que dizia que Cinha Jardim tinha sido avó. Ora nessa altura a minha curiosidade falou um pouco mais alto, é verdade =P quando nao vou a ver que afinal tinha sido a cadela a ter caezinhos... :X bem ...
Nada mais a dizer lOl impressionante
Boa continuação para o programa e beijinhos para voçes*
=)
Olá alvim, gostava de saber o preço do livro! Não é importante mas para mim é!
- "Mas achas que as novas gerações beberam da vossa escrita?"
- "Não beberam tanto como nós."
Hahahahahahahahahahahahahahaha! Brilhante!
O livro é o máximo, muito divertido, comprem! Bravo ao Carlos Quevedo que é o maior!
Tenho o prazer de ainda conservar com muito carinho o Nº1, com aquela criançada ("os putos") da colónia de Férias do "O Século" com cuecas tipo fato de banho.
Foi uma lufada de ar fresco num país aborrecido e pouco criativo. Muito obrigado.
ola nao costumo comprar revistas pk tenho miopia...seria facil resolver este problema era comprar uns oculos...mas como neste pais daki a nada ate o ar k se repira é debitado nas nossas contas bancarias...nao posso compra-los!!
alvim és um ganda maluco
gd abraço
"Como é que se chamava aquele rapaz com óculos que entregava um texto de vez em quando?" Hahahahahahaha! Maravilhoso...
A Kapa apareceu cedo demais. Esteve à frente do seu tempo.
TENHO TODAS AS REVISTAS "KAPA" bem guardadas.
Foi um marco em termos de revista:
na qualidade dos artigos, na irreverencia e na qualidade do próprio papel. Foi um tempo fantástico.
Também comprava e tenho tudo guardado:
o jornal O INDEPENDENTE
o semanário SETE
e antes:
o semanário ÊXITO
o jornal do INCRIVEL
o ROCK WEEK (o mais louco jornal de música)
o BLITZ (tenho praticamente todos)
etc etc
Sejam Bem-Vindos... voltem que estão perdoados.
Abraço
Agostinho Vieira
42 anos - Porto
Então a nível do Design gráfico e conceito eram geniais
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