quinta-feira, setembro 27, 2007

Depressa e bem



A diferença entre não termos tempo para nada e, do pouco tempo que temos, fazermos alguma coisa dele, está, muitas vezes, no planeamento do dito cujo – o tempo, esse animal esguio e azeitado que nos foge das mãos sempre que o tentamos agarrar (a metáfora é bonita, não é?, tirando a parte do azeite, eu sei, mas não me ocorreu lubrificante melhor, e sobretudo um que não desse trela a más interpretações).

Foi a pensar exactamente nessa espécie de praga dos tempos modernos – a da falta de tempo e não a das metáforas azeiteiras – que a ADECCO, uma empresa da área da Prestação de Serviços de Gestão de Recursos Humanos, decidiu criar a workshop Não tenho tempo para workshops.

Diz-nos a nota de imprensa que o objectivo é levar os participantes a ganharem ferramentas para uma melhor gestão do seu tempo de trabalho e de lazer. E sintetizam em três passos a aprendizagem:

- O Primeiro passo é o do auto-conhecimento das capacidades intrínsecas dos indivíduos e suas limitações.
- O Segundo passo é a exploração de todo o potencial de cada indivíduo, com o objectivo de sistematizar, priorizar e gerir as suas actividades diárias;
- O Terceiro passo é o relacionamento entre o indivíduo e os outros que o rodeiam.


O convidado será Ruben Antunes, director da Adecco Training, e vai-nos dizer que lucro podem os participantes esperar do precioso tempo – esse azeiteiro – que investirem nesta workshop.

E, já agora, se não estiverem muito ocupados, às 19 e picos coisa e tal, telefonem-nos (800 25 33 33) ou escrevem-nos para a caixa de mensagens: partilhem connosco os vossos dilemas do género «ai que já é tão tarde e ainda não fiz nada» e os vossos truques caseiros para dar a volta à questão (e temperar saladas: metem azeite e mais quê?)

É às 19. Com Fernando Alvim.

quarta-feira, setembro 26, 2007

Mundo Mix PT



aqui falámos antes do Mundo Mix PT e hoje vamos falar outra vez. Desta feita, o evento, realizar-se-á nos próximos dias 29 e 30 de Setembro, na cidade de Cascais, e dará especial destaque aos alunos finalistas do curso de design de moda da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa.

Catarina Guerra, da PT, e Beto Lago, mentor do Mundo Mix PT, contar-nos-ão da natureza do projecto e do que iniciativas deste género podem fazer pelos artistas em começo de actividade; Inês Vicente e Ivan Martins, dois dos jovens finalistas, darão conta dos seus percursos, da sua aprendizagem, das suas expectativas e das dificuldades que têm encontrado.

Quanto aos candidatos a designers & artes afins que nos estejam a ouvir, convidamo-vos a partilhar connosco alguma experiência que achem interessante, algum protesto que achem pertinente, algum conselho que achem útil, via 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue – meios que valem para toda a gente que sinta curiosidade na matéria e queira contribuir com perguntas e comentários.

A partir das 19, com Fernando Alvim e Marisa Jamaica, também eles jovens criadores, mas de galinhas e coelhos no quintal das respectivas avós.

terça-feira, setembro 25, 2007



Fernanda Câncio é jornalista e reuniu num volume 15 das suas melhores reportagens sobre temas como a violência policial, a pobreza, o aborto clandestino, a perseguição aos homossexuais, etc. – situações bem reais mas que, para muitos de nós, que não fazemos parte daquelas minorias mais desprotegidas e anónimas, se assemelham a ficções, lidas com certa distância nos jornais ou assistidas, à hora de jantar, nos telejornais. O volume chama-se Até Não Perceber - 15 Histórias de Verdade a Caminho da Ficção e foi editado pela Tinta da China.

Vai estar hoje na Prova Oral para falar destas histórias, do que as une entre si, do quanto parecem ter acontecido num universo paralelo ao nosso quando, no fim de contas, aconteceram no quintal ali mesmo ao lado (mais sobre este livro neste post de Eduardo Pitta); e também abordar o momento actual do jornalismo de investigação, que parece – pelo tempo que um jornalista precisa para o fazer em condições e consequente encargo adicional do jornal onde trabalha – fora das prioridades do pronto-a-vestir das notícias de hoje, cada vez mais apressadas.

Perguntas e comentários para o 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue. A partir das 19, com Fernando Alvim e Cártia Simão.

segunda-feira, setembro 24, 2007

Dar em doido



O nosso convidado de hoje chama-se José Luís Pio Abreu, é psiquiatra do Hospital da Universidade de Coimbra, e em 2002 publicou, pela Quarteto, uma pequena provocação em forma de livro: Como Tornar-se Doente Mental. Dizia-nos a sinopse:

«Este livro explica como adquirir uma doença psiquiátrica. (...) O leitor interessado encontra aqui uma ampla variedade de doenças mentais, com os seus critérios diagnósticos, e uma detalhada explicação do modo de atingir esses objectivos.»

Aparentemente andávamos todos mortinhos (salvo seja) para dar em doidos porque o livro esgotou várias edições.

Já este ano, José Luís Pio Abreu voltou as livrarias, desta vez com Quem nos faz como somos, edição Dom Quixote.

«Por que faço o que faço, por que penso o que penso? A maioria das pessoas dirá: "porque quero". Este livro ensaia respostas alternativas. E quem são então os verdadeiros responsáveis por aquilo que pensamos e fazemos? Quem são os responsáveis pela nossa loucura ou pela falta dela ou ainda pela situação por vezes dúbia, mas demasiado quotidiana, entre a loucura e a falta dela? Pois, os «culpados» são os genes, que representam a nossa longa história biológica, e os signos, que traduzem a nossa enorme dependência cultural.»

Vamos falar do fascínio da maioria das pessoas pelo universo das doenças mentais, dos livros de auto-ajuda (discutir se ajudam alguma coisa para lá da conta bancária dos autores), do consumo exagerado de anti-depressivos (que se vendem como tremoços), da confusão entre depressão patológica e mera tristeza que é uma coisa que nos calha a todos – e o mais que vocês quiserem propor, comentar, via 800 25 33 33 ou caixa de mensagens do blogue, a partir das 19 com Fernando Alvim e Marisa Jamaica.

quinta-feira, setembro 20, 2007

1+1=1



Mote: as revistas Men’s Health e Cosmopolitan promoveram um questionário conjunto que envolveu 37.691 leitores, em 13 países, a fim de descobrir o parceiro ideal. Poupando-vos os pormenores técnicos do estudo, aqui vão alguns dos resultados:

Os resultados revelam que 33,9 por cento dos homens portugueses privilegiam a inteligência nas mulheres, mais do que o corpo ou outros atributos. Enquanto que as mulheres portuguesas preferem homens carinhosos e com sentido de humor (45 por cento).

No que diz respeito ao sexo, a maioria dos homens gostaria de ter relações sexuais três a quatro vezes por semana (31,41 por cento), enquanto que 30,69 por cento dos entrevistados apenas refere uma vez por semana. Neste âmbito, as mulheres portuguesas coincidem com este desejo: 44,38 por cento das inquiridas revela a sua preferência em fazê-lo três a quatro vezes por semana.»

Na cama, tanto os homens (43,08 por cento) como as mulheres (47,74 por cento) gostam de ouvir o que os torna únicos e especiais. Quanto aos preliminares, ambos os sexos também estão em sintonia: quinze minutos é o tempo ideal e necessário para uma relação sexual satisfatória (48,08 % das mulheres e 40,06 % dos homens).

As mulheres valorizam também homens que tenham em conta as suas necessidades e desejos. Quando interrogadas, elas destacam a consideração – o facto de eles se preocuparem em saber se elas estão a gostar e a ter prazer (57,66 por cento das leitoras portuguesas da Cosmopolitan). As respostas masculinas coincidem, 26,95 por cento dos portugueses dão importância a este atributo.

Segundo os resultados do estudo, 41,17 por cento das portuguesas afirma, ainda, que eles ficam perfeitos só com um duche rápido e a barba feita, um resultado que não difere muito dos restantes países. No caso dos homens, elas devem investir algum tempo na imagem, de modo a ficarem mais bonitas para os seus namorados (52,88 por cento). Contudo, os lusitanos são conservadores, pois não gostam que elas andem muito despidas (53,17 por cento).

Numa situação em que a mulher ganhe mais do que o homem, ambos os sexos têm a mesma opinião. Eles (63,83%) e elas (83,21%) preferem dividir custos e não falar muito acerca do assunto.

O estudo prova que os portugueses são ciumentos. Quanto interrogadas sobre o que poderá ameaçar uma relação, elas destacam como principais entraves: o contacto próximo com as ex-namoradas (77,23%), se ele for muito dado a “flirts” (81,9%) e tiver maus “modos” (84, 38%). Na perspectiva masculina, a relação pode não dar resultado se ela for muito dada a “flirts” (70,03%), continuar a falar muito com os ex-namorados (69,02%) ou tiver “maus hábitos” (66,57%).

O estudo apresenta, ainda, algumas conclusões acerca dos factores que podem “arruinar” uma relação sexual. Neste ponto, os portugueses também estão em sintonia. Os homens referem o silêncio ou o “não fazer barulho na cama” como uma das principais razões de insatisfação (78,53%), enquanto que elas referem o facto dele “não ter resistência” (90,98%) e “não fazer barulho” (83,21%).

Os dados internacionais não diferem muito dos resultados portugueses. A característica que os homens mais valoriza é a “doçura/ser carinhosa”, essencial para ter uma namorada perfeita (25,31 por cento). Quanto ao sexo, os homens preferem fazê-lo 3 a 4 vezes por semana (35,42%), enquanto que “beijar mal” é a razão mais apontada para arruinar uma relação sexual (54,69%).

Os resultados globais referem que as mulheres destacam o “sentido de humor” como a principal característica para o namorado perfeito (33,35%). Mesmo que ele não seja muito falador, elas necessitam que os seus pares comuniquem os sentimentos através de um beijo e de um abraço apertado (62,87%).


Para discutir estes resultados connosco convidámos o sexólogo Quintino Aires. Quanto a vocês, peguem nos itens acima enumerados e digam-nos de vossa justiça: via 800 25 33 33 ou caixa de mensagens do blogue, sublinhem o que coincide ou não com a vossa experiência, e contem-nos então o que torna uma pessoa o vosso parceiro ideal.

É a partira da 19, com Fernando Alvim e Rita Amado, um dos pares ideais da Prova Oral.

quarta-feira, setembro 19, 2007

António José Correia de Brito


Os saudosos Gemini, dos quais Tózé Brito fez parte, numa actuação no Festival Eurovisão da Canção de 1978. Reparem como era longo o percurso dos bastidores para o palco. Outros tempos, outros tempos.


António José Correia de Brito, Tózé Brito para os amigos, escreve canções. E há já uns aninhos valentes que o faz (a gente não repara, não repara, mas os anos andam sempre cheios de pressa para ir a qualquer lado – e passam).

Escreveu-as para si e para os projectos de que fez parte (lembro, por exemplo, o Quarteto 1111, os Gemini, os Green Windows); mas, sobretudo, para os outros (talvez a maioria de vós não saiba que é de sua autoria o mítico «Recordar é Viver», mas ide à juke box do site para outras surpresas) – canções essas que reúne agora num álbum chamado Vida, Canções e Amigos.

É o convidado de hoje e será, com certeza, um interlocutor privilegiado para nos falar do percurso da música portuguesa nas últimas décadas – porque o integrou activamente – e também do futuro dela já que, como todos sabem, ocupa um cargo decisivo dentro da secção portuguesa da Universal e tem-se batido aguerridamente (às vezes com alguma polémica) contra a pirataria.

Muito tópico para conversa há por aqui, e vocês podem participar: perguntas e comentários via 800 25 33 33 ou caixa de mensagens do blogue. A partir das 19, com Fernando Alvim e Cátia Simão.

terça-feira, setembro 18, 2007

As notícias



Com o pouco hábito de leitura de jornais que nos é reconhecido (não só a nós, mas um pouco por todo o mundo) e a predominância da televisão sobre os demais meios que nos trazem a informação, os noticiários televisivos acabam por ter responsabilidade acrescida: é por eles e pelos olhos dos seus jornalistas que a maioria de nós vai vendo que se passa a nossa volta. E Clara de Sousa, como acontece com todos os pivot's, não se livra de ser o rosto a que todos associamos as más e as boas notícias.

Estará hoje na Prova Oral a falar do seu itinerário de jornalista, o que a levou a interessar-se pelo jornalismo televisivo, os ossos e os prazeres do ofício – e da sua visão do jornalismo actual, virtudes e as desvirtudes das tendências dominantes (que, de resto, se encontram em doses mais ou menos iguais, só para dar um exemplo, no caso mediático do momento, o desaparecimento de Madeleine McCann).

Reclamações, elogios, perguntas e comentários sobre a forma como as notícias vos chegam e como gostariam que elas vos chegassem, são bem vindos, via 800 25 33 33 ou caixa de mensagens do blogue. A partir das 19, com Fernando Alvim.

segunda-feira, setembro 17, 2007

Mocidade, mocidade



O tema de hoje será a SPOT – Feira da Juventude; e não, não se trata de uma concentração de vendedores de elixir para a eterna dita cuja, mas de uma mostra de associações, instituições e actividades com potencial interesse para os jovens dos «12 aos 35 anos». Decorre no Centro de Congressos de Lisboa entre 15 e 18 de Setembro e connosco estará o Dr. José Duarte Cordeiro (Vice-Presidente IPJ), mais o Luís Alves (Presidente Federação Nacional Associações Juvenis) e a Carla Mouro (Presidente Concelho Nacional Juventude) para nos desvendar todas as minudências do evento e discutir convosco – jovens, pais de jovens à beira de um ataque de nervos, avós modernos e tias gaiteiras (das que dão vinte euros ao sobrinho querido por altura dos feriados religiosos) – via 800 25 33 33 ou caixa de mensagens do blogue, o interesse que acham no programa (para isso, façam lá o trabalhinho de casa, vendo no site da SPOT), os apoios ou falta deles que sentem nas vossas actividades juvenis, sobretudo estando longe dos grandes centros urbanos.

A partir das 19, com Fernando Alvim e Marisa Jamaica.

quinta-feira, setembro 13, 2007

You talking to me?


Era inevitável a ilustrar este post: uma das cenas mais famosas do mais famoso filme relacionado com taxistas.

Não, não é uma concentração de zé-manéis nem um concurso de ver quem buzina primeiro ao carro da frente assim que o semáforo passa a verde (só contam as buzinadelas feitas no primeiros três milésimos de segundo, após a mudança de cor): o Festival Internacional do Taxi, que este ano assenta arraiais em Lisboa entre 15 e 23 de Setembro e vai ser o tema de hoje da Prova Oral, é algo completamente diferente.

Diz-nos a nota de imprensa: «o táxi faz parte do imaginário das nossas cidades, das suas cores e recordações dos seus visitantes. O motorista de Táxi é, por vezes, o primeiro interlocutor de quem descobre uma cidade, tornando-se uma espécie de embaixador. Actor da nossa vida quotidiana, personagem de cinema, o táxi desempenha um papel essencial nas deslocações e representações urbanas. O Festival Internacional do Taxi, organizado pelo IVM, procura associar a festa cultural a uma abordagem científica, técnica e profissional. Ele pretende abrir o debate e colocar o táxi e o seu papel na mobilidade em áreas metropolitanas nas agendas de discussão urbanas.»

O programa é muito variado e riquíssimo (vale a pena ir ver ao sítio do evento na internet), e incluí desde cinema (inclusive com uma competição de curtas metragens, por exemplo), contadores de histórias, a mostras de design, BD's, DJ's.

Em estúdio teremos alguém da organização do Festival Internacional do Taxi para nos sublinhar este ou aquele item do festival e espicaçar a curiosidade.

Como sempre, todos os ouvintes estão convidados a participar, ora por telefone (800 25 33 33), ora através da caixa de mensagens do blogue. Mas hoje gostaríamos particularmente de ouvir os taxistas: telefonem ou escrevam a contar-nos do passageiro mais estranho, mais bizarro que já transportaram, do mais cómico, do mais simpático; do destino mais surreal que vos foi solicitado; daquelas situações em que percebem que nem o cliente sabe para onde quer ir – ou simplesmente contem-nos como vos correu o dia de hoje.

A partir das 19, com Fernando Alvim e Rita Amado, bip bip.

quarta-feira, setembro 12, 2007

A nobre arte de ser pelos outros



Às vezes, o que é nacional não só é bom mas faz bem. E, com tanto pseudo-orgulho (às terças, quintas e sábados) ou pseudo-falta de auto-estima (às segundas, quartas e sextas – ao domingo descansa-se) que para aí anda, não era má ideia olharmos para uma instituição como a AMI – Assistência Médica Internacional, que, a partir de cá, vai aonde é realmente precisa.

Sobre a sua fundação, diz o seu fundador: « Fundei-a porque entendi ser útil que houvesse em Portugal uma instituição humanitária autêntica, independente, dinâmica e repleta de ideal, inspirada nos “Médecins Sans Frontières” (MSF), instituição onde eu actuava havia já cinco anos. Nessa altura, lembro-me de me ter interrogado muitas vezes, do porquê de ser então o único médico português a actuar nesse tipo de instituição humanitária não governamental. Tendo ajudado a lançar a Secção Belga dos MSF no inicio da década de 80 e tendo sido um dos seus administradores, entendi a partir de certa altura que em Portugal poderíamos também construir uma instituição do mesmo género... Foi essa reflexão e vontade, conjugadas com uma “Grande Reportagem” com grande impacto em Portugal, do meu, hoje, querido Amigo José Manuel Barata Feyo feita comigo, no Chade em 1983 (apresentada na RTP pelo também meu, hoje, querido Amigo Miguel Sousa Tavares) que deram origem à AMI em 1984 (...)»

Será, pois, o Dr. Fernando Nobre, fundador da AMI, o nosso convidado de hoje que, a pretexto do lançamento do livro Gritos Contra a Indiferença (Temas & Debates), «uma obra que reúne artigos publicados e textos de conferências dadas ao longo dos últimos dez anos em seminários, escolas, institutos, fundações, universidades e grupos doutos, civis ou militares», dar-nos-á também a conhecer melhor a instituição que dirige, contará histórias mais e menos felizes destes anos de actividade – e explicará como isto nos diz respeito a todos e como cada um de nós pode ajudar.

Participem, perguntas & comentários & etc., a partir das 19, via 800 25 33 33 ou caixa de mensagens do blogue. Com Fernando Alvim e Xana Alves.

terça-feira, setembro 11, 2007

Queer Lisboa 11



Decorrerá entre os dias 14 e 22 deste mês, no Cinema São Jorge, o Queer Lisboa 11 – Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa e, connosco, hoje, teremos João Ferreira, director do evento, a dar-nos uma primeira achega sobre a programação – que inclui, não só, a projecção de filmes, mas também debates (de entre todos, destaco um sobre a Cinematografia Gay Portuguesa dos Anos 70: o mero facto de ela existir, aposto, apanhará de surpresa muito boa gente).

Falaremos também do público alvo deste tipo de festivais, que não se esgota, certamente, na comunidade lésbica e gay, bem como naquilo que caracteriza um filme gay e lésbico – e se essa catalogação não limita, de alguma forma, a obra e a maneira como o público a poderá ver.

Perguntas e comentários, como de costume, para o 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue. A partir das 19, com Fernando Alvim e Marisa Jamaica.

segunda-feira, setembro 10, 2007

Dalila



Dalila Carmo é uma das actrizes mais talentosas da sua geração; e, apesar de jovem – nasceu em 74 –, já fez um bocadinho de tudo o que há para fazer quando se abraça esta estranha forma de vida que é ser actor profissional: teatro, cinema, televisão.

Hoje vai estar connosco e falar do seu percurso: a formação na famosíssima Actors Studio, em Nova Iorque, para onde toda a gente quer ir; os papeis mais complicados que fez e os que mais prazer lhe deram; as particularidades de cada uma das áreas em que já trabalhou; os artísticos sapos vivos (ou, pelo menos, muito mal passados) que volta e meia tem que engolir; o que acha do boom de modelos-actores e modelos-actrizes que pululam por essas televisões afora; as suas referências e influências; os seus projectos, sobretudo os impossíveis (que são esses os que mais gozo dão realizar).

De caminho, porque vamos todos para o mesmo lado, responderá às perguntas e comentará os comentários que vocês lhes queiram fazer, via caixa de mensagens do blogue ou 800 25 33 33. Está bem? É a partir das 19. Com Fernando Alvim e Marta Macara.

sexta-feira, setembro 07, 2007

Foi em Setembro, na Madeira, que te conheci



Hoje, a Prova Oral levantou voo e foi até à Madeira: sim emissão em directo, a partir de lá. E como somos deveras originais, vamos falar de quê? Não, não é do Dr. Alberto João Jardim (embora também se possa fazê-lo); mas da Madeira, ela própria, a única.

Ah, o mar, o Sol, a paisagem, o vinho (o Presidente do Instituto do Vinho da Madeira, Dr. Paulo Rodrigues, será um dos nossos convidados), a comida, os bares, a música, a literatura (outro convidado será o escritor madeirense Constantino Palma) e artes afins; as pessoas; os defeitos, as virtudes – todas as idiossincrasias do sítio que vocês, ouvintes madeirenses (ou não-madeirenses, mas que conheçam bem a Madeira), nos queiram revelar, via 800 25 33 33 e caixa de comentários do blogue.

Pelos mesmos meios, quem nunca lá pôs os pés e só a conheça dos postais ilustrados e dos noticiários sobre a campanha eleitoral, soltem a trela da vossa curiosidade, do vosso ímpeto comentador e digam-nos coisas.

É a partir das 19, com o gondomarense Fernando Alvim no papel de madeirense e a madeirense de gema Cátia Simão (a vida tem destas ironias) no papel de lisboeta cheia de inveja por não ter ido também.

quinta-feira, setembro 06, 2007

Os ex-lugares de sempre



Nasce-se, morre-se, gerações sucedem-se e, à mão delas, muda também o espaço físico que habitam, umas vezes para melhor, muitas vezes para pior; mas todos temos os nossos locais de referência: o empedrado da calçada que percorremos vezes sem conta; o senhor Joaquim, Manuel e sei-lá-que-mais que já era idoso quando ainda éramos nós infantes; o quiosque do costume – muitas vezes nem nos apercebermos de como o dono envelheceu e que mais ano menos ano se reformará –; o café onde assentamos com os amigos ou sozinhos, a ler um livro, um jornal; os edifícios onde nunca entrámos mas que nos aconchega o facto de estarem ali a marcar a eternidade.

É, porém, fictícia essa eternidade, nada é eterno e apercebemo-nos disso, tantas vezes, de chofre, de repente, quando damos com um terreno, onde antes havia um edifício antigo – ou apenas velho –, terraplanado, ou com o café do costume entaipado para obras e mudança de ramo. Um exemplo actual, é o Grémio Lisbonense, que foi fundado em 1842 e agora enfrenta uma ordem de despejo, a cumprir até ao dia sete.

Hoje vamos falar desse caso concreto, mas gostaríamos de extrapolá-lo para outros milhentos casos que grassam por todo o país; por isso, mais uma vez, convidamo-vos a colaborar: liguem-nos – 800 25 33 33 – ou deixem um pequeno texto na caixa de comentários, e contem-nos das vossas referências quotidianas. As que estão ameaçadas – pela pressão imobiliária, pela negligência – ou as que até já desapareceram sem deixar rasto: valem edifícios emblemáticos, cafés, esquinas esconsas, jardins, teatros, cinemas, drogarias, papelarias, livrarias – e pessoas.

A partir das 19, com Fernando Alvim e Cátia Simão.

quarta-feira, setembro 05, 2007

Minhas caras compras



O convidado de hoje é um luso-brasileiro jogador do Barcelona que dispensa apresentações: o Deco. Ok, pronto, pronto, estava a brincar, não vamos ter cá o Deco, mas a Dra. Natália Nunes da DECO (peço desculpa, ando há anos para fazer o trocadilho e hoje não resisti).

E sobre a mesa estará o custo de vida, coisa que interessa a todos, uma vez que, por menos consumistas que juremos ser, não nos livramos de ser consumidores e de, volta e meia, entrar numa loja ou num fornecedor de serviços – ó faxavor – e zás, comprar. E tunga, pagar.

Dicas para a poupança, situações evitáveis, abusos mais ou menos clássicos, aquilo que pagamos e não devíamos: hoje, mais do que nunca, a vossa participação é essencial; exponham casos, façam perguntas – o telefone é o 800 25 33 33 e há a caixa de comentários do blogue – e, já agora, digam-nos que tipo de consumidores são, se impulsivos, se atentos, se somíticos e do género regateador, se têm hábito de reclamar quando acham que devem e por aí adiante.

A partir das 19, na mercearia do costume, com Fernando Alvim na secção do talho e Rita Amado nos azeites. E óleos alimentares. Margarinas também.

terça-feira, setembro 04, 2007

A canção


Uma grande canção de um grande escritor de canções.

Tiago Torres da Silva, escreve, entre muitas outras coisas, letras para canções, tendo já, inclusive, orientado vários ateliers de escrita nessa área. Hoje virá à Prova Oral partilhar connosco a sua experiência e know-how e conversar sobre o que, na sua opinião, faz uma boa ou uma má canção, dando exemplos das melhores canções que já ouviu, das piorzinhas e daquelas que nem sim nem sopas (ou, como dizia o Herman, nem Ford nem sai de Simca).

Quanto a vós, caríssimos ouvintes, queremo-vos, naturalmente, metidos ao barulho, via 800 25 33 33 e caixa de comentários do blogue: digam-nos então que canções mais vos marcaram, pela positiva, pela negativa; cantem-nos aquele refrão que não vos larga; dissequem as rimas mais ridículas que conhecem – tipo furgoneta com Alberta, tejadilho com broa de milho –, as mais banais – amar com mar, boca com louca –, as mais forçadas – lápis com Paris, Brasil com fácil –, e por aí adiante; enfim, divirtam-se e divirtam-nos com as vossas sugestões.

A partir das 19, com Fernando Alvim, que rima com pudim, e Marisa Jamaica, que rima com balalaica.

segunda-feira, setembro 03, 2007

Volta a Setembro em bicicleta



E depois destes dias de papo-ao-sol e recarregamento obrigatório de baterias (oh, ainda me tiquetaqueia docemente no espírito o som das raquetas à beira-mar, a senhora chamando o Jean-Pierre para ir comer, o boxer do vizinho correndo desenfreadamente areal afora com o meu chinelo e um bocadinho do meu pé na boca), voltamos para mais uma temporada de Prova Oral.

E em Setembro, falemos de Setembro: Baptista-Bastos, jornalista e escritor, com uma já longa história tanto numa área como noutra, virá hoje conversar connosco a pretexto, sobretudo – mas não só –, do seu último livro, publicado pela ASA, de nome As Bicicletas em Setembro.

Uma sinopse: «Todos estamos feridos. Mas uns estão muito mais feridos do que outros. São aqueles que se feriram a si próprios, sem disso darem conta. As Bicicletas em Setembro fala de trajectórias amorosas e de que todos os destinos sentimentais ocultam histórias subterrâneas. Fala, também, da beleza perversa das relações humanas, e de que as pessoas suportam tudo, menos a solidão, a separação e a perda. É uma parábola sobre perdedores – todos nós. Porque cada um de nós perdeu alguma coisa.»

O choque inevitável entre as ilusões iniciais e a realidade posterior a elas: a maioria de nós já passou por aquela fase de achar que pode ser tudo, astronauta, futebolista, part-timer da casa dos frangos; depois, o tempo, o realíssimo tempo, vai-nos apertando o cerco e obrigando a optar, escolher uns caminhos e preterir irreversivelmente outros: estaremos condenados a perder sempre?

E como lidam vocês com a memória do que já quiseram ser e do que são agora?; como lidam com o fim das ilusões?, com a memória das pessoas que perderam, os amores que já não o são, as amizades arrefecidas como sopa que se deixou ficar muito tempo à espera na mesa? Têm tendência para a nostalgia? E acham que a nostalgia é irremediavelmente triste?

Perguntas e comentários para a caixa do blogue e via 800 25 33 33 (ai, já tinha saudades de escrever isto). A partir das 19, com Fernando Alvim.