quarta-feira, dezembro 26, 2007

Uma existência palavrosa



Uma emissão palavrosa com um convidado que vive das palavras, quer como editor das Quasi e da Magnólia, quer como ficionista (Todos os Dias, que acabou de sair também no Brasil, O Dom, o seu último romance), quer como poeta (entre outros títulos, Biologia do Homem e Livro de Estimação) – falamos de Josrge Reis-Sá, um famalicense nascido em 1977 que insistiu em não se mudar para Lisboa e faz o que faz a partir da periferia.

Vamos saber como está a edição de livros no país onde pouco se lê, dos custos e benefícios de estar fora de um grande centro urbano, o que torna publicável um original, no meio dos milhentos que recebe todos os meses de jovens candidatos a escritores e a poetas, quais as perspectivas de mercado duma editora independente, que ainda por cima insiste em editar poesia, face a esta onda de concentrações editoriais (a título de exemplo, o Grupo de Paes do Amaral comprou, de uma assentada, a Asa, a Caminho, a Texto Editora, a Nova Gaia, a Gailivro, e correm rumores de negociações para a compra da Dom Quixote). Falaremos também de histórias, de como um ficcionista escolhe as que acha que merecem ser contadas, da paz (ou não) de espírito necessária para as escrever – e tudo o mais que quiserem perguntar e comentar via 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue.

A partir das 19, com Fernando Alvim.

15 comentários:

Anónimo disse...

Oi Alvim,

Este é um tema acerca de um assunto que me aflige, e de que maneira.

Parece que actualmente todos são escritores, isto num país onde se dizia ler pouco.

Na verdade, parece afinal que há mercado para tudo o que se escreve, mesmo que de qualidade duvidosa, como o "Cagalhão na Tola" do ilustre professor herrero.

A verdade é que sou a favor da liberdade de expressão, mas sou também determinantemente contra a falta do sentido do ridículo.

Reparemos nestes títulos:

- De palanque em palanque, de Tino de Rans

- Cagalhão na Tola, de Professor herrero

- Como fazer do Benfica Campeão, de José Veiga

Sinceramente, está a cair-se numa tal banalização editorial, que os verdadeiros escritores, estarão quase a sentir-se como o SérgioGodinho, Rui Veloso, Fausto, Luis Represas, etc... se sentem quando ligam a rádio e ouvem temas musicais cujos títulos são:

"Porque não tem talo o nabo" de Leonel Nunes

"O bacalhau quer alho" do pequeno Saúl

ou o afamado tema

"Há quanto tempo não comia um bife destes" de Nel Monteiro.

Tem que haver qualidade, e é isto que se está a perder.

Grande Abraço Alvim.

Silvia...até já...

Anónimo disse...

Gosto imenso de ler mas com o ritmo de vida k tenho adquirido torna-se cada vez mais dificil. E ler mesmo só as noticias no google e mto a correr, ou o jornalito na hora de almoço. De resto as tarefas diárias e os cariños ao marido, k tb é preciso, não me deixam muito tempo livre. A altura do ano em k mais leio é sem dúvida no Verão, sentadita numa esplanada com os pes meio na areia é de topo!

Beijocas a todos e continuação de boas festas. Atenção ao chocolate k é um amigo terrivel à dieta, à dor de barriga e à diarreia =) LOL

Anónimo disse...

Em portugal ao contrario do que se diz le-se cada vez mais, mas a leitura é cada vez mais desviada da arte dos livros para a actualidade e para o conhecimento de alguns livros, das revistas e da internet.
Alem do mais os livros de antigamente não correspondem as possibilidades do hoje, os velhos livros requerem muito tempo e dedicação e não são muito compativeis com a leitura por "episódios breves", quem le um livro "cultural" deixa passar metade das coisas importantes pois a falta de tempo e o excesso de fadiga não as deixa tomarem a devida atenção

Jubylee disse...

Não sei bem o que pensar dessa aquisição da empresa de Paes do Amaral de todas essas grandes Editoras...Tenho algum receio que as políticas de edição se tornem apenas uma (que é o que provavelmente irá acontecer) e a variedade de edições se apague.
Realmente não se lê pouco, mas o que se lê tem, de facto, uma qualidade algo duvidosa (revistas cor-de-rosa, as ditas biografias, como "Eu, Carolina"...enfim...).
Não concordo nada com a ideia de que os "livros de antigamente" não correspondem às possibilidades de hoje - quem quer ler, arranja tempo. Eu como ando muito de transportes, pego sempre nos meus livrinhos (que ultimamente têm sido os ditos "clássicos") e leio-os nas horas diárias de viagem e não é por isso (fadiga, cansaço) que perco coisas importantes dos ditos... Uma pessoa tenta evitar perder tempo com tanta coisa para arranjar tempo para si própria, mas esse tempo acaba sempre por ir para mais trabalho e trabalho. Temos de ir contra esta tendência - pelo menos é o que eu tento fazer (e admito que se tem tornado cada vez mais difícil...mas não impossível).

JB disse...

Incongruência.

Assim como a vida :)

JoanaRSSousa disse...

a minha palavra favorita? hummm assim de repente não sei... nunca escolhi nenhuma como a eleita! mas adoro a expressão «rir às bandeiras despregadas»
e também gosto de rir :D
e do Seu Jorge!
e de ti, Alvim heheheh

beijinhos

Anónimo disse...

As minhas palavras de hoje são: Feliz Natal!!!

Júlio Miguel disse...

Boa Noite Antena 3
Sou o Júlio de Ribeirão - V. N. Famalicão, conheci o Jorge no tempo do Liceu Camilo Castelo Branco.
Relactivamente ao tema de hoje, não tenho uma mas duas palavras : "Coisas Simples", acho que o Jorge sabe bem o que isso significa, eu explico: é o nome de uma bande de versões da qual o Jorge era baterista, ainda tenho uma cassete cá em casa. Admiro muito a evolução que o Jorge teve na vida, um famalicense dos grandes, bem haja e muito sucesso.

Anónimo disse...

?Porque não te 'Calhas'?

Squeezy disse...

Olá...

A pouco falava-se, por ai de audio books.... www.gutenberg.org/browse/languages/pt

Squeezy disse...

Ah e a minha palavra preferida é..... "TAU"... pk? "Tau tau tau...(...)" ;)

Anónimo disse...

http://aminhapalavrafavorita.com/

_ricards_ disse...

Ontem deixei em antena 2 das minhas palavras favoritas: Bufardina e Regabofe.
Mas a essas podia acrescentar Escafandro, Pecúnio, Lambona ou Bacamarte - e sobre bacamartes aconselho uma visita à Armaria do Paço Ducal de Vila Viçosa.
No programa alguém falou em Oxalá como exclusivamente portuguesa - mentira essa palavra vem do árabe Ish Alah - Queira Deus.
Exclusivo português acho q só mesmo a Saudade.
Tenho ainda a acrescentar outra bela palavra - Rabarrabos - que era o antigo nome da minha aldeia (antes de ter mudado, há 60 anos, para o politicamente correcto São Sebastião).
Por outro lado há uma palavra que detesto e há dias até alguém na antena da 3 disse: Ouvisto. RRRrrr!!!

Anónimo disse...

Convidamos todos os amantes da poesia a participarem no II Prémio de Poesia em Rede "Poemas da Minha Terra"

Unknown disse...

Vamos ver as açucenas misturadas com rosmaninho.