«Doutor, às vezes sinto remexer dentro de mim, cá dentro das minhas entranhas; serão lombrigas?»; «hum, não creio... talvez haja um herói dentro de si»; «ai... e se for o David Hasselhoff com o Kitt? Parecendo que não, o carro é grande e anguloso e deve custar muito a sair. Eu bem desconfiava do cheiro a gasolina e a borracha queimada que, em certas noites mais solitárias - a chuva lá fora a fustigar a janela -, me vinha a despropósito ao espírito. Será grave?» A esta questão responderá o nosso convidado de hoje, Jaime Graça, Psicólogo e Psicoterapueta, que por estes dias vai ministrar uma «workshop vivencial» de nome O Herói Dentro de Nós, uma workshop que «procura fazer acordar essa criança que acreditava no nosso potencial, essa criança que ainda existe dentro de nós e que quer mais do que a monotonia de uma existência sem brilho nem direcção. Essa criança que ainda hoje se deixa fascinar por histórias como a Guerra das Estrelas, Lawrence da Arábia, Romeu e Julieta, O Senhor dos Anéis, Matrix, Fernão Mendes Pinto, Dune, Excalibur, Camões e 2001 - Odisseia no Espaço, entre outras».
Vai ser uma hora de auscultação interna à procura do pessoal e intransmissível herói esguio – sim, tipo lombriga –, que se nos aloja dentro, que come do que nós comemos, não paga água nem luz nem renda da casa – e no entanto reclama atenção e exige levar-nos para algum lado a que a nossa lida quotidiana engelha o nariz. Via 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue, falem-nos então desse oitavo passageiro (embora com melhor aspecto e menos viscoso, esperamos, que o do filme) que, volta e meia, sentem que têm dentro e que quer sair. Podem também comentar e colocar as questões que vos apetecer. É logo à tardinha, a partir das 19, com Fernando Alvim e Rita Amado.
Vai ser uma hora de auscultação interna à procura do pessoal e intransmissível herói esguio – sim, tipo lombriga –, que se nos aloja dentro, que come do que nós comemos, não paga água nem luz nem renda da casa – e no entanto reclama atenção e exige levar-nos para algum lado a que a nossa lida quotidiana engelha o nariz. Via 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue, falem-nos então desse oitavo passageiro (embora com melhor aspecto e menos viscoso, esperamos, que o do filme) que, volta e meia, sentem que têm dentro e que quer sair. Podem também comentar e colocar as questões que vos apetecer. É logo à tardinha, a partir das 19, com Fernando Alvim e Rita Amado.
23 comentários:
Olá Rita e Alvim
Neste mundo que constantemente nos descentra, aliena e empurra para fora de nós mesmos, para uma condição mercantil, anónima e impessoal, feita de experiências programadas e de substitutos efémeros e padronizados do real. Num mundo onde a criança que existe dentro de nós é constantemente desprezada. Uma das poucas oportunidades para ela “sair” é no desporto. No desporto qualquer um pode ser herói, o desporto encaminha-nos para o reencontro de nós e dos outros e impele-nos a redescobrir o nosso modo de sentir, da nossa figura e identidade. Quando se pratica desporto não se tem idade nem problemas; é como se entrássemos numa bolha Actimel, em que tudo à volta ausenta-se.
Heróis?? Hum... Não me parece! Já lá vai o tempo em que isso dava jeito: em que se entretia a criançada e a "adultada" com estórias que nos faziam sonhar! Hoje o que precisamos mesmo são "anti-heróis". Pessoas, como quase todos nós mas menos medrosos, menos medo de assumirem o que gostam e o que detestam. Pessoas que possam olhar para um quadro da Paula Rêgo e ter a coragem para dizer: "Detesto", como possam olhar para um paralelo da calçada e dizer: "que bela obra de arte"! Parece-me que se está a chegar a um momento em que mesmo as crianças se começam a fartar das histórias "cor-de-rosa". Não que se deixe de sonhar! Muito pelo contrário! Mas o interesse das histórias deve ser mesmo aconchegar o Homem para que continue a viver a vida que acredite e não a continuar a sobreviver, a reclamar de tudo e de todos sem fazer nada para mudar o mundo, o país, a rua, a casa, o corpo em que vive. Precisamos não de heróis mas de pessoas. De homens e mulheres, de meninos e meninas, sonhadores, alegres, divertidos, ambiciosos, carinhosos, calorosos e activos. Todos somos heróis, basta querermos e fazer o que os heróis fazem: Lutar por um mundo melhor em vez de ficar na cama a sonhar com esse mesmo mundo! Vamos "Heroizar" o mundo! Vamos "Heroizar" cada um de nós!
O herói é um ser vindo das trevas para defender os oprimidos e assim corromper a sociedade enchendo-a de seres incapazes fracos, pouco dotados e pouco saudaveis.
Cá no nosso cantinho reinam os heróis que chegam até a lutar entre eles para ganhar o "privilégio" de nos defender de vilões que ao certo ninguem sabe quem são , nem se quer se existem, é apenas necessário que se o oprimido afirme com grunhidos imperceptiveis.
Seria tudo mais facil e justo com a morte dos heróis, seria cada um a defender os seus interesses, que levava a alianças e equipas que em vez de lutarem contra moinhos de vento caminhavam em direcção ao paraiso.
Um exemplo de tamanho mundial é as espectativas acerca do estado nos paises em que há uma segurança laboral relevante as pessoas veem no estado e na função publica como herois que os hão de salvar, sendo eles normalmente serviços gigantescos em tamanho e incompetencia, porque a sua função desempenhada é a defesa do cidadão individual não está de acordo com a sua natureza de regulador e gestor social
Eu partilho da opinião que penso ser a mais correcta que possa imaginar a esta hora... (fim de tarde de um dia duro de trabalho..)
Todos nós em qualquer ponto da nossa vida somos forçados a assumir actos heroicos de várias naturezas, a mais que não seja quando se é pai num país como este e o puto diz com um brilho no olhos: Pai és o maior! :)
Viva Alvim e Rita
como diz o seinfeld:
Há pesoas que pensam que são super-herois, basta ver aquelas pessoas que levam um colção no tejadilho do carro e o seguram com uma mão fora da janela. Esse idiotas pensam que num carro a 50km/h conseguem segurar o colção.
Curioso este tema. E digo isto porque, desde criança que sou simultaneamente um rapaz vulgar, e um super-heroi.
Sou conhecido no sub-mundo dos super-herois como o Homem-Achigã. O propósito da minha existência prende-se com a protecção dos peixinhos mais vulneráveis, como o peixe-rei, o caboz ou mesmo a petinga.
Houve uma vez que salvei um cardume inteiro de sardinhas, evitando que estas passassem pela lota, poupando uns valentes euros de impostos.
A minha pergunta é: há lugar para o Homem Achigã neste mundo?
Obrigado e viva Leceia!!!
Laparote
Na minha terra se alguem tem alguem dentro de si tem de ir ao Padre ou à bruxa para o tirar ca para fora... é melhor avisar o pessoal que podem tar a exorcitar algum heroi... Será?
Abraços
Ricardo
Um Psicoterapueta? Acho muito bem, que essas meninas passam um mau bocado ali no frio com uns trapinhos, em bares duvidosos e a sentarem-se em qualquer lado.
Um Psicoterapueta? Acho muito bem, que essas meninas passam um mau bocado ali no frio com uns trapinhos, em bares duvidosos e a sentarem-se em qualquer lado.
Um Psicoterapueta? Acho muito bem, que essas meninas passam um mau bocado ali no frio com uns trapinhos, em bares duvidosos e a sentarem-se em qualquer lado.
Herois? Herois é o que não falta por ai neste mundo....
Isso de largar o heroi dentro de nós, não poderá dar "asas" a muita muita gente para se atirar de prédios e tal? Ou até levar no fucinho porque se armou em heroi com o tri-campeão de Box ?
Herói: homem extraordinário pelas suas qualidades guerreiras, triunfos, valor ou magnanimidade.
Sinónimo: Eusébio
Maior parte dos heróis morreram com a capinha torcida e cheia de sangue e com os sleeps e maiôs amassados... deixem-me cá enterrar-me na minha poltrona com a minha "mulher maravilha" no colo, quentinho e manhoso.
O momento e as circunstâncias (e às vezes um copito a mais) é que nos faz heróis... ou não... é preciso estar preparado.
olá Alvim, penso que este texto demonstra bem o heroi que existe em todos nos,
beijinhos,
Rita
upssss desculpa ...
http://espacomil999.blogspot.com/2007/04/superherois.html
O herói é um covarde que não teve tempo de fugir!
HEROINA é a minha mãe!!!
Durante o curso superior teve dois filhos e nunca mas nunca reprovou um ano. Mulheres destas já não existem.
Eu também sou um heroi, devo ter herdado algo de minha mãe, pois não é qualquer um que depois de um dia de labuta chega a casa e tem de passar a ferro.
Ass: Alf
Então e os anti-heróis? São frequentes, sobretudo na literatura ou nos filmes. Lembram-se da Arma Mortífera? O Mel Gibson é um desesperado suicida. E o Lucky Luke? Sempre a fumar e pimba! nos Dalton.
Abraços e beijos.
Eu sou uma herói anónimo.... falhado! Digo isto com frustração embora não me sinta sozinho nesta luta. Isto porque no país em que vivemos cada dia é um desafio para todos, em cadeiras de rodas ou não. Há 3 anos que procuro um emprego que me preencha (e não um trabalho), que anseio ver-me livre da precaridade em que se baseia a minha vida, que tento deixar de ouvir o meu pai a dizer que já tenho idade para me sustentar! Eu sei que já tenho, pai, e sinceramente quem me dera a mim porque também já estou farto de levar contigo. Mas como supe-herói cá me tenho aguentado... Ainda querem que tenhamos filhos?! Primeiro dêem-nos trabalho para poder sustentá-los. E depois garantias de que com 23 no máximo eles já poderão ser independentes para não ter que lhes dizer o mesmo que o meu pai me diz a mim. É humilhante... Mas eu sou um super-herói! Falhado mas sou.
Pensa-se que o mito da riqueza em ferro dos espinafres tenha sido propagado por um erro matemático do dr. E. von Wolf em 1870, mas em 1937 químicos alemães corrigiram-no.
Ao que parece enganaram-se numa virgula ao lançarem os dados na tabela...
Lol, se os putos descobrem isto, já têm desculpa para não os comer....
Mais um mito desvendado...
Em relação aos espinafres, isto é serviço PUBLICO, divulguem lá isto...
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