segunda-feira, dezembro 31, 2007

Ciências do Oculto



O ano novo vem aí e não há quem não queira saber o que lhe augura o futuro, se haverá predisposição astral, cósmica, gósmica, cómica para o cumprimento daqueles desejos enunciados à hora das passas: sobre a insondável (será?) e caprichosa (isso é de certeza) sorte iremos falar hoje, na última Prova Oral de 2007. Os convidados: Clara, da parte do Reiki; Vitória, reputadíssima cartomante; e Sofia Passos, taróloga.

Adivinha-se uma emissão transcendental. A partir das 19, com o transcendente Fernando Alvim. E até para o ano, que será, temos a certeza, um ano do caraças.

quinta-feira, dezembro 27, 2007

Os nossos ouvintes



A emissão de hoje é, de certa forma, uma homenagem a todos os nossos ouvintes, aqueles que nos têm aturado assiduamente ao longo do ano, partilhado connosco a fila de trânsito no regresso a casa, os que já lá chegaram e nesse momento picam o alho e recheiam as beringelas do jantar com a Prova Oral como banda sonora, os que não estão a fazer nada de especial se não a ouvir-nos: a todos vocês, obrigadinho.

E vai ser um autêntico choque de Titãs, com dois dos nossos ouvintes como convidados – daí a homenagem –, escolhidos por terem sido os que mais se destacaram ao longo deste ano com as suas participações, ora bizarras, ora divertidas. São eles o Paulo, o nosso Guru do Sexo (diz ele, vamos ver), em embate único – amigável, sim, porém estrondoso (deixem as crianças a distância segura) –, com o nosso Brás.

Via 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue, podem fazer claque por um dos lados (se não souberem o panfleto eleitoral de cada um, não importa, tirem à sorte e façam claque na mesma); mas sobretudo podem fazer um balanço de um ano de Prova Oral, contar-nos sobre alguma emissão de que tenham gostado particularmente, gostado assim assim, desgostado, dizer dos temas que mais vos interessam, dos que acham que deveríamos abordar mais vezes; e, das nossas apresentadoras (porque apresentador só temos um – não é um programa perfeito, pronto), a voz que mais vos excita.

A partir das 19, com Fernando Alvim e Rita Amado (por falar em vozes excitantes).

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Uma existência palavrosa



Uma emissão palavrosa com um convidado que vive das palavras, quer como editor das Quasi e da Magnólia, quer como ficionista (Todos os Dias, que acabou de sair também no Brasil, O Dom, o seu último romance), quer como poeta (entre outros títulos, Biologia do Homem e Livro de Estimação) – falamos de Josrge Reis-Sá, um famalicense nascido em 1977 que insistiu em não se mudar para Lisboa e faz o que faz a partir da periferia.

Vamos saber como está a edição de livros no país onde pouco se lê, dos custos e benefícios de estar fora de um grande centro urbano, o que torna publicável um original, no meio dos milhentos que recebe todos os meses de jovens candidatos a escritores e a poetas, quais as perspectivas de mercado duma editora independente, que ainda por cima insiste em editar poesia, face a esta onda de concentrações editoriais (a título de exemplo, o Grupo de Paes do Amaral comprou, de uma assentada, a Asa, a Caminho, a Texto Editora, a Nova Gaia, a Gailivro, e correm rumores de negociações para a compra da Dom Quixote). Falaremos também de histórias, de como um ficcionista escolhe as que acha que merecem ser contadas, da paz (ou não) de espírito necessária para as escrever – e tudo o mais que quiserem perguntar e comentar via 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue.

A partir das 19, com Fernando Alvim.

terça-feira, dezembro 25, 2007

Ho ho ho



Tal como o Natal, que é quando os homens e as mulheres quiserem, o sexo também. Depois desta belíssima frase introdutória, muito a propósito da quadra, vamos aos convidados: Quintino Aires, Psicólogo Clínico, que exerce nas áreas da Psicoterapia e Neuropsicologia e é autor do livro O amor é uma carta fechada (edição Asa), do qual já falámos especificamente numa emissão anterior da Prova Oral; depois teremos a Felina, autora de O meu ponto G (edição Edição Magnólia), que também por cá andou, salvo seja; e, por fim, duas adolescentes que nos darão o seu particular testemunho vivencial. O sexo e a adolescência, o tema ideal para desenjoar das doses insanas de ferreros rochês e copinhos de vinho do Porto que acompanham dias como o de hoje. A partir das 19, com Fernando Alvim, ho ho ho.

quinta-feira, dezembro 20, 2007

As canções, segundo Rui Veloso



Aquele que muitos apelidaram de pai do rock português (embora o próprio decline o epíteto e diga que é só pai dos filhos que tem), acabou de lançar o seu Song Book (edição Prime Books) e vai estar hoje á conversa connosco. Falamos de Rui Veloso, claro, e de um livro precioso que contém as letras e as pautas musicais das 27 canções mais marcantes da sua já longa carreira: Bairro do Oriente, Chico Fininho, Sei de Uma Camponesa, Saiu para a Rua, Sagayo Blues, A Gente não Lê, Guardador de Margens, Porto Côvo, Cavaleiro Andante, Porto Sentido, Fado do Ladrão Enamorado, O Prometido É Devido, Não Há Estrelas no Céu, A Paixão (Segundo Nicolau da Viola), Nativa, Má Fortuna, Lado Lunar, Já não há Canções de Amor, Benvinda Sejas Maria, Inesperadamente, Todo o Tempo do Mundo, Jura, As Regras da Sensatez, Primeiro Beijo, Nunca me Esqueci de Ti, Não Queiras Saber de Mim e Brilho Dental.

Vamos falar de canções. Como nascem, como se trabalham, que características fazem uma boa canção, quais as que mais marcaram o nosso convidado – e, via 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue, digam-nos também vocês das vossas canções preferidas, aquelas que, por exemplo, associam a uma fase específica da vossa vida – um namoro, um fim de namoro, por exemplo –, as mais felizes, as mais tristes, as mais pirosas.

É a partir das 19, com o cançonetista Fernando Alvim e a cantautora Rita Amado.

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Ripa na Rapaqueca



Na emissão de hoje abordaremos a fórmula mais cobiçada de todas – mesmo mais que a do elixir da eterna juventude, a das viagens no tempo, a dos bitoques do senhor Armando –: Como Tornar o Benfica Campeão (edição da Oficina do Livro). Em estúdio vamos ter um dos autores do livro em causa, Camilo Lourenço, jornalista (o outro autor, também jornalista, é José Marinho), e o seu, de certa forma, protagonista, José Veiga.

A nota de imprensa destaca vários tópicos: «as transferências milionárias; a ruptura com Pinto da Costa; os segredos do balneário; os diferendos com Luís Filipe Vieira»; e remata com «não há sucesso sem política desportiva coerente e disciplina no balneário. José Veiga conta os segredos que permitem transformar perdedores em campeões».

Estão, pois, convocados todos os treinadores de bancada, de sofá, de cozinha e demais divisões da casa para nos darem a vossa única, inimitável e preciosa receita de sucesso no campeonato, comentar as dicas dos nossos convidados, indagar sobre algum dado que vos falte (se bem que um treinador de bancada que se preze nasceu já especialista e sabe sempre tudo de antemão): em directo e a viva voz via 800 25 33 33, em diferido e por escrito via caixa de mensagens do blogue. A partir das 19, com Fernando Alvim e Cátia Simão.

terça-feira, dezembro 18, 2007

McCann



O caso McCann dispensa apresentações: por muito alheado que alguém possa ter vivido nestes últimos meses, já certamente ouviu falar dele e terá tropeçado em pelo menos dúzia e meia de especulações e teorias. E é um livro sobre o assunto que vamos trazer hoje à Prova Oral – A Culpa dos McCann (edição Guerra & Paz –, com a presença do autor, o jornalista Manuel Catarino. Sobre o livro disse Francisco Moita Flores aquando da apresentação:

«O livro de Manuel Catarino lança um olhar frio sobre este gigantesco complexo de manobras, suspeitas, insinuações, crenças que, sete meses depois, continuam a abalar os noticiários do mundo inteiro. Ninguém procure nestas páginas descobrir se foi rapto ou homicídio, pois não encontrará essa resposta. Mas quem o ler ficará mais próximo das verdades já demonstradas e conseguirá melhor organizar as suas dúvidas sobre aquilo que ainda não se conhece. Não é apenas um livro oportuno. É uma reportagem de grande fôlego. Um documento indispensável para um dia, quando se fizer a história do desaparecimento de Madeleine.»

A nota de imprensa da editora, dá conta de alguma polémica que ronda a publicação:

«A publicação do livro A Culpa dos McCann recebeu uma forte cobertura internacional – nem sempre verdadeira ou precisa. Recentes notícias publicadas nas versões online do Daily Mail e do Evening Standard são um exemplo desse tipo de desinformação ou distorção. A editora informa que tanto os títulos como os artigos que noticiam afirmar o livro, ou mesmo sugerir, que "Madeleine e os gémeos NUNCA estiveram no apartamento de férias" (sic) são totalmente falsos, sendo da responsabilidade editorial dessas publicações. A fim de prestarem um serviço qualificado aos seus leitores, recomendamos a leitura do livro antes de serem produzidos tal tipo de comentários; seria, também, uma oportunidade para incrementarem o seu nível de conhecimento da língua portuguesa. A liberdade de imprensa e de opinião são, como o livro claramente prova, referências fundamentais para a GUERRA E PAZ EDITORES. Porém, na óptica da editora, têm de aliar-se ao rigor e à permanente busca da verdade – ambas características do livro de Manuel Catarino. Às vezes, "pequenos detalhes" fazem a diferença.»

Vamos falar sobre a pertinência deste livro: se é apenas mais um sobre um caso muito batido, ou traz consigo uma proposta de reflexão diferente; e o título escolhido, que insinua um culpado, não tende mais para o populismo que para a reflexão?; alguma vez se saberá o que de facto aconteceu naquele dia fatídico?; as polícias foram competentes, fizeram o que tinham a fazer?; o que fez deste caso o mais mediático de todos quando, infelizmente, tanto cá como em Inglaterra, o desaparecimento de crianças não é um fenómeno tão raro assim?

Perguntas, comentários e teorias para o 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue. A partir das 19, com Fernando Alvim e Rita Amado.

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Call Girl



Dia de cinema português na Prova Oral com dois convidados de luxo que, ultimamente, o têm posto na ordem do dia: o realizador António Pedro Vasconcelos e a actriz Soraia Chaves. Sobre a mesa estará o filme Call Girl (nos cinemas a 27 de Dezembro). Uma breve sinopse:

«Maria, uma call girl de luxo, é contratada por Mouros para seduzir Meireles, presidente de Vilanova, na tentativa que este autorize uma multinacional a construir um empreendimento turístico de alta qualidade. Entretanto, Madeira e Neves, polícias da PJ, descobrem indícios de corrupção e começam a investigar Meireles. Tudo se torna ainda mais complexo quando Madeira descobre que Maria, a paixão da sua vida, é o isco que obrigará o político a ceder...»

Mais uma vez a mistura de sexo e poder a ser o motor de uma história: são estes os ingredientes infalíveis das boas histórias? Para lá do aspecto ficcional da coisa, há neste filme, também, um bocadinho de retrato do nosso país político? Para quando Soraia Chaves no papel de uma solteirona chata, sonsa e assexuada?

Perguntas e comentários via 800 25 33 e caixa de mensagens do blogue (no fim da conversa leiloaremos o microfone com os perdigotos da Soraia Chaves). A partir das 19, com Fernando Alvim.

quinta-feira, dezembro 13, 2007

A casa da Mariquinhas



Raquel Tavares é uma das novas vozes do fado. Lemos na sua biografia: «nasceu em Lisboa, no dia 11 de Janeiro de 1985, oriunda de uma família com ligação ao panorama musical da canção de Lisboa. Desde muito nova frequentava os cantos e recantos a que alguns poderão chamar guetos ou as tertúlias do fado. Os estudos levaram-na a outros caminhos, seguindo um percurso normal de educação e amadurecimento, até ao momento em que o destino, o “seu” fado, a levou a decidir a sua vida e carreira. Voltou aos lugares habituais do Fado, já com 18 anos de idade. Passou pelas casas de Fado “Café Luso”, “Sr. Vinho”, “Arcadas do Faia”, “Adega Mesquita”, “Adega Machado” e por fim integrou o elenco da “Casa de Linhares”. Assinou com a Movieplay Portugal (Editora) e com a HM Música (Management), gravando finalmente o seu primeiro disco e criando o seu espectáculo, sempre ao redor de uma personagem que se baseia numa forma mais artística que a mera realidade.»

Vai estar connosco hoje para falar, não só do seu percurso, mas sobretudo do fado de uma maneira geral, das novas vozes que o povoam e o trouxeram de novo à ribalta e a um público que, à partida, não estaria interessado em ouvi-lo – e que agora o ouve. Estará o fado na moda? Muitas destas novas vozes, mais do que interesse específico no fado, não optarão por o cantar por uma questão de «viabilidade» e deslumbradas com as perspectivas de internacionalização que ele promete? Há, de facto, a par de novos fadistas, um novo público para o fado? E esse público terá ganho gosto e curiosidade em ir às raízes?

Telefonem para o 800 25 33 33 ou escrevam para a caixa de mensagens do blogue: partilhem connosco as vossas preferências, quais destas novas vozes vos cativam mais e se elas mudaram de alguma forma a vossa relação com o fado. A partir das 19, com o gingão Fernando Alvim e a castiça Cártia Simão.

quarta-feira, dezembro 12, 2007

O fascínio de ser Professor



Contra todos os contras que grassam, nos dias de hoje, a actividade de ser professor, João Paiva (Professor Auxiliar no Departamento de Química – Secção de Educação –, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto) resolveu dar conta sobretudo dos aspectos positivos da sua profissão, através do livro O Fascínio de Ser Professor (edição da Texto Editora). Diz-nos a nota de imprensa:

«O Fascínio de ser Professor é, em certo sentido, uma conversa informal com o leitor. Com algum tom autobiográfico, o autor João Paiva, aborda vinte «pólos educativos, posicionando-se (moderadamente) face a dicotomias como razões/afectos, autoridade/diálogo ou palvra/imagem. O prazer de estar em palco no teatro da educação é a seiva destas palavras. A par das reflexões e sugestões, relatam-se experiências do autor enquanto professor de química. A química é um agradável álibi: haja o que houver nas escolas e nas reformas educativas, o fascínio será sempre a mola do professor. O fascínio vai além de um jogo de pólos. O fascínio é o eixo que faz mover a escola e, assim, anima o mundo.»

Estão convidados a participar na conversa todos os professores, alunos e encarregados de educação que nos ouvem: ainda há professores daqueles que marcam positivamente a carreira de um aluno e são definitivos nas suas escolhas futuras?, ou a precariedade de muitas colocações, a preocupação constante por não se saber onde se estará colocado no ano que vem (ou no mês que vem), açambarca tanto a mente de quem dá aulas que sobra muito pouco para o prazer de as dar, para o desenvolvimento profissional e para o envolvimento com a escola e os alunos? Contem-nos que atributos acham essenciais num bom professor – e, porque nem só de desgraças vive o ensino, partilhem connosco algumas experiências positivas que tenham tido, enquanto professores ou enquanto alunos. O telefone é o 800 25 33 33 e está disponível a fiel caixa de mensagens do blogue.

Toca para dentro às 19. Com Fernando Alvim.

terça-feira, dezembro 11, 2007

Começar bem



Depois das suas primeiras cenas e aventuras no mundo das pessoas crescidas, a princesa Sissi está de volta com uma bíblia, A Bíblia de Sissi (edição Prime Books), apresentado como o livro dos preliminares: «o livrinho que, por ter informação tão preciosa, deve ser guardado juntamente com a sua vida. São 100, sim 100, dicazinhas de extrema importância para todos quantos almejam o Nirvana sexual. Do toque ao beijo, da mama ao mamar, do depressa ao devagar, há de tudo na Bíblia de Sissi.»

Nem sei por onde começar (perceberam o trocadilho?). Aprendamos com os montanhistas para quem o verdadeiro começo, rumo ao topo da montanha, está muito antes da escalada propriamente dita; tenhamos em conta que a nossa língua não foi feita só para falar, os nossos dedos são muito mais que meros instrumentos de teclar no msn e que a nossa capacidade de sucção não se esgota na palhinha do refrigerante: que importância dão aos preliminares?, acham que o que começa torto dificilmente se endireita?, contem-nos daqueles gestos que vos fazem imediatamente descolar da terra e embicarem (embicar, segundo o dicionário, vem de bico) direitinho ao clímax, sem paragem em mais nenhum apeadeiro?; e o que são para vocês preliminares desastrosos?; apreciam acessórios diversos e fruta da época metida ao barulho, ou são acérrimos defensores do uso exclusivo dos atributos com que o criador vos dotou?

Como diz a nossa convidada no seu blogue, a respeito da emissão de hoje: «Eu e o Alvim vamos discutir preliminares. É coisinha para se fazer história. Não percam e entrem em directo para falar connosco. Um must.»

Perguntas, sugestões e comentários via 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue. Com Fernando Alvim e Marisa Jamaica. A partir das 19 – mas podem vir um bocadinho mais cedo.

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Empregos, empregados, empregadores



Já acabou o tempo em que um emprego era para a vida toda – para o bem e para o mal (para o mal demasiadas vezes, infelizmente). Sobreviver como «empregado» depende muito, além da formação, claro, da nossa capacidade de mudar depressa e bem, de estar em cima do mercado de trabalho e antever-lhe os tiques, as taras e as manias. E foi a pensar nestas idiossincrasias laborais que convidámos Pedro Figueiredo, um dos responsáveis do site Empregos Online:

«O site Empregos Online foi criado em 2002 por 2 especialistas em sistemas de pesquisa, que decidiram que era a altura perfeita para criar um motor de pesquisa vertical, actualizado em tempo-real, que reúnisse links para ofertas de emprego de dezenas de fontes em Portugal e no Estrangeiro.

O sucesso foi instantâneo. Em apenas 4 anos tornámo-nos uma referência na área do recrutamento online, contando já com uma equipa de 8 pessoas que diariamente contruibuem para que mais de 100 utilizadores encontrem o emprego que procuram e dezenas de empresas encontrem o candidato certo.

O site tem subsistido sem fundos de apoio de qualquer espécie, garantindo um modelo sólido de crescimento e rentabilidade, assente nas reais necessidades do mercado.

O nosso modelo baseia-se em criar destaques a ofertas de emprego que garantam uma visibilidade total e transversal aos utilizadores através da internet, com elevada qualidade, custos controlados e o ROI mais competitivo do mercado. Mas não só.»

A «geração recibo verde» (aquela que elegantemente tem de saltar de emprego para emprego como um elefante de nenúfar em nenúfar na travessia do rio) e afins, está convidada a participar na conversa, a dizer-nos como sites deste tipo têm contribuído para a sua mobilidade no mercado de trabalho, que outras fontes de informação usam, que conselhos baseados na vossa experiência dariam aos outros intrépidos e aventureiros descobridores de emprego (perto disto, a descoberta do Brasil até nem foi façanha digna de tanto espanto). O telefone é o 800 25 33 33 e está também disponível a caixa de mensagens do blogue. A partir das 19, com Fernando Alvim e Marisa Jamaica.

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Catolicismo, bilocação, chili com carne e outros mistérios



O nosso convidado é o escritor espanhol Javier Sierra, autor de A Senhora do Manto Azul (edição Bertrand), um livro onde comete a proeza de juntar catolicismo, chili com carne e bilocação. Catolicismo toda a gente faz uma ideia do que é e chili com carne também (caso tenham dúvidas, fica aqui a receita). Quanto à bilocação, adianto-vos que, segundo o dicionário, é o «facto de uma pessoa poder estar, por milagre, em dois lugares distintos, ao mesmo tempo». Agora falta só saber o que une estas coisas todas. A sinopse d'A Senhora do Manto Azul dá umas dicas:

«No século XVII, a Inquisição acusou Maria Jesus de Ágreda, uma freira espanhola nascida na aldeia de Ágreda, de ter percorrido 500 vezes uma distância de 9000 quilómetros sem alguma vez ter deixado o seu convento em Espanha. Os relatos da evangelização do Novo México, no sudoeste daquilo que são hoje os Estados Unidos, incluem inúmeras referências a uma “senhora de azul” que teria aparecido à comunidade índia repetidas vezes antes mesmo de os missionários espanhóis chegarem ao local. Essa senhora seria nada mais nada menos do que Maria Jesus de Ágreda.

A imagem desta freira no folclore índio é tão poderosa que a receita original do ‘chili con carne’, o mundialmente famoso prato mexicano, lhe é atribuída. Da mesma forma, a escolha da Bluebonnet como flor oficial do estado do Texas terá sido influenciada pela sua última visita ao Novo México, ao longo da qual um rasto de flores azuis teria nascido no lugar em que pousara o seu manto. E o seu testemunho de fé, impresso em 1670 no volume Mystical City of God, foi uma das principais fontes do guião do polémico filme A Paixão de Cristo, realizado por Mel Gibson.

Apaixonado pelo mistério de Maria de Ágreda, Javier Sierra cria uma história passada entre a Europa e a América dos nossos dias, em que a lenda desperta simultaneamente a curiosidade de um padre, de um jornalista e de uma antiga funcionária do Ministério da Defesa dos Estados Unidos com um historial de envolvimento em experiências de espionagem psíquica. O fenómeno da bilocação, que está no centro da enigmática lenda da “senhora de azul”, é aqui associado a um projecto especial que une o Vaticano e o Departamento de Defesa dos Estados Unidos: uma investigação sobre a possibilidade de viajar no tempo.»

Javier Sierra já antes tinha publicado, entre outros, «O Segredo da Última Ceia», livro que vendeu que nem tremoços por esse mundo fora. Ao que parece, os mistérios relacionados com o catolicismo continuam a interessar a um público muito vasto, e hoje vamos saber, entre outras coisas, como se apaixonou o nosso convidado por esta temática, como a investiga, o que há de realidade e ficção nestas histórias. Vocês podem igualmente dar largas à curiosidade, colocar questões, fazer comentários, contar-nos sobre os mistérios que mais vos intrigam, desde os mais transcendentes até ao clássico da pêra inteira dentro da garrafa de aguardente. O telefone é o 800 25 33 33 e está disponível também a caixa de mensagens do blogue. A partir das 19, com Fernando Alvim e Rita Amado.

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Pela estrada fora



Interiores, exteriores, à volta do quarto ou à volta do mundo: há viagens para todos os gostos e feitios – e é delas que vamos falar hoje, tomando como mote a que o nosso convidado, Gonçalo Gil Mata, um jovem engenheiro informático que não se resignou a queimar as pestanas num monitor e a ficar com a textura do tecido da cadeira gravada nas nádegas (isto começa bem), fez e relatou no livro Buenayork, editado pela Verso da Kapa.

Sinopse: «Neste livro, Gonçalo Gil Mata leva-nos no assento da sua mota a percorrer 40 000 km, entre Buenos Aires e Nova Iorque, numa empolgante odisseia de 7 meses, através do fascinante continente americano. Os relatos das suas vivências e experiências são descritos de forma cativante e viciante, tornando-nos seus companheiros de viagem. Gonçalo conta-nos ainda como se preparou para concretizar este sonho: a angariação de patrocínios, a burocracia, a logística, os custos, e como teve a coragem de deixar um emprego estável. Este livro é um incentivo para quem gosta de viajar e partir à descoberta de si próprio.»

Vamos, durante esta hora, viajar com as memórias do Gonçalo Gil Mata, saber de episódios curiosos, se alguma vez se viu em apuros, o que mais o fascinou, e se a perspectiva que tem do mundo e do que andamos nele a fazer se alterou após esta aventura. Via 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue, para além das perguntas e comentários, contem-nos das vossas viagens mais arriscadas ou insólitas ou felizes ou marcantes; e se já vos ocorreu, à semelhança do nosso convidado que simplesmente mandou ao ar o emprego certinho e promissor que tinha, mudar de vida de forma assim tão radical.

É a partir das 19, com Fernando Alvim e Cátia Simão.

terça-feira, dezembro 04, 2007

O meu herói interior



«Doutor, às vezes sinto remexer dentro de mim, cá dentro das minhas entranhas; serão lombrigas?»; «hum, não creio... talvez haja um herói dentro de si»; «ai... e se for o David Hasselhoff com o Kitt? Parecendo que não, o carro é grande e anguloso e deve custar muito a sair. Eu bem desconfiava do cheiro a gasolina e a borracha queimada que, em certas noites mais solitárias - a chuva lá fora a fustigar a janela -, me vinha a despropósito ao espírito. Será grave?» A esta questão responderá o nosso convidado de hoje, Jaime Graça, Psicólogo e Psicoterapueta, que por estes dias vai ministrar uma «workshop vivencial» de nome O Herói Dentro de Nós, uma workshop que «procura fazer acordar essa criança que acreditava no nosso potencial, essa criança que ainda existe dentro de nós e que quer mais do que a monotonia de uma existência sem brilho nem direcção. Essa criança que ainda hoje se deixa fascinar por histórias como a Guerra das Estrelas, Lawrence da Arábia, Romeu e Julieta, O Senhor dos Anéis, Matrix, Fernão Mendes Pinto, Dune, Excalibur, Camões e 2001 - Odisseia no Espaço, entre outras».

Vai ser uma hora de auscultação interna à procura do pessoal e intransmissível herói esguio – sim, tipo lombriga –, que se nos aloja dentro, que come do que nós comemos, não paga água nem luz nem renda da casa – e no entanto reclama atenção e exige levar-nos para algum lado a que a nossa lida quotidiana engelha o nariz. Via 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue, falem-nos então desse oitavo passageiro (embora com melhor aspecto e menos viscoso, esperamos, que o do filme) que, volta e meia, sentem que têm dentro e que quer sair. Podem também comentar e colocar as questões que vos apetecer. É logo à tardinha, a partir das 19, com Fernando Alvim e Rita Amado.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Alternar é preciso



As questões energéticas estão na ordem do dia – e vão estar por muitos e longos anos, pelo menos enquanto o cenário da dependência do petróleo, com tudo o que isso implica, não mudar significativamente. E é exactamente de alternativas ao petróleo que vamos falar hoje, aproveitando a boleia do I Congresso de Energias Alternativas, que acontecerá a 6 de Dezembro em Viana do Castelo.

Como estamos de Energias Renováveis em Portugal?, que programas foram, estão a ser ou serão implementados no nosso país?, uma mais generalizada de edifícios energeticamente eficientes é uma miragem?, poderemos nós ambicionar, a médio prazo, a sustentabilidade à custa de Energias Renováveis e menos poluentes?, é a mesma coisa falarmos de Energias Alternativas e de energias amigas do ambiente (estou a lembrar-me do biodiesel, por exemplo)?, qual tem sido e qual deverá passar a ser o papel das universidades nesta matéria? e, já agora, que cursos há dedicados às Energias Alternativas e que novas profissões poderão surgir?, e que novos negócios?

Os nossos convidados, a quem vocês podem e devem endereçar as vossas dúvidas e comentários – 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue, como de costume –, são o Eng. Carreira Soares (Director Geral do Trade Center Português), o Eng. Carlos Campos (Presidente da APISOLAR - Associação dos Industriais da Indústria Solar), o Eng. Pedro Rodrigues (Especialista em Biodiesel) e a Eng. Estela Almeida (Técnica da Associação Florestal do Lima). Como vêem, uma mão cheia de especialistas nestas áreas (este estúdio nunca teve tanto engenheiro por metro quadrado) com quem vale a pena aprendermos um bocado – porque só sabendo dos assuntos poderemos opinar, e opinar é uma coisa muito bonita porque, como diz o ditado, quem opina, seus males declina. A partir das 19, com os renováveis e amigos do ambiente Fernando Alvim e Marisa Jamaica.

quinta-feira, novembro 29, 2007

Os dias da Rádio



Eu não quero escandalizar os nossos ouvintes com menos de vinte anos, mas, há umas poucas décadas, não havia Internet, telemóveis, quinhentos e vinte e três canais de televisão – e o único que havia não chegava a todo o lado – nem as inumeráveis almas gémeas da Elsa Raposo. E sabem como é que o pessoal se entretinha (pronto, para além disso que estão a pensar)? A ouvir rádio.

E são desses tempos a maioria das histórias que nos traz Marcos Pinto com o seu livro NO AR 100 Histórias da Rádio, editado pela Prime Books. Diz-nos a nota de imprensa:

«Este livro é um programa de rádio que sintoniza as histórias de 20 das maiores vozes da rádio portuguesa das últimas décadas. Lê-se em directo, sem publicidade pelo meio e só com intervalos definidos pelos leitores, que se transformam, ao longo destas páginas, em ouvintes.

Histórias que aconteceram em directo, no estúdio, no exterior. Histórias inesquecíveis de bastidores. Histórias inéditas. Para onde foi Joaquim Furtado, no dia 25 de Abril de 1974, depois de ter passado horas a fio no Rádio Clube Português? O que relatou Carlos Cruz num Lusitano-Sporting? Que relação tem António Sala com Maria Vitória? Que ameaça fez Artur Agostinho à Rainha de Inglaterra? E que conversa teve Júlio Isisdro com a polícia num momento difícil? Qual a mascote de António Macedo no Mundial 2006? E como é que Fernando Correia fez um relato em directo a partir do quarto de um hotel?

Participam neste livro: Adelino Gomes, António Macedo, António Sala, Artur Agostinho, Cândido Mota, Carlos Cruz, Emídio Rangel, Fernando Alves, Fernando Correia, Francisco Sena Santos, Jaime Fernandes, João David Nunes, Joaquim Furtado, Jorge Perestrelo, José Nuno Martins, Júlio Isidro, Luís Filipe Costa, Paulo Fernando, Ruy Castelar e Victor Espadinha.»

Em estúdio, vamos ter não só Marcos Pinto, o autor do livro, mas também um dos seus – chamemos-lhe assim – personagens, Ruy Castelar.

Os nossos ouvintes mais velhos podem partilhar connosco as suas histórias – alguma coisa divertida ou bizarra ou marcante que vos tenha acontecido e em que a rádio entre; os mais novos, que ainda devem estar a recuperar do choque de afinal ter havido vida antes da Internet e dos telemóveis – que a haja vida em Marte, ainda vá –, podem satisfazer a vossa curiosidade sobre estas ancestrais práticas. O telefone é o 800 25 33 33 e está disponível a caixa de mensagens do blogue. A partir das 19 com Fernando Alvim e Rita Amado – que daqui a quarenta anos participarão num livro semelhante, dentaduras postas, um brilhozinho de saudade nos olhos, a voz trémula: sabem, no meu tempo...

quarta-feira, novembro 28, 2007

TEMA LIVRE

Íamos falar de Crianças mas o nosso convidado está em Consulta Médica. Infelizmente, não aqui!

Sendo assim temos a anunciar com toda a pompa que o tema é LIVRE.

O Livro da Criança



Hoje, para variar, uma emissão sobre os mais piquenos, com o pediatra Mário Cordeiro, que vem à Prova Oral apresentar o seu novo livro, O Livro da Criança, acabado de editar pela Esfera dos Livros.

A sinopse: em O Livro da Criança, o pediatra Mário Cordeiro fala-nos das crianças do 1 aos 5 anos. Embora não tenhamos memórias vivas deste período, trata-se de uma fase marcante das nossas vidas, já que é nestas idades que se estabelecem os princípios e valores, o sentimento social e a segurança afectiva. Em que os neurónios se organizam como nunca mais na nossa vida, e em que o cérebro fisicamente se desenvolve em dependência com o ambiente, o afecto, as regras e o contexto familiar e social. É também neste período que se dá a importante passagem da linguagem pré-simbólica para a linguagem simbólica. Para além da alimentação ou da higiene, sempre fundamentais quando se fala de uma criança, do 1 aos 5 anos há outras questões que preocupam os pais: – Como lidar com uma birra? - Como ensinar o meu filho a deixar as fraldas? – O que fazer quando as refeições se tornam intermináveis? - Como acompanhar o meu filho na escola? – O que fazer quando pedem chocolates, gomas e refrigerantes? – Quando deve o meu filho começar a aprender uma segunda língua? - Há «horas de ir para a cama»? – Como controlar as horas em frente da televisão? – Como posso explicar ao meu filho que não posso comprar tudo o que ele quer? – Como descodificar o choro, a agressividade, a raiva?»

Estão, pois, convidados todos os pais em potência, os que já efectivamente o são e babam como manda a regra (no mínimo dois baldes de baba diários), tios orgulhosos, madrinhas solteironas beliscadoras de bochechas rosadas, irmãos mais velhos à beira de um ataque de nervos, educadores, etc. & etc., para, via 800 25 33 33 e caixa de comentários do blogue, contarem as vossas experiências e partilharem as vossas dúvidas relacionadas com os piquenos, os petizes, os palmo-e-meio, os jean-pierre-vien-ici, raio do miúdo, que já lhe disse vezes sem conta para não mandar bolinhas de papel insalivado às meninas do Velásquez que o pai tem pendurado na parede do escritório, quando pode muito bem ir desenhar bigodes ao menino da lágrima da chaminé da sala que eu não me importo.

A partir das 19, com Fernando Alvim.

terça-feira, novembro 27, 2007

Um telefone saudável



Porque às vezes uma informaçãozinha, vinda de fonte fidedigna, fiável, sobre o que nos vai dentro – refiro-me ao corpo e não à alma – nos pode evitar um dia perdido na sala de espera do senhor doutor, vale a pena falarmos da Linha Saúde 24, onde «todos os dias, 24 horas por dia, basta ligar o 808 24 24 24 e entrará em contacto com Profissionais de Saúde qualificados e especialmente formados que lhe darão os melhores conselhos sobre a forma de lidar com a sua situação de saúde em particular. Seja ajudando-o a resolver o problema você mesmo ou encaminhando-o para o serviço de saúde mais adequado».

Descrição de sintomas, se valerá a pena ir ao médico, dúvidas acerca da medicação que se anda a tomar, aconselhamento personalizado para aqueles dias de calor extremo ou de frio extremo, etc., é o que se pode encontrar neste serviço – sobre o qual os nossos convidados de hoje, Engenheiro Martins (director do projecto) e o Enfermeiro Pedro Simões (director do Centro de Atendimento), virão contar tudo: as grandes vantagens, que parecem óbvias, mas também as limitações, uma vez que, neste caso, o médico não está a ver o paciente (e não o poderá brindar com um pau de gelado debaixo da língua, uma marteladinha nos joelhos, um estetoscópio gelado no peito, um clister, uma sonda – e sei lá que mais).

Comentários e dúvidas para o 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue. A partir das 19, com Fernando Alvim e Rita Amado.

segunda-feira, novembro 26, 2007

O esférico rolando libidinosamente pelas ervas do descampado



José Nunes é jornalista desportivo e autor da rubrica Linha Avançada, aqui na Antena 3. Pois bem: a Linha Avançada acabou de sair em livro (Edição da Texto Editores). Trata-se de um volume que, como nos diz a nota de imprensa, reúne «alguns dos melhores momentos do programa que nos últimos anos tem feito rir milhares de ouvintes que acompanham, de manhã cedo e ao fim da tarde, as peripécias do mundo do futebol na óptica de um dos mais mordazes críticos do jornalismo desportivo nacional».

É José Nunes o nosso convidado e vamos falar de futebol. Sobretudo, brincar com o futebol: jogar à bola sem bola, dar à lábia, à salutar má-língua e, quem sabe, se a arte e o engenho nos ajudar, talvez façamos um ou dois pares de trocadilhos espirituosos. Querem, pois, melhor tema para uma segunda-feira, mal-humorada por definição, e com a última jornada do campeonato ainda fumegante na relva como um montinho de matéria orgânica bovina acabada de expelir?

O 800 25 33 33 e a caixa de mensagens do blogue estarão ao serviço das vossas impressões futeboleiras – da última jornada, do campeonato, de algum jogador que estimem particularmente, de outro com quem não atinam nem com intervenção divina, as arbitragens, as direcções, o Scolari e o José Mourunho puxando a senha-sua-vez à entrada do centro de emprego.

A partir das 19, com o trinco Fernando Alvim e a lateral direita – às vezes esquerda, às vezes média defensiva, central volta e meia, ponta de lança só nos dias difíceis – Marisa Jamaica.

quinta-feira, novembro 22, 2007

Crónica da Vida Social dos Ocultistas



Luís Filipe Sarmento é jornalista, escritor, tradutor e realizador de vídeo e televisão e vem aqui hoje apresentar o seu romance Crónica da Vida Social dos Ocultistas (edição Zéfiro; e podem ler aqui o primeiro capítulo), uma sátira tenaz sobre o «chamado mundo do esoterismo. A leitura da Crónica da Vida Social dos Ocultistas revela-se compulsivamente cativante porque provoca, satiriza, por vezes choca. Um livro divertido, muito actual, que lança o descrédito sobre os falsos ocultistas que se aproveitam da ignorância e da credulidade dos outros».

Ficaremos com este livro, finalmente, a saber coisas sobre o quotidiano do Professor Karamba, do Professor Amine, do Mestre Pau-Santo, do Vidente Botim de Prata, do Médium Coça-me as Costas e sei lá quem mais – todos eles nossos conhecidos nem que seja apenas por causa dos papelinhos que costumam deixar-nos presos ao limpa pára-brisas do carro? Precisará um vidente de provar o vinho para lhe saber a casta, o ano e a micose no pé de um dos pisadores do lagar? Como fará o Professor Karamba para escolher uma meloa no hipermercado? Recorrerá à apalpação como todos nós, comuns mortais?

Perguntas e comentários deste e doutro mundo para o 800 25 33 33 e caixa de comentários do blogue, a parir das 19 com Fernando Alvim e Cátia Simão.

quarta-feira, novembro 21, 2007

Diga 33


Quantas vezes não saiu de um consultório médico com um diagnóstico que para si era "chinês"? Quantas vezes não se viu com dificuldade em compreender uma bula? Quantas vezes não conseguiu decifrar o que vinha escrito nos resultados dos seus exames? Este livro vai ajudá-lo a resolver este tipo de problemas. Compreender a linguagem utilizada pelos profissionais da saúde é o objectivo deste manual, redigido numa linguagem simples e clara. Saber os termos utilizados na medicina não o obriga a ter conhecimentos profundos nesta área, mas não há dúvida que lhe vai facilitar a vida de todos os dias. Este é o primeiro livro português que procura desmistificar a linguagem médica.»

E o livro de que falamos é o Dicionário Médico Para Todos (Edição Livros d'Hoje), da autoria de Themudo Barata, nosso convidado, especialista em Fisiologia do Esforço no Human Performance Laboratory da Universidade do Texas, onde trabalhou até 1992, e donde saiu para ser médico do Sporting Clube de Portugal até 2001.

Aproveitemos então para – à laia de catarse – despejarmos aqui os termos mais indecifráveis que nos apareceram à frente nalgum exame ou nalguma sentença clínica, que o nosso médico de serviço explicar-nos-á o que querem dizer; e podemos igualmente fazer ao contrário: pegar em termos populares – tipo bicos de papagaio, espinhela caída, catarro derradeiro – e decifrá-los em directo. E vocês, costumam ler a bula dos medicamentos como quem lê um belo romance surrealista?; ainda se lembram do dia em que descobriram o que queria dizer «posologia diária»? E às vezes, público bem informado acerca dos termos técnicos todos, não acaba em «público com a mania que é médico» e que desata a auto-diagnosticar-se e a auto-medicar-se?

Telefone – 800 25 33 33 – e caixa de mensagens do blogue disponíveis para a vossa participação com perguntas e comentários. A partir das 19, com o dr. Fernando Alvim e a bela enfermeira Xana Alves. Prometemos que não vai doer nada.


PS: para os interessados, a música que abriu ontem a Prova Oral, é de Samim e chama-se Heater – ide, pois, youtubar em demanda da dita cuja.

terça-feira, novembro 20, 2007

O que elas pensam



Hoje vamos abordar um dos enigmas mais intricados do universo: o que é que vai na cabeça das moçoilas? Para nos ajudar a resolvê-lo (ou baralhá-lo ainda mais, logo saberemos), a nosso convidada de hoje, Rute Moreira, acabou de editar o Livro Para Saber o que as Raparigas Pensam (edição Guerra & Paz). Eis a sinopse:

«O que é que eu tenho de mudar
para ela gostar de mim ?

E se elas não quiserem nada connosco...
Damos-lhe um estaladão ?!

O que é que fazemos
quando elas nos irritam ?

Como é que é namorar…
o que é que se faz ?

Como é que eu sei se ela gosta de mim ?

Estas são algumas das perguntas que integram este livro. Uma conversa sobre as raparigas, os namoros e a vida, à procura de respostas para as dúvidas de um adolescente. Uma conversa entre uma mãe e um filho onde muitos segredos femininos são revelados, sem tabus, e com os cómicos de situação com que, ao longo do tempo, fomos desenhando este delicioso mundo dos relacionamentos entre homens e mulheres! Não é um livro de teorias. São só coisas que aconteceram, exemplos práticos e reais vistos à lupa, numa partilha de vivências, de sentimentos e maneiras de entender o mundo e a vida.

O Livro para Saber o que as Raparigas Pensam foi escrito para um rapaz adolescente mas é um livro aberto a qualquer pessoa. Aos rapazes adolescentes que também têm dúvidas, às raparigas que possam estar interessadas em descobrir como é que os rapazes pensam e o que é que os preocupa, e a todos os homens e mulheres que tenham deixado, na adolescência, algumas dúvidas por esclarecer.

É, por contingência e contexto, uma perspectiva feminina sobre os namoros, a vida e o modo como nos relacionamos com os outros e com a vida. Para o completar, no prefácio, guardamos uma perspectiva masculina do assunto, pela mão do Sérgio Godinho. Vejam então este livro como uma partilha. Partilhem as perguntas que guarda e procurem encontrar as vossas próprias respostas.»

Comentários, perguntas: estão eles e elas convidados a participar, via 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue, a partir das 19, com um dos duos «ele e ela» mais conhecidos da rádio portuguesa: Fernando Alvim e Cátia Simão.

segunda-feira, novembro 19, 2007

A Violência



Notícias de violência (ou «violências», já que as há muitas e diferentes), pululam que nem cogumelos pelos noticiários – embora os cogumelos não tenham culpa – e é inevitável a sensação de que a nossa sociedade actual é mais violenta do que era há uns anos. Mas será mesmo assim?, ou o que acontece é que hoje as notícias sobre violência são mais empoladas?

Seja como for, que ela existe, existe; e é hábito preferir vítimas mais fragilizadas, sem muito «corrimão» por onde se agarrarem – como por exemplo os imigrantes. E é sobretudo da violência exercida sobre alguns deles que vamos falar nesta emissão, com nosso convidado, de nome Nuno (sim, Nuno apenas), que é especialista nas máfias de Leste – e nos irá contar tudo sobre o assunto: como apareceram por cá, como actuam, que vítimas escolhem, que diferenças há entre elas e as outras máfias, o que se tem feito para as combater, e por aí adiante.

Perguntas e comentários via 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue – a partir das 19, com Fernando Alvim e Marisa Jamaica.

quinta-feira, novembro 15, 2007

Bom ambiente



Eis uma emissão de rádio contra as emissões de CO2. E perguntam-nos vocês: «a que devemos este trocadilho tão gracioso logo a abrir o post?». Então (para usar uma expressão originalíssima), é assim: o programa ambiental Climate Change College convidou os jovens portugueses a apresentar soluções concretas que diminuam as emissões de CO2 – que culminará com a sua ida ao evento final em Novembro, na Holanda, para seleccionar oito campanhas finalistas que vão ser implementadas. Depois, vai levar os vencedores a uma expedição ao Árctico, durante uma semana, para conhecer o quotidiano dos esquimós Inuit e testemunhar os efeitos do aquecimento global.

Como sempre acontece na Prova Oral, pegamos numa ponta do assunto e vamos por aí fora. E hoje não será excepção; com as nossas convidadas, Marta Quelhas e Rita Antunes, falaremos especificamente do Climate Change College, sim, mas também de Ambiente de uma maneira mais alargada: se a questão do aquecimento global é 1) menos grave do que parece, 2) tão grave quanto parece, 3) gravemente subestimada; se os nossos hábitos de lesa-ambiente se modificaram de facto ao longo dos anos (ou é só fogo de vista? ou modificaram-se mas para pior?); o que pode cada um de nós fazer no seu dia-a-dia de forma a melhorar o estado das coisas.

Desfaçam mitos, descodifiquem chavões científicos que nunca souberam muito bem o que querem dizer, façam perguntas, juntem comentários, via 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue. A partir das 19, com Fernando Alvim e Xana Alves.

quarta-feira, novembro 14, 2007

O que é nacional é bom?



Talvez não seja bom só por ser nacional, mas também não tem que ser mau por isso. Sobre a marca Portugal debruçaram-se os dois convidados de hoje, tendo resultado desse «debruçamento» dois livros (cada um com o seu, naturalmente, que não queremos cá intimidades). Ora, são eles – os convidados e os livros – Carlos Coelho, que é considerado uma das referências portuguesas na construção e gestão de marcas e que editou Portugal Genial (edição Diário Económico), onde apresenta «uma profunda investigação sobre as national equities (não desesperem, ele explicará o que raio é isto das national equities) que tornam o nosso país único, numa visão desafiante sobre 82 genialidades portuguesas capazes de contribuir para a afirmação contemporânea da marca Portugal no mundo». O outro convidado é Henrique Agostinho, autor de Vende-se Portugal (Edições Silabo), que conta como «Portugal perde por ano 10% da sua riqueza nos mercados internacionais. Um custo insuportável que podia ser eliminado, se a Marca Portugal não fosse gerida com os pés por comissões de burocratas. Sem meias medidas, este livro descreve um método de gestão para a Marca Portugal através do qual se arranca ao leitor uns sorrisos ou se torna Portugal um país rico e com um bem sucedido comércio externo».

Estão lançadas as bases da conversa. Vamos falar de como pode a designação «produto português», seja em batatas, iogurtes, bigodes, aparelhos dentários, ceroulas, software, música, literatura, futebol, etc., afastar, atrair ou deixar indiferentes os transeuntes. E como funciona com vocês?, produto nacional é, à partida bom, é, à partida, de se lhe torcer o nariz e desconfiar – ou não é nem uma coisa nem outra, que isto só experimentando?

Perguntas e comentários para o 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue. A partir das 19, com Fernando Alvim e Cátia Simão.

terça-feira, novembro 13, 2007

O desafio

Em resposta ao nosso desafio lançado hoje em antena, respondeu-nos Kathy A. Rodrigues, com estas fotos tiradas em Long Beach Island, nos Estados Unidos.





Anteciparte



O evento: «entre os dias 8 e 18 de Novembro, no Museu Nacional de História Natural, em Lisboa, vai ter lugar o maior evento nacional de incentivo à arte jovem – o Anteciparte Milenium BCP, no qual será apresentado, em primeira mão, a uma selecção da mais jovem expressão artística nacional, com obras de 13 artistas.

Foram 133 os candidatos que apresentaram as suas candidaturas para o projecto Anteciparte Milenium BCP, um concurso dirigido a todos os estudantes finalistas das várias escolas de arte nacionais, que se candidataram apresentando os seus portefólios e propostas de trabalho. No próximo dia 8 o projecto apresenta os trabalhos dos artistas finalistas seleccionados, mostrando o que de mais recente e melhor qualidade se está a produzir em Portugal no campo das artes plásticas.

Os finalistas: Ana Manso (1984) FBAUL; Carlos Filipe (1978) ESAD-Caldas da Rainha; Gonçalo Sena (1984) FBAUL; Liane Bosquê (1980) Ar.Co.; Mário Ambrózio (1982) Instituto Politécnico de Tomar; Mónica Gomes (1981) MauMau; Nuno Vicente (1981) ESAD-Caldas da Rainha; Ricardo Brito (1976) ESAD-Caldas da Rainha; Ricardo Leandro (1982) & César Engström (1982) Universidade de Évora; Rita GT (1980) MauMaus; Sónia Lopes (1982) Instituto Politécnico de Tomar; Susana Pedrosa (1983) MauMaus

Agora, a nossa convidada, Lúcia Marques, que é um dos elementos do júri: «Lúcia Marques é curadora e crítica de arte. Nasceu em Lisboa (1974), onde vive e trabalha. Formou-se em História da Arte e actualmente está a terminar o Mestrado em Estudos Curatoriais na Faculdade de Belas Artes (Universidade de Lisboa, em colaboração com a Fundação Gulbenkian). De 1999 até ao momento actual já publicou uma diversidade de artigos em jornais, revistas e catálogos e, entre 2001 e 2006, trabalhou no Instituto das Artes do Ministério da Cultura em Portugal. A sua experiência no ensino tem-se centrado principalmente na fotografia e, mais recentemente, nas práticas curatoriais contemporâneas.»

A conversa: sobre a mesa vai estar muito mais que o Anteciparte, vamos à boleia deste evento e falaremos das artes plásticas que se fazem em Portugal, das aspirações e apreensões dos jovens em início de carreira, se é possível, num país com a dimensão do nosso, falar em «carreira» nesta área; dos cursos, da subsistência, dos públicos, da divulgação, da internacionalização e por aí adiante.

Perguntas, comentários, impressões sobre a vossa experiência como público ou como artistas, são bem-vindas – para o 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue. A partir das 19, com Fernando Alvim e Cátia Simão.

segunda-feira, novembro 12, 2007

Chapéus há muitos



Contaram-nos que os chapéus não serviam só como adereço estético – embora já pouco habitual –, para esconder a calvície vergonhosa da meia-idade, ou humilhar guarda-redes; mas que também podiam ser usados para estimular o pensamento. E parece inclusive que há um nome para essa técnica: Six Thinking Hats, que foi desenvolvido por um tal de Edward de Bono. Ora, quisemos saber mais sobre o assunto e convidámos Joana Sousa para vir cá esclarecer-nos, ela que é «formadora certificada na técnica Six Thinking Hats®, pelo de Bono Thinking SystemTM» – sim, com estes salamaleques todos. Diz-nos Joana Sousa que «há seis chapéus, cada um com a sua cor, cada um com a sua função... que podemos utilizar isolada ou sequencialmente». E mais: «utilizada em variadíssimas empresas, a técnica Six Thinking Hats vê reconhecida a sua eficácia a diferentes níveis, desde a simples condução de reunião, ao atendimento, às vendas e negociação, à identificação das competências. De modo diferente, tem vindo a ser utilizada no âmbito da educação, como uma técnica que pode ajudar os mais novos a pensar, a explorar o pensamento, estimulando a criatividade. Ensine os seus filhos a pensar, é a proposta de Edward de Bono».

Pois é, sempre desconfiei que o chapéu do Sherlock Holmes não era inocente. Nem a boina do Luís Filipe Borges. Nem o capacete do Darth Vader. Nem a pluma do Dartacão. E vocês, como se relacionam com os vossos chapéus?, que pensamentos vos inspiram eles, para além do típico (no caso do gorro das manhãs de geada) «está um frio do caraças»?

Perguntas e comentários para o 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue. A partir das 19, com Fernando Alvim e Marisa Jamaica.

quinta-feira, novembro 08, 2007

Passatempo José Cid





Portuguese Boys, de José Cid
(Álbum «Pop Rock e Vice Versa)


Atenção, muita atenção, realizadores de vídeos de garagem e afins: o nosso grande José Cid, farto de nos dar música, propôs que agora lhe déssemos... imagem; ou seja, está aberta oficialmente a campanha Um vídeo para José Cid e para o tema Portuguese Boys, do seu mais recente álbum Pop Rock e Vice Versa. O passatempo consiste, pois, em que vocês realizem o dito cujo e o submetam à nossa douta avaliação: o vídeo vencedor passará a ser o vídeo oficial do Portuguese Boys do José cid – coisa que vos ficará muito bem no currículo –, com direito a estreia no Top +, entrevista ao realizador e – o mais importante de tudo – oferta de um bilhete duplo para um grande concerto do nosso artista, a acontecer em finais de Novembro.

O Júri será composto por Fernando Alvim (em representação da Prova Oral), Daniel Oliveira (pela parte do Top+) e David Benasulin (da editora Farol Música). O prazo para o envio dos trabalhos terminará a 22 de Novembro e a nossa morada é:

PASSATEMPO JOSÉ CID
Antena 3/ Prova Oral
Av. Marechal Gomes da Costa, nº 37
1849-030 Lisboa

No canto superior direito do blogue, estão os endereços electrónicos para onde devem escrever a tirar dúvidas. Agora, mãos à obra que o tempo urge.

Alô, Seu Jorge



Mais uma vez, músicos à conversa na Prova Oral – e hoje o convidado é o Seu Jorge, que tem andado por cá a dar uma série de concertos (anotem: amanhã, dia 9, será em Portalege, no Centro de Artes e Espectáculos, e dia 12 no Coliseu de Lisboa).

Vale a pena transcrever este excerto da Wikipedia sobre o nosso convidado (sim, eu ao menos revelo a fonte dos textos; e sim, está escrito em português do Brasil, e viva a diferença): «primogênito de quatro filhos, Seu Jorge teve uma infância tranqüila, freqüentando a escola e ajudando a mãe a tomar conta dos irmãos. Começou a trabalhar com apenas dez anos de idade em uma borracharia, primeira de várias ocupações como contínuo, marceneiro e office-boy, entre outras. As variadas profissões nunca ofuscaram o seu verdadeiro desejo de se tornar músico. Desde adolescente, freqüentava as rodas de samba cariocas acompanhando o pai e os bailes funks da periferia, e cedo começou a se profissionalizar cantando na noite. Foi aí que a morte de seu irmão Vitório em uma chacina levou a família à desestruturação, e Seu Jorge acabou virando sem-teto por cerca de três anos. A nova virada se deu quando o clarinetista Paulo Moura o convidou para fazer um teste para um musical de teatro. Foi aprovado e acabou participando de mais de 20 espetáculos com o Teatro da Universidade do Rio de Janeiro, como cantor e ator. Participou depois da formação da banda Farofa Carioca, que lançou seu primeiro CD em 1998 com uma competente mistura da ritmos negros de várias partes do mundo, como samba, reggae, jongo, funk e rap. A partir daí, Seu Jorge tem sua carreira engrenada e passa a participar de vários projetos, como um disco de tributo a Tim Maia e a participação em estúdio e na turnê da banda brasileira Planet Hemp, em 2000.»

Podemos falar deste percurso atribulado, onde um indivíduo se pode meter em muita coisa má, mas afinal mete-se na música; das diferenças entre o público brasileiro e o português – como tem Seu Jorge sentido a coisa –; de sotaques, de penteados, do cores de pele e de viagens; da música brasileira cá e da música portuguesa lá – e porque é que este segunda, ao contrário da primeira, se vê tão aflita –, etc.

Perguntas e comentários para o 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue, a partir das 19 com Fernando Alvim e Cátia Simão.

quarta-feira, novembro 07, 2007

O amor, o escárnio e a maledicência dos Da Weasel



Sei que é um lugar comum dizer isto, mas, como é verdade, di-lo-ei: os Da Weasel dispensam apresentações; são os Da Weasel e pronto. E vão estar hoje à conversa na Prova Oral, a pouquíssimos dias de concerto grande, o do Pavilhão Atlântico no dia 10 deste mês. Vamos falar, sobretudo, desse tal concerto grande, o que está a ser preparado de especial para ele, as expectativas e as surpresas que possam ser entretanto reveladas; mas falaremos também da saúde do hip-hop luso – se está bem, se quando diz 33 (é 33?) o senhor doutor, de estetoscópio nos ouvidos, não lhe detecta nenhuma enfermidade –, do percurso deste último álbum dos Da Weasel, «Amor Escárnio e Maldizer» (que já tem um terceiro single a rodar nas rádios) e da ressaca boa do MTV Award na categoria de Best Portuguese Act.

Perguntas comentários e afins via 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue. A partir das 19, com Fernando Alvim e Marisa Jamaica.

terça-feira, novembro 06, 2007

Agricultura Biológica



Uma emissão sã que nem um pêro com a II Mostra de Produtos de Agricultura Biológica – RuralBio 2007, a decorrer em Beja nos dias 9 a 11 de Novembro, como tema. E connosco estarão Cristina Caro e Marta Cortegano, da organização da Mostra, e Pedro Bravo, agricultor biológico.

Diz-nos a nota de imprensa: «de acordo com os princípios da agricultura biológica, o agricultor tem uma função muito importante, representando o papel de guardião da natureza. Assim, a agricultura biológica pode ser encarada como uma ponte entre o Homem e a natureza que beneficia ambos. A Agricultura Biológica constitui actualmente um caminho que conduz ao desenvolvimento sustentável de uma região. Proporcionando o equilíbrio do ecossistema agrícola e respeitando as suas características, melhora e favorece as condições do meio, o que a médio/longo prazo se traduz no desenvolvimento do sector agrícola em regiões onde se tem vindo a verificar a sua regressão. O Alentejo constitui uma destas regiões e torna-se urgente a divulgação da agricultura biológica e o apoio aos agricultores.»

Como está a distribuição destes produtos pelo país?; os consumidores têm aderido?; um par de tomates biológico é mais par de tomates que um par de tomates industrial?; o sabor dos produtos biológicos é diferente?; não vamos ressacar com a falta de pesticidas?; e seria a agricultura biológica capaz de produzir comida suficiente para a população inteira? Perguntas e comentários via 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue. A partir das 19, com Fernando Alvim.

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O PASSATEMPO JOSÉ CID continua. Todas as informações aqui. E já está disponível, para audição no blogue da Prova Oral, a música que deverá servir de base à realização do vídeo. Ora oiçam:


Portuguese Boys, de José Cid
(Álbum «Pop Rock e Vice Versa»)

segunda-feira, novembro 05, 2007

Sapo Code Bits



Hoje, Celso Martinho, fundador do Sapo e mentor do projecto Sapo Code Bits, e Cláudio Gamboa, programador, vêm à Prova Oral falar do Sapo Code Bits que, segundo nos adiantaram já, «é um evento de três dias, destinado a programadores, entusiastas e empreendedores da internet em Portugal, que através de uma conferência, workshops e um concurso de programação (durante 24 horas ininterruptas), procura reunir e identificar os grandes talentos portugueses desta área e colocar em prática as ideias inovadoras que se desenvolverem durante o concurso. Será nos dias 13, 14 e 15 de Novembro na Gare Marítima do Porto de Lisboa.

O Code Bits é inspirado em eventos semelhantes feitos pelas nossas congéneres mundiais, como é o caso do Yahoo! Hackday, mas adaptado à nossa realidade e à forma como vemos as tecnologias de informação e o talento em Portugal.

É a primeira vez que se faz algo do género em Portugal, com este formato e âmbito, com diversas iniciativas e actividades relacionadas com novas tecnologias, inovação e Internet a decorrerem em paralelo, tornando-o num evento único, em que o principal objectivo é desenvolver a criatividade e capacidade de inovação dos participantes e demonstrar que no nosso país há muito talento escondido que tem de ser valorizado.

Um dos exemplos que poderemos dar de actividades paralelas é sem dúvida o envolvimento do Second Life (SL) no Sapo Code Bits, para além de termos um dos responsáveis da Linden Lab na conferência, foi criada uma ilha do Sapo no SL, onde está reproduzido o edifício da Gare, onde têm estado a decorrer alguns workshops relacionados com o evento e onde irá decorrer um Sapo Code Bits virtual, ao mesmo tempo que o de "carne e osso".»

Se há uns anos atrás abordar esta temática resultaria numa emissão para um público restrito, para profissionais ou maluquinhos dos computadores, hoje cremos que interessa a muito mais gente. Perguntas e comentários sobre o Sapo Code Bits em particular ou sobre o meio informático em geral, a programação, as tricas entre programadores, os hábitos sexuais dos nerds e por aí adiante, via 800 25 33 33 ou caixa de mensagens do blogue. A partir das 19, com Fernando Alvim e Marisa Jamaica.

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O PASSATEMPO JOSÉ CID continua. Todas as informações aqui. E já está disponível, para audição no blogue da Prova Oral, a música que deverá servir de base à realização do vídeo. Ora oiçam:


Portuguese Boys, de José Cid
(Álbum «Pop Rock e Vice Versa)

quinta-feira, novembro 01, 2007

Uma emissão Espacial



E pronto, chegou o dia de irmos para o Espaço: uma hora à conversa com José Augusto Matos (formador) e Emanuel (representante da Associação de Física da Universidade de Aveiro), a propósito do curso de Exploração Espacial a decorrer na Universidade de Aveiro (todas as informações, incluindo ficha de inscrição, aqui; o programa completo do curso, aqui).

A partir das 19, com Fernando Alvim & Cia.

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O PASSATEMPO JOSÉ CID continua. Todas as informações aqui. E já está disponível, para audição no blogue da Prova Oral, a música que deverá servir de base à realização do vídeo. Ora oiçam:


Portuguese Boys, de José Cid
(Álbum «Pop Rock e Vice Versa)

quarta-feira, outubro 31, 2007

Espiritismo


Se tiverem problemas cardíacos, por favor não vejam este vídeo. Evitem igualmente fazê-lo caso estejam segurar alguma coisa frágil nas mãos.

Sérgio Swedenborg vem hoje à Prova Oral falar da área a que se dedica, o Espiritismo, e divulgar o VI Congresso Nacional de Espiritismo que se vai realizar nos dias 1, 2 e 3 de Novembro na Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa no complexo do Campo Grande (e que será transmitido via Internet para todo o mundo através do canal TVCEI, Conselho Espírita Internacional).

Diz-nos Sérgio Swedenborg: «Infelizmente o termo espiritismo carrega ainda um estigma muito grande que na cabeça da maior parte das pessoas ainda o ligam a bruxarias, cartomancia e etc. O espiritismo não é nada disso. Começou aliás, com a vertente científica pelo estudo dos seus fenómenos e hoje comporta outras duas quais sejam a moral e a religião.»

Muito sucintamente o espiritismo surgiu em França, em meados do século XIX. Porque França? Por causa do iluminismo, das ideias, da Europa ser o "berço" da civilização. Se o espiritismo já causa confusão e descrença, imagina se sua origem fosse África ou Polinésia…!! Na verdade a fenomenologia espírita é universal e existe desde que o homem existe, por toda a história, em todos os povos e países há registos destes fenómenos. Um Belga de nome Allan Kardec ( daí o espiritismo ser conhecido por "Kardecismo") foi um médico que pela sua formação científica não se deixou ficar pela simplicidade dos fenómenos e decidiu ir mais adiante, estudando-o através da rigidez científica. É considerado o "Codificador" pois foi quem reuniu as bases da chamada doutrina.»

«Mas então o que é isso ? Doutrina, religião, ciência ? Kardec descobriu que atrás dos fenómenos que ele presenciou, havia um princípio inteligente… Descobriu depois de muita experimentação que eram seres humanos numa outra dimensão. Seres desligados da matéria mas que mantinha uma característica humana, com sentimentos, personalidade, inteligência conforme o seu desenvolvimento. O contacto e comunicação com esses seres é que levou-o a registar em livro várias questões que colocou e que foram respondidas.»

Ok, estão lançadas as bases para a conversa de hoje. Espiritismo: onde acaba a ciência e começa a fé?; e onde acaba a boa-fé e começa o oportunismo?; já passaram por experiências relacionadas com espiritismo? Histórias, perguntas e comentários para o 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue. A partir das 19, com Fernando Alvim e Cátia Simão (agora, com lincença, tenho que ir á cave porque o Winston Churchill está outra vez a mexer no piano).

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O PASSATEMPO JOSÉ CID continua. Todas as informações aqui. E já está disponível, para audição no blogue da Prova Oral, a música que deverá servir de base à realização do vídeo. Ora oiçam:


Portuguese Boys, de José Cid
(Álbum «Pop Rock e Vice Versa»)

terça-feira, outubro 30, 2007

Elas andam aí



Não têm o que fazer na noite das bruxas, no dia 31, e não vos excita muito – até porque agora as noites estão mais frias – ir pelas encruzilhadas a degolar galinhas? Que tal um concerto com os Moonspell e os Kalashnikov?

O evento é-nos apresentado assim: «a festa de Halloween que vai decorrer no Coliseu de Lisboa, servirá de apresentação a «Under Satanae», o novo trabalho, editado a 15 de Outubro, onde os Moonspell revisitam o início da carreira, nomeadamente a demo «Anno Satanae» e o lendário EP «Under the Moonspell». No total são oito canções e quatro instrumentais que foram gravados na Dinamarca, com produção de Tue Madsen (conhecido pelos trabalhos com The Haunted, Dark Tranquility e o ex-Judas Priest Rob Halford). A actuação de dia 31 de Outubro é um espectáculo exclusivo, onde, para além dos grandes êxitos, os Moonspell vão apresentar na íntegra «Under Satanae». Depois de se tornarem na primeira banda portuguesa de Metal a conquistar um Disco de Ouro e a entrar directamente para o primeiro lugar do top de vendas (feitos alcançados com o álbum «Memorial» de 2006), os Moonspell preparam-se para tornar a Noite de Bruxas ainda mais arrepiante! A primeira parte está a cargo dos portugueses Kalashnikov e da banda checa de metal ROOT. Depois da actuação dos Moonspell a festa continua noite dentro no bar do Coliseu com o DJ Set do colectivo Vanity Sessions.»

Os convidados da emissão de hoje serão, claro, Fernando Ribeiro, dos Moonspell, e Jel, dos Kalashnikov. Vamos antecipar um pouco do que vai ser esta noite em termos musicais e afins, mas também falar desta coisa do Dia das Bruxas, que desde há uns anos tem ganho alguma popularidade entre nós (podem ler sobre a origem disto tudo aqui). E vocês, acreditam em bruxas? E em casas assombradas? Contem-nos a experiência mais intrigante ou assustadora porque já passaram?

Escrevam para a caixa de mensagens do blogue, ou telefonem para o 800 25 33 33, a partir das 19, com Fernando Alvim e Cátia Simão – que no fim do programa irá demonstrar meia dúzia de manobras arriscadas com a vassoura.

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O PASSATEMPO JOSÉ CID continua. Todas as informações aqui. E já está disponível, para audição no blogue da Prova Oral, a música que deverá servir de base à realização do vídeo. Ora oiçam:


Portuguese Boys, de José Cid
(Álbum «Pop Rock e Vice Versa»)

segunda-feira, outubro 29, 2007

Mia Couto



Mais uma emissão em grande, desta vez feita entre dois continentes, Europa e África, e entre duas cidades, Lisboa e Maputo – onde estará o nosso convidado, o escritor Mia Couto, na companhia da nossa enviada especialíssima Rita Amado.

Um breve flash biográfico de Mia Couto: nasceu na Beira, Moçambique, em 1955. Foi director da Agência de Informação de Moçambique, da revista Tempo e do jornal Notícias de Maputo. Tornou-se nestes últimos anos um dos ficcionistas mais conhecidos das literaturas de língua portuguesa (autor de, entre muitos outros livros, O Último Voo do Flamingo, Terra Sonâmbula, A Varanda do Frangipani, O Outro Pé da Sereia, todos editados em Portugal pela Caminho). O seu trabalho sobre a língua permite-lhe obter uma grande expressividade, por meio da qual comunica aos leitores todo o drama da vida em Moçambique após a independência.

Trabalha e vive em Moçambique, e vai hoje falar connosco sobre o que nos une, portugueses e africanos, e o que nos divide; da sua formação em Biologia – e se ela lhe foi de alguma forma útil ou influenciou a sua escrita –; do que o fez, tendo viajado pelo mundo inteiro, optar por ficar em Moçambique (apenas o apelo das raízes ou porque seria impossível escrever as suas estórias fora do sítio onde elas acontecem?); das esperanças cumpridas e das grandes desilusões do país após a independência.

Acredito que haja entre os ouvintes da Prova Oral muitos que leram livros do Mia Couto, ou assistiram a peças de teatro baseadas neles – pois que se manifestem e digam o que pensam do universo miacoutiano e, já agora, aproveitem para perguntar o que vos apetecer ao autor. O telefone é o 800 25 33 33 e está oficialmente aberta a caixa de mensagens do blogue. A partir das 19, com Fernando Alvim (cá) e Rita Amado (lá).

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O PASSATEMPO JOSÉ CID continua. Todas as informações aqui. E já está disponível, para audição no blogue da Prova Oral, a música que deverá servir de base à realização do vídeo. Ora oiçam:


Portuguese Boys, de José Cid
(Álbum «Pop Rock e Vice Versa)


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ADENDA: Na quinta-feira vamos todos para o Espaço

Ah, vamos pois, e à boleia da Associação de Física da Universidade de Aveiro, FISUA, que está a promover um curso de Exploração Espacial. E como vamos todos para o Espaço e os turistas marcianos, embora excelentes criaturas, estão carregadinhos de electricidade estática e sei lá de que mais porcarias – enfim, feitios –, não vai dar muito jeito fazer a emissão a partir de lá. Por isso gravá-la-emos hoje, entre as 20 e as 21 – para ser emitida na quinta-feira, no horário habitual. Serve pois, este post, excelentíssimos ouvintes, para, mesmo sem nos estarem a ouvir em directo, poderem deixar aqui as questões da praxe.

Mais vos digo: os convidados são José Augusto Matos (formador) e Emanuel (não o obscuro cantor popular, mas o sobejamente conhecido representante da Associação de Física da Universidade de Aveiro). O curso funciona em horário pós-laboral a partir das 19 (se tiverem o azar de trabalhar nalgum turno esquisito, ou serem apresentadores da Prova Oral, estão tramados) e acontece uma vez por semana (todas as informações, incluindo ficha de inscrição, aqui; o programa completo do curso, aqui).

Mas mesmo que não possam ou não queiram fazer um curso destes, não acredito que, pelo menos uma vez durante toda a infância, entre o sonho de ser cabeleireiro unisexo, tocador de tuba ou GNR, nunca vos tenha aflorado igualmente o de ser astronauta. Vá, soltem as asas à curiosidade e perguntem tudo o que sempre que quiseram saber sobre o que se passa lá em cima, muito muito em cima: se as pontas das estrelas são afiadas, se os cometas ficam eriçados quando se lhes pisa a cauda, se Saturno é um planeta soturno, se Mercúrio está sempre a aleijar-se, se em Vénus se fazem uma festas, digamos, engraçadas, se a Via Láctea, uma vez aberta, deve conservar-se dentro do frigorífico – e sei lá que mais.

As perguntas e comentários via caixa de mensagens do blogue, podem ser deixados a partir de agora (por favor, mencionem Exploração Espacial no título, para não confundirmos com as relativas ao Mia Couto, ou ainda acabaremos a perguntar-lhe se os fatos espaciais não são demasiado quentes para calcorrear a imensidão da savana africana); telefonemas sobre este assunto, só a partir das 20, quando começarmos a gravar.

quinta-feira, outubro 25, 2007

Passatempo José Cid





Portuguese Boys, de José Cid
(Álbum «Pop Rock e Vice Versa)


Atenção, muita atenção, realizadores de vídeos de garagem e afins: o nosso grande José Cid, farto de nos dar música, propôs que agora lhe déssemos... imagem; ou seja, está aberta oficialmente a campanha Um vídeo para José Cid e para o tema Portuguese Boys, do seu mais recente álbum Pop Rock e Vice Versa. O passatempo consiste, pois, em que vocês realizem o dito cujo e o submetam à nossa douta avaliação: o vídeo vencedor passará a ser o vídeo oficial do Portuguese Boys do José cid – coisa que vos ficará muito bem no currículo –, com direito a estreia no Top +, entrevista ao realizador e – o mais importante de tudo – oferta de um bilhete duplo para um grande concerto do nosso artista, a acontecer em finais de Novembro.

O Júri será composto por Fernando Alvim (em representação da Prova Oral), Daniel Oliveira (pela parte do Top+) e David Benasulin (da editora Farol Música). O prazo para o envio dos trabalhos terminará a 22 de Novembro e a nossa morada é:

PASSATEMPO JOSÉ CID
Antena 3/ Prova Oral
Av. Marechal Gomes da Costa, nº 37
1849-030 Lisboa

No canto superior direito do blogue, estão os endereços electrónicos para onde devem escrever a tirar dúvidas. Agora, mãos à obra que o tempo urge.

Comportamentos Desviantes



Para a emissão de hoje, chamamos a atenção sobretudo a pais de filhos adolescentes ou a caminho disso: a nossa convidada é Maria Carmo Carvalho, investigadora do centro de Ciências do Comportamento Desviante da Universidade do Porto. Tem desenvolvido investigação na área das drogas, dedicando-se actualmente ao estudo etnográfico de culturas juvenis e sua relação com novos padrões de uso.

Comportamentos desviantes, associados ou não às drogas, é, infelizmente, um assunto sobre o qual ninguém se poderá alhear, porque nos toca a todos – embora a uns mais directamente que a outros. Maria Carmo Carvalho irá partilhar connosco a sua experiência de investigadora, adiantar impressões sobre o que já foi feito e o que ainda está por fazer nesta área sensível, os méritos e os erros mais comuns por parte não só das autoridades responsáveis mas também da sociedade em geral.

É fundamental a vossa participação com opiniões, comentários e – porque ninguém nasce ensinado – dúvidas. Grupos de risco, indícios de alarme, passos a seguir, onde pedir ajuda, o que poderão os profissionais de saúde e afins fazer para minimizar os riscos e os danos – e contem-nos também se já passaram ou já tiveram (ou têm) alguém próximo a passar por situações enquadráveis no tema de hoje.

O telefone é o 800 25 33 33 e a caixa de mensagens do blogue está igualmente disponível. A partir das 19, com Fernando Alvim e Xana Alves.

quarta-feira, outubro 24, 2007

A nossa fiel amiga Crise



Pois é, a Crise (sim, com cê grande), lá por ser Crise, não quer dizer que seja como um carro desgovernado ou um bote furado inevitavelmente a caminho do fundo: há sempre coisas práticas e objectivas a fazer para lá de rogar à Divina Providência e acender velas aos santinhos todos. Quem no-lo diz é o nosso convidado de hoje, Martins Lampreia, um dos maiores especialistas nacionais no universo da Comunicação e do Marketing, que acabou de editar, pela Texto Editores (o lançamento será no dia 25 deste mês), Da Gestão de Crise ao Marketing de Crise, onde revela tudo o que é preciso saber para gerir uma situação de crise nos negócios e como obter o aproveitamento máximo das novas janelas de oportunidades que se abrem para uma empresa quando esta se vê confrontada com uma situação de crise.

Já dizia a minha avó «em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão». Vamos abordar os principais erros da gestão em tempo de Crise e dissertar sobre se, pelo meio empresarial cá do burgo, ainda grassa muito o hábito de, como se diz no futebol, atirar a toalha para o chão, mal cheguem os primeiros indícios de que as coisas não estão a correr lá muito bem. Será o desespero e o pessimismo uma coisa muito nossa?, ou, antes pelo contrário, nestes tempos difíceis, o português faz honras à sua fama de desenrascado e, de facto, desenrasca-se? Por outro lado, abusa-se demasiado do desenrascanso (quer dizer, há, entre os empresários e afins, muito daquela mania chata de, quando dói, desenrascar a cárie dentária com uma aspirina em vez de ir ao dentista? E a broca, faz-vos impressão – ou choram só verdadeiramente na hora de pagar a consulta?)

Perguntas e comentários para o 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue, a partir das 19, com Fernando Alvim.

terça-feira, outubro 23, 2007

Joaquim Monchique a multiplicar por 16



Conta-nos Miguel Falabella, o autor de Paranormal, a peça de teatro que será tema da emissão de hoje: «Paranormal, a peça que ora apresentamos, chamou-se, originalmente, Louro, Alto, Solteiro, Procura... e nasceu, assim, por acaso, numa viagem de avião, quando li uma notícia sobre um relatório da Cruz Vermelha Internacional sobre pessoas desaparecidas no planeta. Segundo a entidade, ao lado daqueles cujos desaparecimentos poderiam ser justificados, por holocausto, conflitos, envolvimentos políticos, guerras e catástrofes, havia um imenso número de pessoas que, num dia comum, despedia – se da família, saía de casa para trabalhar e, desde então, nunca mais era visto. O número, diga-se de passagem, era mais do que expressivo: Milhões em todo o planeta. Pessoas que torciam os destinos de maneira radical e definitiva. Foi o bastante para que uma pergunta me acompanhasse durante todo o resto da viagem: Quem eram essas pessoas? Para onde tinham ido? É claro que a resposta só teria alguma importância para aqueles que tinham sido deixados para trás e que continuavam a buscar alguma explicação para o desaparecimento de seu ente amado. Quando pousei de volta, no Rio, já sabia sobre o que gostaria de falar e soube também que a história deveria ser contada por um único actor em cena, que viveria todas aquelas personagens em sua busca por uma mítica felicidade. Paranormal conta algumas dessas histórias.

Para falar desta peça, estará connosco Joaquim Mochique, que a adaptou para o contexto português e que a interpreta a solo (a estreia foi dia 17 no Cinema Batalha) – mas desdobrado em 16 personagens. Palavras do actor: Paranormal «É uma peça que fala de gente que procura gente, pessoas que não querem ser encontradas que sem querer são descobertas!»

Nem que seja metaforicamente, todos nós já perdemos alguém, todos nós procuramos por alguém, todos nós já alguma vez pelo menos, nos escondemos de quem nos procura. Ou não?

Dissertações e anúncios sobre os vossos achados & perdidos pessoais, sejam eles mais ou menos filosóficos, para o 800 25 33 33 ou caixa de comentários do blogue. Também valem perguntas sobre o processo de adaptação da peça para o contexto português – já que Fallabela é um apaixonado por bairrismos e expressões idiossincráticas (grande palavrão) –, e sobre as dores de parto que terá sentido Joaquim Monchique, ao parir-se assim em dezasseis múltiplos.

A partir das 19, com o espectro do Fernando Alvim e a aparição da Cátia Simão (que até rima).

segunda-feira, outubro 22, 2007

La Serena, um repertório afectivo



Creio que é consensual dizer-se – por muito que se embirre com as consensualidades – que Teresa Salgueiro é uma artista popular, no sentido mais bonito do termo: que agrada a muita gente, de diferentes faixas etárias e formação cultural, sem ceder ao popularucho.

Está de regresso aos discos com La Serena, lançado precisamente hoje, um álbum de canções escolhidas a dedo – e coração; uma espécie de repertório afectivo –, e recriadas pelo Lusitânia Ensemble para a sua voz.

Exemplos do que se pode encontrar em La Serena: O Namoro, do Fausto, o Leãozinho do Caetano Veloso, Amanhã, um clássico do Duo Ouro Negro, Velha Infância, dos Tribalistas, La Vie en Rose, da Edith Piaff – só para mencionar as mais conhecidas.

Estará hoje à conversa na Prova Oral, acompanhada de Jorge Gonçalves, violinista dos Lusitânia Ensemble, para nos falar destas canções todas, como as escolheu e como foram trabalhadas de modo a resultar num todo coerente.

Iremos também abordar o momento, de certa forma feliz, que alguma da música portuguesa atravessa em termos de internacionalização – e do facto de essa internacionalização estar a ser feita com artistas que cantam sobretudo em português (embora este álbum misture muitas línguas) e sobretudo ligados às raízes mais tradicionais, embora as recriem (tome-se como exemplo o percurso dos Madredeus, e a Mariza).

Perguntas, comentários e curiosidades via 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue: podem listar-nos o vosso próprio «repertório afectivo», as canções que vos marcaram ao longo da vida, e o que mais vos apetecer.

A partir das 19, com Fernando Alvim e Marisa Jamaica.

quinta-feira, outubro 18, 2007

Ao Volante do Poder



Pedro Faria emigrou para Nova Iorque há mais de trinta anos – na altura, para fugir à tropa – e é hoje dono de uma empresa de limusinas. Durante esse tempo todo conduziu um ror de ilustres portugueses que, por um motivo ou outro, estavam em trânsito por aquelas bandas: Mário Soares, Amália Rodrigues, Jorge Sampaio, Eusébio, Fernando Nogueira (quando era Ministro da Defesa), foram só alguns dos nomes que lhe passaram pelo banco de trás (nada de interpretações abusivas, olhem o respeitinho); e no seu livro Ao Volante do Poder (edição Bertrand), escrito em parceria com Nuno Ferreira, conta as histórias a que, inevitavelmente, assistiu pelo retrovisor ou soube através de conversas informais com os seus sui generis passageiros. Só para dar um exemplo Pedro Faria foi o primeiro a saber, em 1999, pelo então Ministro dos Negócios Estrangeiros, Jaime Gama, que Timor-leste era finalmente independente, após ter conduzido este de um almoço onde esteve com o Secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e o seu homólogo indonésio, Ali Alatas.

Pedro Faria e Nuno Ferreira irão hoje dar uma voltinha connosco, avenida da Prova Oral afora, e levantar um pouco o véu de todas essas histórias, umas com agá grande, outras agá pequeno, que fazem o volume «Ao Volante do Poder»: curiosidades, episódios marcantes, excentricidades, azares – nunca furou um pneu em serviço? –; e desta gente toda, quais os mais faladores?, os mais simpáticos?, os nem sim nem não?; e algum ilustre alguma vez se esqueceu de um saquinho de tremoços no banco de trás?, ou uma queijadinha de Sintra?, um garrafão de tinto carrascão lá da terra, para apaziguar as saudades?, um galo de Barcelos?

Rádio ligado e vidros abertos, enquanto o Outono ainda deixa: aí iremos nós (a limusina é grande e cabemos todos, não se acanhem, venham, venham – perguntas e comentários para o 800 25 33 33 e caixa de mensagens do blogue), a partir das 19 com Fernando Alvim e Rita Amado. Bip bip.

quarta-feira, outubro 17, 2007

Medicina Alternativa



Pedro Marta Santos, entre outras coisas – foi jornalista d'«O Independente» durante treze anos, por exemplo –, é argumentista (são dele os argumentos dos telefilmes «Aniversário», de Mário Barroso, «Cavaleiros de Água Doce», de Tiago Guedes e «Oito Oito», de Edgar Pêra). E, amante de cinema como é, ainda por cima preocupado com a nossa saúde, acabou de editar, pela Guerra & Paz, um «Guia Terapêutico de Cinema – Como curar insónias, fobias, depressões e desastres amorosos».

Diz-nos a nota de imprensa: «Já ouviu falar em filmoterapia? É isso que aqui se propõe. Este livro contém milhares de ansiolíticos e antidepressivos e ajuda a prevenir e a curar noites em branco, males do coração, dores de espírito, ataques de preguiça e crises moderadas de parvoíce – não as temos todos? Os medicamentos propostos são filmes – curtos ou longos, dependendo da patologia – e séries de televisão, sempre em DVD, sempre com a indicação da dosagem, dos efeitos secundários e dos efeitos de interrupção do tratamento (como sabe, o cinema é terapêutico, mas vicia). A sua farmácia é o mundo inteiro: pode alugar os DVD no seu clube de bairro, comprá-los no centro comercial ou mandá-los vir pela Internet.»

Ora aqui está uma boa alternativa ao fálico supositório ou à traiçoeira aspirina, sempre pronta a desfazer-se-nos na boca quando damos com o jarrinho da água vazio e temos que ir a correr à cozinha; e, sobretudo, um magnífico pretexto para falarmos de cinema, que é, no fim de contas, ao que este livro nos convida.

A Prova Oral, como verdadeiro serviço público que é, estará hoje, pois então, transformada em consultório: telefonem-nos (800 25 33 33) ou deixem uma mensagem na caixa de comentários do blogue, expondo os vossos achaques (as tosses chatas, o reumático, a omoplata deslocada, o olhar melancólico, a espinhela caída, a queda de cabelo, o ventre acervejado), que o Dr. Pedro Marta Santos, nosso convidado, prescrever-vos-á o filme salvador (podem depois, naturalmente, refutar a prescrição, alegando alergia crónica a algum realizador ou actor em particular, denunciando certos filmes que, debalde a crítica sã, vos deixam doentes).

A partir das 19, com Fernando Alvim e Marisa Jamaica.