terça-feira, dezembro 04, 2007

O meu herói interior



«Doutor, às vezes sinto remexer dentro de mim, cá dentro das minhas entranhas; serão lombrigas?»; «hum, não creio... talvez haja um herói dentro de si»; «ai... e se for o David Hasselhoff com o Kitt? Parecendo que não, o carro é grande e anguloso e deve custar muito a sair. Eu bem desconfiava do cheiro a gasolina e a borracha queimada que, em certas noites mais solitárias - a chuva lá fora a fustigar a janela -, me vinha a despropósito ao espírito. Será grave?» A esta questão responderá o nosso convidado de hoje, Jaime Graça, Psicólogo e Psicoterapueta, que por estes dias vai ministrar uma «workshop vivencial» de nome O Herói Dentro de Nós, uma workshop que «procura fazer acordar essa criança que acreditava no nosso potencial, essa criança que ainda existe dentro de nós e que quer mais do que a monotonia de uma existência sem brilho nem direcção. Essa criança que ainda hoje se deixa fascinar por histórias como a Guerra das Estrelas, Lawrence da Arábia, Romeu e Julieta, O Senhor dos Anéis, Matrix, Fernão Mendes Pinto, Dune, Excalibur, Camões e 2001 - Odisseia no Espaço, entre outras».

Vai ser uma hora de auscultação interna à procura do pessoal e intransmissível herói esguio – sim, tipo lombriga –, que se nos aloja dentro, que come do que nós comemos, não paga água nem luz nem renda da casa – e no entanto reclama atenção e exige levar-nos para algum lado a que a nossa lida quotidiana engelha o nariz. Via 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue, falem-nos então desse oitavo passageiro (embora com melhor aspecto e menos viscoso, esperamos, que o do filme) que, volta e meia, sentem que têm dentro e que quer sair. Podem também comentar e colocar as questões que vos apetecer. É logo à tardinha, a partir das 19, com Fernando Alvim e Rita Amado.

23 comentários:

Anónimo disse...

Olá Rita e Alvim
Neste mundo que constantemente nos descentra, aliena e empurra para fora de nós mesmos, para uma condição mercantil, anónima e impessoal, feita de experiências programadas e de substitutos efémeros e padronizados do real. Num mundo onde a criança que existe dentro de nós é constantemente desprezada. Uma das poucas oportunidades para ela “sair” é no desporto. No desporto qualquer um pode ser herói, o desporto encaminha-nos para o reencontro de nós e dos outros e impele-nos a redescobrir o nosso modo de sentir, da nossa figura e identidade. Quando se pratica desporto não se tem idade nem problemas; é como se entrássemos numa bolha Actimel, em que tudo à volta ausenta-se.

Anónimo disse...

Heróis?? Hum... Não me parece! Já lá vai o tempo em que isso dava jeito: em que se entretia a criançada e a "adultada" com estórias que nos faziam sonhar! Hoje o que precisamos mesmo são "anti-heróis". Pessoas, como quase todos nós mas menos medrosos, menos medo de assumirem o que gostam e o que detestam. Pessoas que possam olhar para um quadro da Paula Rêgo e ter a coragem para dizer: "Detesto", como possam olhar para um paralelo da calçada e dizer: "que bela obra de arte"! Parece-me que se está a chegar a um momento em que mesmo as crianças se começam a fartar das histórias "cor-de-rosa". Não que se deixe de sonhar! Muito pelo contrário! Mas o interesse das histórias deve ser mesmo aconchegar o Homem para que continue a viver a vida que acredite e não a continuar a sobreviver, a reclamar de tudo e de todos sem fazer nada para mudar o mundo, o país, a rua, a casa, o corpo em que vive. Precisamos não de heróis mas de pessoas. De homens e mulheres, de meninos e meninas, sonhadores, alegres, divertidos, ambiciosos, carinhosos, calorosos e activos. Todos somos heróis, basta querermos e fazer o que os heróis fazem: Lutar por um mundo melhor em vez de ficar na cama a sonhar com esse mesmo mundo! Vamos "Heroizar" o mundo! Vamos "Heroizar" cada um de nós!

Anónimo disse...

O herói é um ser vindo das trevas para defender os oprimidos e assim corromper a sociedade enchendo-a de seres incapazes fracos, pouco dotados e pouco saudaveis.
Cá no nosso cantinho reinam os heróis que chegam até a lutar entre eles para ganhar o "privilégio" de nos defender de vilões que ao certo ninguem sabe quem são , nem se quer se existem, é apenas necessário que se o oprimido afirme com grunhidos imperceptiveis.
Seria tudo mais facil e justo com a morte dos heróis, seria cada um a defender os seus interesses, que levava a alianças e equipas que em vez de lutarem contra moinhos de vento caminhavam em direcção ao paraiso.
Um exemplo de tamanho mundial é as espectativas acerca do estado nos paises em que há uma segurança laboral relevante as pessoas veem no estado e na função publica como herois que os hão de salvar, sendo eles normalmente serviços gigantescos em tamanho e incompetencia, porque a sua função desempenhada é a defesa do cidadão individual não está de acordo com a sua natureza de regulador e gestor social

Anónimo disse...

Eu partilho da opinião que penso ser a mais correcta que possa imaginar a esta hora... (fim de tarde de um dia duro de trabalho..)

Todos nós em qualquer ponto da nossa vida somos forçados a assumir actos heroicos de várias naturezas, a mais que não seja quando se é pai num país como este e o puto diz com um brilho no olhos: Pai és o maior! :)

Anónimo disse...

Viva Alvim e Rita
como diz o seinfeld:
Há pesoas que pensam que são super-herois, basta ver aquelas pessoas que levam um colção no tejadilho do carro e o seguram com uma mão fora da janela. Esse idiotas pensam que num carro a 50km/h conseguem segurar o colção.

P Batista disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Curioso este tema. E digo isto porque, desde criança que sou simultaneamente um rapaz vulgar, e um super-heroi.

Sou conhecido no sub-mundo dos super-herois como o Homem-Achigã. O propósito da minha existência prende-se com a protecção dos peixinhos mais vulneráveis, como o peixe-rei, o caboz ou mesmo a petinga.

Houve uma vez que salvei um cardume inteiro de sardinhas, evitando que estas passassem pela lota, poupando uns valentes euros de impostos.

A minha pergunta é: há lugar para o Homem Achigã neste mundo?

Obrigado e viva Leceia!!!

Laparote

Anónimo disse...

Na minha terra se alguem tem alguem dentro de si tem de ir ao Padre ou à bruxa para o tirar ca para fora... é melhor avisar o pessoal que podem tar a exorcitar algum heroi... Será?


Abraços

Ricardo

Anónimo disse...

Um Psicoterapueta? Acho muito bem, que essas meninas passam um mau bocado ali no frio com uns trapinhos, em bares duvidosos e a sentarem-se em qualquer lado.

Anónimo disse...

Um Psicoterapueta? Acho muito bem, que essas meninas passam um mau bocado ali no frio com uns trapinhos, em bares duvidosos e a sentarem-se em qualquer lado.

Anónimo disse...

Um Psicoterapueta? Acho muito bem, que essas meninas passam um mau bocado ali no frio com uns trapinhos, em bares duvidosos e a sentarem-se em qualquer lado.

Anónimo disse...

Herois? Herois é o que não falta por ai neste mundo....

Isso de largar o heroi dentro de nós, não poderá dar "asas" a muita muita gente para se atirar de prédios e tal? Ou até levar no fucinho porque se armou em heroi com o tri-campeão de Box ?

A disse...

Herói: homem extraordinário pelas suas qualidades guerreiras, triunfos, valor ou magnanimidade.

Sinónimo: Eusébio

Anónimo disse...

Maior parte dos heróis morreram com a capinha torcida e cheia de sangue e com os sleeps e maiôs amassados... deixem-me cá enterrar-me na minha poltrona com a minha "mulher maravilha" no colo, quentinho e manhoso.
O momento e as circunstâncias (e às vezes um copito a mais) é que nos faz heróis... ou não... é preciso estar preparado.

Anónimo disse...

olá Alvim, penso que este texto demonstra bem o heroi que existe em todos nos,

beijinhos,
Rita

Anónimo disse...

upssss desculpa ...
http://espacomil999.blogspot.com/2007/04/superherois.html

Anónimo disse...

O herói é um covarde que não teve tempo de fugir!

Anónimo disse...

HEROINA é a minha mãe!!!
Durante o curso superior teve dois filhos e nunca mas nunca reprovou um ano. Mulheres destas já não existem.
Eu também sou um heroi, devo ter herdado algo de minha mãe, pois não é qualquer um que depois de um dia de labuta chega a casa e tem de passar a ferro.

Ass: Alf

PS disse...

Então e os anti-heróis? São frequentes, sobretudo na literatura ou nos filmes. Lembram-se da Arma Mortífera? O Mel Gibson é um desesperado suicida. E o Lucky Luke? Sempre a fumar e pimba! nos Dalton.
Abraços e beijos.

Anónimo disse...

Eu sou uma herói anónimo.... falhado! Digo isto com frustração embora não me sinta sozinho nesta luta. Isto porque no país em que vivemos cada dia é um desafio para todos, em cadeiras de rodas ou não. Há 3 anos que procuro um emprego que me preencha (e não um trabalho), que anseio ver-me livre da precaridade em que se baseia a minha vida, que tento deixar de ouvir o meu pai a dizer que já tenho idade para me sustentar! Eu sei que já tenho, pai, e sinceramente quem me dera a mim porque também já estou farto de levar contigo. Mas como supe-herói cá me tenho aguentado... Ainda querem que tenhamos filhos?! Primeiro dêem-nos trabalho para poder sustentá-los. E depois garantias de que com 23 no máximo eles já poderão ser independentes para não ter que lhes dizer o mesmo que o meu pai me diz a mim. É humilhante... Mas eu sou um super-herói! Falhado mas sou.

Anónimo disse...

Pensa-se que o mito da riqueza em ferro dos espinafres tenha sido propagado por um erro matemático do dr. E. von Wolf em 1870, mas em 1937 químicos alemães corrigiram-no.

Ao que parece enganaram-se numa virgula ao lançarem os dados na tabela...
Lol, se os putos descobrem isto, já têm desculpa para não os comer....

Anónimo disse...

Mais um mito desvendado...

Anónimo disse...

Em relação aos espinafres, isto é serviço PUBLICO, divulguem lá isto...