Quantas vezes não saiu de um consultório médico com um diagnóstico que para si era "chinês"? Quantas vezes não se viu com dificuldade em compreender uma bula? Quantas vezes não conseguiu decifrar o que vinha escrito nos resultados dos seus exames? Este livro vai ajudá-lo a resolver este tipo de problemas. Compreender a linguagem utilizada pelos profissionais da saúde é o objectivo deste manual, redigido numa linguagem simples e clara. Saber os termos utilizados na medicina não o obriga a ter conhecimentos profundos nesta área, mas não há dúvida que lhe vai facilitar a vida de todos os dias. Este é o primeiro livro português que procura desmistificar a linguagem médica.»
E o livro de que falamos é o Dicionário Médico Para Todos (Edição Livros d'Hoje), da autoria de Themudo Barata, nosso convidado, especialista em Fisiologia do Esforço no Human Performance Laboratory da Universidade do Texas, onde trabalhou até 1992, e donde saiu para ser médico do Sporting Clube de Portugal até 2001.
Aproveitemos então para – à laia de catarse – despejarmos aqui os termos mais indecifráveis que nos apareceram à frente nalgum exame ou nalguma sentença clínica, que o nosso médico de serviço explicar-nos-á o que querem dizer; e podemos igualmente fazer ao contrário: pegar em termos populares – tipo bicos de papagaio, espinhela caída, catarro derradeiro – e decifrá-los em directo. E vocês, costumam ler a bula dos medicamentos como quem lê um belo romance surrealista?; ainda se lembram do dia em que descobriram o que queria dizer «posologia diária»? E às vezes, público bem informado acerca dos termos técnicos todos, não acaba em «público com a mania que é médico» e que desata a auto-diagnosticar-se e a auto-medicar-se?
Telefone – 800 25 33 33 – e caixa de mensagens do blogue disponíveis para a vossa participação com perguntas e comentários. A partir das 19, com o dr. Fernando Alvim e a bela enfermeira Xana Alves. Prometemos que não vai doer nada.
E o livro de que falamos é o Dicionário Médico Para Todos (Edição Livros d'Hoje), da autoria de Themudo Barata, nosso convidado, especialista em Fisiologia do Esforço no Human Performance Laboratory da Universidade do Texas, onde trabalhou até 1992, e donde saiu para ser médico do Sporting Clube de Portugal até 2001.
Aproveitemos então para – à laia de catarse – despejarmos aqui os termos mais indecifráveis que nos apareceram à frente nalgum exame ou nalguma sentença clínica, que o nosso médico de serviço explicar-nos-á o que querem dizer; e podemos igualmente fazer ao contrário: pegar em termos populares – tipo bicos de papagaio, espinhela caída, catarro derradeiro – e decifrá-los em directo. E vocês, costumam ler a bula dos medicamentos como quem lê um belo romance surrealista?; ainda se lembram do dia em que descobriram o que queria dizer «posologia diária»? E às vezes, público bem informado acerca dos termos técnicos todos, não acaba em «público com a mania que é médico» e que desata a auto-diagnosticar-se e a auto-medicar-se?
Telefone – 800 25 33 33 – e caixa de mensagens do blogue disponíveis para a vossa participação com perguntas e comentários. A partir das 19, com o dr. Fernando Alvim e a bela enfermeira Xana Alves. Prometemos que não vai doer nada.
PS: para os interessados, a música que abriu ontem a Prova Oral, é de Samim e chama-se Heater – ide, pois, youtubar em demanda da dita cuja.
16 comentários:
Heiiiiiiiiiii tá tudo,eu só queria dizer que os médicos tem de aprender a escrever,ou antes aperfeiçoar a sua caligrafia porque ninguém percebe nada do que eles escrevem, mas eu acho que é deproposito,porque quando queremos satisfazer a nossa curiosidade para ver o resultado do exame que ele nos mandou fazer,abrimos o exame com todo o jeitinho para o médico não notar que o abrimos ,mas não adianta de nada,porque ficamos a perceber o mesmo,nada.
Outras vezes para dizer uma coisa simples complicam,por exemplo:você está com uma torção da parte inferior cruzada da conjuntura de ligação posterior,isto tudo para dizer que torci um pé.
Mt obrigado e Sr.dtor não complique
Olá a todos!
Doutor tem consciência que vai ter os seus colegas à perna?! é que se se "democratizar" a linguagem médica e ela ficar acessível ao simples mortal, então parte do poder/superioridade dos médicos acabará por ficar enfraquecido... Felizmente que a nova geração já parece não recear partilhar de forma simples e clara com o doente o diagnóstico e tratamento...afinal é ele que deverá ser em primeiro lugar médico de si próprio!
Beijinhos
Só mais uma coisa...e na sequência do programa de ontem: não sou um anónimo, mas uma anónima ;)... e se as mulheres não expressam as suas opiniões mais vezes, nomeadamente no teu programa Alvim... é talvez por terem outros afazeres a essa hora, que muitos homens continuam a não assumir, mas apenas a colaborar/ajudar (esta palavra diz tudo!)
Beijos
Já lá diz o ditado... "de médico e de louco todos temos um pouco"...
Quem trabalha no atendimento ao publico em mercearias e padarias deveriam ser sempre chamados a pronunciarem-se sobre temas médicos, isto porque assistimos á formação de muitas doenças e dominamos o assunto.
Nós sabemos bem como decorrem as competições para roubar o titulo de doente à comadre, se alguem quiser podemos também arranjar quem saiba as datas em que os médicos dão ou não consultas.
O nosso pais é um paraiso, não há delegados de acção médica infiltrados na população, toda a gente sabe quem eles são.
Para acabar, ao 45, 50 já toda a gente leu o protocolo médico, que as impede de serem médicas?
Carlos Barreira da Costa , médico Otorrinolaringologista da mui nobre e Invicta cidade
do Porto, decidiu compilar no seu livro "A Medicina na Voz do Povo":
O diálogo com um paciente com patologia da boca, olhos, ouvidos, nariz e garganta
é sempre um desafio para o clínico:
"A minha expectoração é limpa, assim branquinha, parece com sua licença espermatozóides".
"Quando me assoo dou um traque pelo ouvido, e enquanto não puxar pelo corpo, suar, ou
o caralho, o nariz não se destapa".
"Não sei se isto que tenho no ouvido é cera ou caruncho".
"Isto deu-me de ter metido a cabeça no frigorífico. Um mês depois fui ao Hospital e
disseram-me que tinha bolhas de ar no ouvido".
"Ouço mal, vejo mal, tenho a mente descaída".
"Fui ao Ftalmologista, meteu-me uns parafusinhos nos olhos a ver se as lágrimas saiam".
"Tenho a língua cheia de Áfricas".
"Gostava que as papilas gustativas se manifestassem a meu favor".
"O dente arrecolhia pus e na altura em que arrecolhia às imidulas infeccionava-as".
"A garganta traqueia-me, dá-me aqueles estalinhos e depois fica melhor".
As perturbações da fala impacientam o doente:
"Na voz sinto aquilo tudo embuzinado".
"Não tenho dores, a voz é que está muito fosforenta".
"Tenho humidade gordurosa nas cordas vocais".
"O meu pai morreu de tísica na laringe".
Os "problemas da cabeça" são muito frequentes:
"Há dias fiz um exame ao capacete no Hospital de S. João".
"Andei num Neurologista que disse que parti o penedo, o rochedo ou lá o que é...".
"Fui a um desses médicos que não consultam a gente, só falam pra nós".
"Vem-me muitos palpites ruins, assim de baixo para cima...".
"A minha cabecinha começa assim a ferver e fico com ela húmida, assim aos tombos,
a trabalhar".
"Ou caiu da burra ou foi um ataque cardeal".
Os aparelhos genital e urinário são objecto de queixas sui generis:
"Venho aqui mostrar a parreca".
"A minha pardalona está a mudar de cor".
"Às vezes prega-se-me umas comichões nas barbatanas".
"Tenho esta comichão na perseguida porque o meu marido tem uma infecção
na ponta da natureza".
"Fazem aqui o Papa Micau ( Papanicolau)?"
"Quantos filhos teve?" - pergunta o médico. " Para a retrete foram quatro,
senhor doutor, e à pia baptismal levei três".
"Apareceu-me uma ferida, não sei se de infecção se de uma foda mal dada".
"Tenho de ser operado ao stick . Já fui operado aos estículos".
"Quando estou de pau feito... a puta verga".
"O Médico mandou-me lavar a montadeira logo de manhã".
As dores da coluna e do aparelho muscular e esquelético são difíceis de suportar:
"Metade das minhas doenças é desfalsificação dos ossos e intendência para a tensão alta".
"O pouco cálcio que tenho acumula-se na fractura".
"Já tenho os ossos desclassificados".
"Alem das itroses tenho classificação ossal".
"O meu reumatismo é climático".
"É uma dor insepulcrável".
"Tenho artroses remodeladas e de densidade forte".
"Estou desconfiado que tenho uma hérnia de escala".
O português bebe e fuma muito e desculpa-se com frequência:
"Tomo um vinho que não me assobe à cabeça".
"Eu abuso um pouco da água do Luso".
"Não era ébrio nato mas abusava um pouco do álcool"
"Fujo dos antibióticos por causa do estômago. Prefiro remédios caseiros, a aguardente
queimada faz-me muito bem".
"Eu sou um fumador invertebrado".
O aparelho digestivo origina sempre muitas queixas:
"Fui operado ao panquecas".
"Tive três úlceras: uma macho, uma fêmea e uma de gastrina".
"Ando com o fígado elevado. Já o tive a 40, mas agora está mais baixo".
"Eu era muito encharcado a essa coisa da azia".
"Senhor Doutor a minha mulher tem umas almorródias que com a sua licença
nem dá um peido".
"Tenho pedra na basílica".
"O meu marido está internado porque sangra pela via da frente e
pinga pela via de trás".
"Fizeram-me um exame que era uma televisão a trabalhar e eu a comer papa".
"Fiz uma mamografia ao intestino".
"O meu filho foi operado ao pence (apêndice) mas não lhe puseram os trenos ( drenos ),
encheu o pipo e teve que pôr o soma ( sonda )".
Os medicamentos e os seus efeitos prestam-se às maiores confusões:
"Ando a tomar o Esperma Canulado"- Espasmo Canulase
"Tenho cataratas na vista e ando a tomar o Simião" - Sermion
"Andei a tomar umas injecções de Esferovite" - Parenterovit
"Era um antibiótico perlim pim pim mas não me fez nada" - Piprilim
"Agora estou melhor, tomo o Bate Certo" - Betaserc
"Tomo o Sigerom e o Chico Bem" - Stugeron e Gincoben
"Ando a tomar o Castro Leão" - Castilium
"Tomei Sexovir" - Isovir
"Tomo uma cábulas à noite".
"Tomei uns comprimidos "jaunes", assim amarelados".
"Tomo uns comprimidos a modos de umas aboborinhas".
"Receitou-me uns comprimidos que me põem um pouco tonha".
"Estava a ficar com os abéticos no sangue".
"Diz lá no papel que o medicamento podia dar muitas complicações e alienações".
"Quando acordo mais descaída tomo comprimidos de alta potência e fico logo melhor".
"Ó Sra. Enfermeira, ele tem o cu como um véu. O líquido entra e nem actua".
"Na minha opinião sinto-me com melhores sintomas".
O que os doentes pensam do médico:
"Também desculpe, aquela médica não tinha modinhos nenhuns".
"Especialista, médico, mas entendido!".
"Não sou muito afluente de vir aos médicos".
"Quando eu estou mal, os senhores são Deus, mas se me vejo de saúde
acho-vos uns estapores".
"Gosto do Senhor Doutor ! Diz logo o que tem a dizer, não anda a
engasular ninguém".
"Não há melhor doente que eu! Faço tudo o que me mandam, com aquela
coisa de não morrer".
Em relação ao doente o humor deve sempre prevalecer sobre a sisudez e o distanciamento.
Senão atentem neste "clássico":
"Ó Senhor Doutor, e eu posso tomar estes comprimidos com a menstruação?
Ao que o médico retorque: "Claro que pode. Mas se os tomar com água é capaz de não
ser pior ideia. Pelo menos sabe melhor."
http://www.estranhomasverdade.com/
ola Alvim,eu espero dizer 33 pró mes que vem,tou a ficar velho...!
Antes de mais gostaria de manifestar o meu prazer em poder haver programas tão elucidativos e dedicados ao público em geral, como a prova oral. Só é pena é que por vezes a parte elucidativa fique um pouco aquém. Relativamente ao tema de hoje eu apenas tenho a dizer que sou uma pessoa que se automedica, não por ter um "vasto" conhecimento de saúde, mas por saber o essencial, tipo se estou constipado, tomo antigripine ou algo do genero. Relativamente ao livro, acho que é um instrumento muito prático, excepto na parte em que os médicos vão aproveitar o facto de existir o livro para poderem expandir o seu vocabulário, lol.
Um abraço
Olá a todos!
Eu sou a favor de que a média de entrada no curso de medicina tem de baixar uns valorzinhos, porque não são os marrôes que decoram livros inteiros que serão bons médicos, mas sim, aqueles que com notas um pouco mais baixas, tem realmente vocação para médico.
Ser médico não é só saber o Código Internacional de Doenças(CID), mas saber lidar com pessoas que estão a sofrer e necessitam não só de 5 medicamentos diferentes, mas apoio emocional acima de tudo e saber evitar as doenças.
Boas tardes bacanos e girasboas!
Três situações:
1º Porque razão os médicos tentem escrever algo se os próprios farmeceuticos não percebem! logo porque razão não escrevem de uma vez por todas as receitas em computador!!!
2º Nas cartas das análises! Deveria vir algum comentário adicional em termos leigos para que o paciente compreenda afinal o que é isto??? VISTO QUE AS MESMAS ENCONTRAM-SE ENDEREÇADAS AO PACIENTE E NÃO AO MÉDICO!!! Certo???
3º Se um paciente encontra-se doente! por que raio é que o médico receita vitaminas, se podia dizer toma alguns citrinos que isso vai passar! Não será que à aqui um dedinho das industrias farmaceuticas? Se uma dieta equilibrada dá-nos boa saude, porque razao diagnosticar medicamentos, drogas e afins?
Bem é só por agora!
E boa saúde para todos!
From Setúbal
Ana, dou-te toda a razão! Muitos deles nem tem factor humano que é uma pena!!!
Olá
Um livro bom para oferecer àquelas pessoas que passam a vida em especialistas disto e daquilo (e claro que toda a gente vai querer espreitar!)!
Eu não gosto de tomar medicamentos, os que tomo são receitados (mas se tivesse medicinas alternativas "à mão" eu já tinha experimentado).
O que é que pensa das medicinas alternativas e dos chazinhos e mezinhas caseiras?
ora boa noite!!! Parabens pelo vosso programa com temas actuais!!
Sou enfermeira e cada vez mais noto a ingenuidade das pessoas em relação ao falar com o médico, são incapazes de perguntar ao médico k explique por palavras simples o seu diagnóstico. Simplesmente não perguntam , mas é so sair o médico e perguntam nos para lhe explicar o k omédico lhe disse por palavras k se entendam. Ouseja existe muito distanciamento entre doente e médico. O médico preocupa-s mais com a terapeutica a prescrever do k propriamente a comunicação e diálogo com o doente.
esta é a minha opinião.
sofia gurda
Olá Professor!
Achamos que este tipo de campanhas de aproximação da linguagem médica ao público em geral são de louvar e pena é que não hajam mais.. Concordamos que é uma grande falha da formação médica a ausência de temáticas de nutrição e exercício físico. Mas estas temáticas também são do desconhecimento do grande público, que tem muitas falsas concepções do que deve comer ou do valor para a saúde do exercício.
É por isso de toda a conveniência que programas destes, com bons comunicadores, se repitam.
Um beijinho e abraço dos seus alunos.
Aqui vai uma me intriga a muito tempo! É verdade que fumar até 4 cigarros por dia (já ouvi versões em quera 7 cigarros por dia) faz bem à saude? Principalmente a quem vive nas cidades poluidas?
Grande Alvim, no blog tens aí prova oral de 2.ª a 6.ªfeira, quando isso, infelizmente, já não é verdade..
Aquele abraço
Marau
Enviar um comentário